Não temais; aquietai-vos e vede o livramento do Senhor que, hoje, vos fará; porque os egípcios, que hoje vedes, nunca mais tornareis a ver. Êxodo 14:13

Às vezes pagamos caro pela tentativa de resolver situações complicadas agindo sob o calor das emoções, especialmente negativas. Devemos utilizar todos os recursos disponíveis na solução de problemas, com a perspectiva de êxito; mas existem circunstâncias diante das quais tudo o que temos a fazer é esperar. Convém nos lembrarmos de que, conforme disse o próprio Deus, “na quietude e na confiança está o seu vigor” (Is 30:15, NVI).

Tão logo deixaram o Egito, os israelitas tiveram que enfrentar esse teste. Seguindo a ordem divina, eles acamparam em Pi-Hairote, perto do mar, e acabaram alcançados pelo exército egípcio. A situação era dificultada pelo cerco formado pelo mar, a montanha e o exército inimigo. Nada lhes restava, senão a expectativa de destruição ou a operação de um milagroso livramento. A incredulidade deles os fez visualizar o pior. E se abriram em lamentos, pensando que haviam sido preservados pelo sangue do cordeiro pascal apenas para que fossem sepultados no deserto.

A fé e a serena confiança de Moisés viram a infalibilidade do cuidado de Deus. Com palavras carregadas de consolo e ânimo, ele respondeu à murmuração, conforme registrado em nosso verso de hoje. O líder estava certo de que a perseguição empreendida pelos egípcios a Israel era parte do plano de Deus, tendo em vista a glorificação de Seu nome (Êx 14:4). Tinha fé sólida para acreditar em uma libertação, cuja forma era impossível imaginar. Era certo que o Senhor agiria. A incredulidade cria ou supervaloriza as dificuldades, impedindo-nos de ver a salvação divina. A fé eleva a alma acima das dificuldades, coloca-nos mais perto de Deus e nos habilita a permanecer destemidos, firmes e serenos, esperando Nele. Sem precipitações nem desespero.

Sempre que nos deparamos com grandes desafios e dificuldades ameaçadoras é natural que o medo se imponha a nós. Entretanto, não devemos permitir que ele assuma o controle. O medo nos enerva, deixa ansiosos, mas deve ser vencido com fervente e confiante oração. O medo não deve abalar nossa fé e nossa confiança no Deus do impossível. Então, esperemos o que Ele nos dirá. Deus sabe como nos tirar do redemoinho que permite vir sobre nós.

Foi assim que o mar se abriu, e o povo passou livre. Assim o Senhor nos dirá o que fazer quando estivermos diante de nossos “mares”. E, conforme se diz, se eles não se abrirem, Deus até pode nos surpreender, fazendo-nos passar por sobre as águas.

Zinaldo A. Santos, MM 2020, CPB

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