Se te fadigas correndo com homens que vão a pé, como poderás competir com os que vão a cavalo? Se em terra de paz não te sentes seguro, que farás na floresta do Jordão? – Jeremias 12:5

Em Jeremias 12, o profeta queixa-se da prosperidade dos ímpios, e contempla pela fé a ruína do povo rebelde. Deus o adverte sobre a traição de seus irmãos, sua família, e lamenta por Sua herança. O Senhor promete ao penitente o retorno do cativeiro.

Jeremias questiona a justiça do Senhor (V.1-4):
Tu és justo, Senhor, quando apresento uma causa diante de ti. Contudo, eu gostaria de discutir contigo sobre a tua justiça. Por que o caminho dos ímpios prospera? Por que todos os traidores (desonestos) vivem sem problemas? Tu os plantaste, e eles criaram raízes; crescem e dão fruto. Tu estás sempre perto dos seus lábios, falam de Ti, mas estás longe dos seus corações. Tu, porém, me conheces, Senhor; tu me vês e provas a minha atitude para contigo. Arrasta esses ímpios como ovelhas destinadas ao matadouro! Reserva-os para o dia da matança! Até quando a terra ficará de luto e a relva de todo o campo estará seca? Perecem os animais e as aves por causa da maldade dos que habitam nesta terra, pois eles disseram: “O Senhor não vê o que o futuro nos reserva”.
A resposta do Senhor a Jeremias (V.5-13):
Se você correu com homens e eles o cansaram, como poderá competir com cavalos? Se você tropeça em terreno seguro, o que fará nos matagais junto ao Jordão? Até mesmo os seus irmãos e a sua própria família, traíram você e o perseguem aos gritos (conspiram a seu respeito). Não confie neles, mesmo quando lhe dizem coisas boas.
Abandonei o meu povo, deixei a minha propriedade, a nação que me pertence, e entreguei aquela a quem amo nas mãos dos seus inimigos. O povo de minha propriedade tornou-se para mim como um leão na floresta. Ele ruge contra mim, por isso eu o desprezo. Ele tornou-se para mim como uma toca de hiena, sobre a qual pairam as aves de rapina. Reúnam todos os animais selvagens; tragam-nos para o banquete, para devorarem os cadáveres.
A minha vinha foi destruída por muitos pastores (governantes), que pisotearam a minha propriedade. Eles tornaram a minha preciosa propriedade num deserto. Fizeram dela uma terra devastada; ouço o seu triste lamento. A terra toda foi devastada, mas não há quem se importe com isso. Destruidores vieram sobre todas as planícies do deserto, pois a espada do Senhor devora esta terra de uma extremidade à outra; ninguém está seguro.  Semearam trigo, mas colheram espinhos; cansaram-se de trabalhar para nada produzir. Estão desapontados com a colheita por causa do fogo da ira do Senhor.
Uma mensagem para os vizinhos de Israel (v.14-17):
Assim diz o Senhor a respeito de todos os meus vizinhos (Edomitas, moabitas, amalequitas, filisteus…), as nações ímpias que se apoderam da herança que dei a Israel, o meu povo: “Eu os arrancarei da suas terras todas essas nações perversa. Mas, depois de arrancá-los, terei compaixão de novo e os farei voltar, cada um à sua propriedade e cada nação à sua terra. E se essas nações aprenderem os caminhos do meu povo e jurarem por meu nom: T~!ao certo como vive o Senhor  – como ensinaram meu povo a jurar pelo nome de Baal -, elas rreceberão um lugar no meio do meu povo. Mas se não me ouvirem, eu arrancarei comple­tamente aquela nação e a destruirei, declara o Senhor”.

Jeremias está perplexo com a contínua prosperidade dos ímpios. Embora convencido no coração de que Deus é justo, ele não consegue harmonizar completamente seu conceito de Deus e os fatos da experiência humana. Outros santos lutaram com o mesmo problema – Jó e Asafe. Nós vivenciamos isso no dia a dia e cobramos providências de Deus contra essas pessoas que se aproveitam dos poderes a eles confiados e sugam todos os recursos do povo. Mas Deus promete, assim como o fez a Jeremias, que tomará providências contra os ímpios de coração. Precisamos aprender a esperar e confiar no tempo do Senhor.

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