Tirando-O do madeiro, envolveu-O num lençol de linho, e O depositou num túmulo aberto em rocha, onde ainda ninguém havia sido sepultado. Era o dia da preparação, e começava o sábado. Lucas 23:53, 54

À semelhança do casamento, ambiente no qual desfrutamos o máximo de prazer e intimidade com nosso cônjuge, o sábado é um dia especial em que desfrutamos o máximo de alegria e comunhão com o Criador, sem interferências de outras atividades, em um nível de plenitude não vivenciado durante a semana. O sábado é vida, é alegria e é repouso. Nele se produz a união perfeita do prazer com a liberdade e a disciplina.

A partir de Gênesis 2:1 a 3, é possível afirmar que o sétimo dia se constitui em um memorial da criação. Assim, o sábado é revestido de significado cósmico, indo além das limitações temporais ou locais. Sua instituição é anterior à promulgação de todas as leis, inclusive do próprio Decálogo.

Para os israelitas, o sábado também seria um memorial de sua libertação do cativeiro egípcio: “Porque te lembrarás que foste servo na terra do Egito e que o Senhor, teu Deus, te tirou dali com mão poderosa e braço estendido; pelo que o Senhor, teu Deus, te ordenou que guardasses o dia de sábado” (Dt 5:15).

O Deus criador é o mesmo que nos libertou do cativeiro do pecado. Essa libertação foi consumada na cruz, em uma sexta-feira. Isso torna significativo o fato de que, no dia seguinte, Jesus Cristo tenha descansado na sepultura.

“No princípio, o Pai e o Filho repousaram no sábado após Sua obra de criação. […] Agora Jesus descansava da obra de redenção e, embora houvesse dor entre os que O amavam na Terra, reinou alegria no Céu. A perspectiva do futuro era gloriosa aos olhos dos seres celestiais. Uma criação restaurada, a raça redimida que, havendo vencido o pecado, nunca mais poderia cair – esse era o resultado visto por Deus e os anjos, da obra concluída por Cristo. O dia em que Jesus descansou está para sempre ligado a essa cena. […] Quando ocorrer a ‘restauração de todas as coisas, de que Deus falou por boca dos Seus santos profetas desde a antiguidade’ (At 3:21), o sábado da criação, o dia em que Jesus repousou no sepulcro de José, será ainda um dia de descanso e regozijo” (Ellen White, O Desejado de Todas as Nações, p. 769, 770).

Aquele que descansou de Sua atividade criadora e redentora em um sábado não mede esforços para que nele descansemos na certeza da salvação provida em nosso favor. Desfrute mais este sábado na presença Daquele que, tendo criado o tempo, dedica tempo para nossa restauração final.

Zinaldo A. Santos, De Coração a Coração, MM 2020, CPB

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