E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura. 2 Coríntios 5:17

Quando Se revestiu da natureza humana, Cristo ligou a Si a humanidade por um laço de amor que jamais pode ser desfeito por poder algum, exceto a escolha do próprio indivíduo. Satanás constantemente tentará nos seduzir para desfazermos esse laço, escolhendo separar-nos de Cristo. É aqui que precisamos vigiar, lutar e orar para que nada nos induza a escolher outro mestre; pois seremos sempre livres para assim fazer. Fixemos, porém, nossos olhos em Jesus, e Ele nos preservará. Se olharmos para Jesus, estaremos a salvo. Nada pode nos arrancar de Sua mão. Contemplando-O constantemente, “somos transformados, de gló­ria em glória, na Sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito” (2Co 3:18).

Foi dessa maneira que os primeiros discípulos alcançaram a semelhança com o amado Salvador. Quando ouviram as palavras de Jesus, esses discípulos senti­ram a necessidade que tinham dEle. Eles O buscaram, O encontraram e O segui­ram. Estavam com Jesus em casa, à mesa, nos aposentos mais reservados e no campo. Estavam com Ele como alunos com seu professor, recebendo diariamente de Seus lábios lições de santa verdade. Olhavam para Ele, como servos para seu senhor, para saber o que tinham que fazer. Esses discípulos eram homens sujei­tos “aos mesmos sentimentos” que temos (Tg 5:17). Como nós, também tinham que lutar contra o pecado. Precisavam da mesma graça para viver vida santificada.

Mesmo João, o discípulo amado, aquele que melhor refletia a semelhança do Salvador, não tinha caráter amável. Não somente era arrogante e ambicioso por honras, como também era impetuoso e ressentido ao ser ofendido. Porém, ao manifestar-se o caráter do que é Divino, ele viu sua deficiência e, reconhe­cendo isso, humilhou-se. A força e a paciência, o poder e a ternura, a majestade e a mansidão que contemplava na vida diária do Filho de Deus enchiam sua alma de admiração e amor. Dia a dia, seu coração era atraído para Cristo, até perder de vista a si próprio, por amor ao Mestre. Seu temperamento ressentido e ambicioso deu lugar ao poder modelador de Cristo. A influência regeneradora do Espírito Santo renovou seu coração. O poder do amor de Cristo operou a transformação do seu caráter. Esse é o resultado da união com Jesus. Quando Cristo habita o coração, toda a natureza é transformada. O Espírito de Cristo e Seu amor abran­dam o coração, subjugam a alma e erguem os pensamentos e desejos para Deus e o Céu (Caminho a Cristo, p. 72, 73).Jesus e seus discipulos (1)

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