Em geral, as pessoas preferem dias ensolarados a dias chuvosos e nublados. Muitos pagãos e místicos veneravam o Sol como rei dos astros e fonte de luz para o mundo. Em contraste, Deus escureceu o Sol em alguns momentos cruciais da história humana. Por exemplo, a nona praga contra a terra do Egito provocou três dias de escuridão absoluta (Êx 10:21-23). Enquanto Jesus estava na cruz, o Sol deixou de brilhar por três horas (Lc 23:44, 45). De acordo com o Apocalipse, quando o quinto anjo derramar sua taça da ira de Deus sobre a Terra, o reino da besta se tornará “em trevas” (Ap 16:10).
Ao falar sobre os sinais do tempo do fim que precederiam Seu retorno, Jesus disse: “O Sol escurecerá, a Lua não dará a sua claridade” (Mc 13:24, 25; cf. Jl 2:31). Autores adventistas têm associado esse sinal específico ao “Dia Escuro”, que ocorreu em 19 de maio de 1780, conforme atesta Ellen White no livro O Grande Conflito (p. 306-309). Esse fenômeno foi observado no estado da Nova Inglaterra, nos Estados Unidos, e em partes do Canadá. Testemunhas relataram que o dia se tornou completamente escuro, estendendo suas trevas até a manhã seguinte. Durante as horas da noite, a Lua apareceu vermelha. Alguns acreditam que o “Dia Escuro” foi causado por uma mistura de fumaça de incêndios florestais, cerração intensa e cobertura de nuvens.
Se o “Dia Escuro” foi causado por fatores naturais, como pode ser um sinal do tempo do fim? Lembre-se de que, no início do sexto selo apocalíptico, “sobreveio grande terremoto. O Sol se tornou negro como saco de crina, a Lua toda, como sangue, as estrelas do céu caíram pela terra, como a figueira, quando abalada por vento forte, deixa cair os seus figos verdes” (Ap 6:12, 13). Como cumprimento dessa profecia, tanto o grande terremoto de Lisboa, em 1o de novembro de 1755, quanto a chuva de meteoros, em 13 de novembro de 1833, tiveram causas naturais. Se assim foi, por que o “Dia Escuro” de 1780 não poderia ter origem semelhante?
Deus pode usar tanto eventos naturais quanto sobrenaturais para nos acordar de nossa segurança descuidada e mornidão espiritual. Ele o fez incontáveis vezes no passado e, se necessário, pode fazê-lo novamente. – Alberto Timm, Um dia inesquecível, MM 2018, CPB