Quem sou eu para tentar responde a Deus, ou mesmo argumentar com ele? Jó 9:14
Os capítulos de Jó 9 e 10 registram o terceiro discurso de Jó, no qual ele reconhece a onipotência de Deus e, por contraste, sua própria impotência. Depois, inicia outra queixa melancólica por causa de suas aflições. Jó reconhece que os argumentos de Bildade estão corretos (v.1-2).
Como pode o homem ser justo diante de Deus? O homem não tem resposta para Suas perguntas ou acusações. Deus é sábio, remove os montes, move a terra para fora do seu lugar, fala ao sol e ele obedece, fez todas as estrelas. Faz grandes coisas que não se podem esquadrinhar (v.3-10).
Quem o pode impedir? Quem questionará o SENHOR: “Que fazes?, como lhe poderei responder ou escolher as minhas palavras, para argumentar com ele?” Jó tenta imaginar o que lhe aconteceria, se desafiasse a Deus. Jó diz ser justo, integro, mas Deus destrói tanto o íntegro quanto o perverso. Lança uma dúvida: “se não é ele o causador disso, quem é então?” (v.11-24).
“Não importa o quanto eu me esforce para estar limpo e puro, Deus me lançará de novo na lama suja”. Jó não vê nenhuma chance de chegar a um entendimento com Deus, por causa do abismo que existe entre eles. Deus é infinito, e Jó entende que sua existência é mortal e finita (v.25-32).
Não crê nem que alguém possa ser arbitro na contenda com Deus, e recua ante o castigo divino. Está aterrorizado. Acha que poderia falar em sua própria defesa se Deus cessasse de infligir-lhe sofrimento (v.33-35).
Jó reconhece que não é nada perto de Deus, e que é um pecador, por mais justo e integro que se enxergue, mas gostaria de ter uma audiência com o Criador, para ouvir o porque de tanto sofrimento que estava passando. Nem sempre entendemos quais são os planos de Deus para nós, mas precisamos entender que Ele sabe o que é melhor para nossa vida, e que não permitirá aos Seus filhos sofrimento maior do que poderiam suportar.