Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao Teu nome dá glória. Salmo 115:1

A igreja de Laodiceia deixou de compreender sua verdadeira relação com Deus. O povo dessa igreja deu glória a si mesmo. “Rico sou […] e de nada tenho falta” (Ap 3:17, ARC). Ela tem a ideia enganosa de que é autossuficiente, que se basta a si mesma. Consequentemente, há muita confiança em si mesma e pouca confiança em Deus.

A verdade sobre Laodiceia parece óbvia: ela comete o mesmo pecado do antigo Israel, que muitas vezes insistiu em lutar usando o próprio poder. O problema mais sério da moderna Laodiceia é notado na confiança que temos em nossa capacidade. Tropeçamos no status religioso e nas muitas conquistas institucionais. Consequentemente, assumimos uma independência em relação a Deus e a Seu Espírito Santo. Como aparentemente temos conseguido muito pelos próprios esforços, subestimamos nossa necessidade de Jesus Cristo e Sua justiça. O declínio espiritual começa com a crença de que podemos concentrar a vida em nós mesmos e ainda assim sermos bem-sucedidos. Quem glorifica a si mesmo deixa de dar glória a Deus.

Cristo nos mostra o caminho para a redenção. Ele é manso e humilde de coração. Nada faz por Si mesmo; em Sua encarnação, viveu em completa dependência de Seu Pai. Essa é a espécie de vida que Cristo nos veio comunicar. Viver somente por Cristo é a própria essência da salvação. Nossa religião não deve ser dirigida no sentido de nossa exaltação pessoal e autossuficiência.

Esse problema de Laodiceia tende a frustrar aqueles que passam a ocupar posições de respeito, liderança, etc. Certos de uma suposta superioridade, deixamos de ver quão adversamente isso afeta nossa dependência do Espírito Santo.

Nossa confiança deve estar inteiramente em Cristo. Tudo o que é bom em nós vem de Deus. “Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção, para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor” (1Co 1:30, 31).

A menos que Cristo viva Sua vida em nós, não sobreviveremos nem moral nem espiritualmente no fim. Esperar em Deus significa o fim da estima exagerada que dedicamos a nós mesmos e ao serviço que prestamos a nós mesmos.

Edward Heppenstall, 7/12/1976, MM 2021, CPB

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