Assim diz o Soberano Senhor: “Estou a ponto de profanar o meu santuário, a fortaleza de que vocês se orgulham, o prazer dos seus olhos, o objeto da sua afeição. Os filhos e as filhas que vocês deixaram lá cairão à espada”. Ezequiel 24:21

Em Ezequiel 24, através da parábola de uma panela que cozinha algo, é mostrada a irrevogável condenação de Jerusalém. A ausência de luto por parte de Ezequiel, pela morte da esposa, mostra que a calamidade dos judeus é uma tristeza tão grande que não suscitará lamento.

O sinal da panela de cozinhar (V.1-14):
No 10o dia do 10o mês do 9o ano do cativeiro de Joaquim (15/01/588 a.C.)
a seguinte palavra do Senhor veio a mim: “Fi­lho do homem, registre a data de hoje, porque o rei da Babilônia sitiou Jerusalém exatamente neste dia. Conte a esta nação rebelde uma parábola e diga-lhes: ‘Ponha a panela para es­quentar com água. Encha-a com os pedaços mais seletos de carne (judeus): a coxa, o quarto dianteiro, e os cortes mais macios (classes mais abastadas). Use o melhor do rebanho e empilhe lenha sob ela, Faça a água ferver e cozinhe os ossos com a carne'”.
Assim diz o Senhor: “Ai de Jerusalém, cidade sanguinária, ela é a panela enferrujada, cujo resíduo não desaparecerá! Pegue a carne sem escolhe-la, pois nenhum pedaço é melhor do que o outro.  O sangue que ela derramou está espalhado sobre as pedras; não foi derramado no chão, onde o pó o cobriria. Para atiçar a minha ira e me vingar, pus o sangue dela sobre a rocha nua, para que todos vejam”. Portanto, assim diz o Senhor: “Ai da cidade sanguinária! Eu também farei uma pilha de lenha bem alta. Amontoem a lenha e acendam o fogo. Cozinhem bem a carne, misturando os temperos; e reduzam os ossos a cinzas.
Depois ponham a panela vazia sobre as brasas para que esquente até ficar incandescente, as suas impurezas se derretam e o seu resíduo ser queimado e desaparecer (Jerusalém destruída). Mas de nada adianta; nem o fogo pôde eliminar a ferrugem! Ora, a sua impureza é a lascívia. Como eu desejei purificá-la, mas você não quis ser purificada, você não voltará a ficar limpa, enquanto não se abrandar a minha ira contra você”. Eu, o Senhor, falei. “Chegou a hora de agir. Não mudarei de ideia nem terei compaixão. Você será julgada de acordo com as suas ações, diz o Soberano Senhor”.
A morte da esposa de Ezequiel (v.15-27):
Recebi esta mensagem do Senhor: “Fi­lho do homem, com um único golpe estou para tirar de você o prazer dos seus olhos (sua esposa). Contudo, não lamente nem chore nem derrame lágrimas. Não permita que ninguém ouça o seu gemer; não pranteie pelos mortos. Mantenha apertado o seu turbante e as sandálias nos pés; não cubra o rosto nem coma a comida dos pranteadores.
Assim, falei de manhã ao povo, e à tarde minha mulher morreu. No dia seguinte fiz o que me havia sido ordenado. Então o povo me perguntou: “Você não vai nos dizer que relação essas coisas têm conosco?” E eu lhes respondi: Recebi esta mensagem do Senhor e fui incumbido de transmiti-la ao povo de Israel: Assim diz o Senhor: “Estou a ponto de profanar o meu santuário, a fortaleza de que vocês se orgulham, o prazer dos seus olhos, o objeto da sua afeição. Os filhos e as filhas que vocês deixaram lá cairão à espada. E vocês farão o que eu fiz. Não cobrirão o rosto nem comerão a comida dos pranteadores. Manterão os turbantes na cabeça e as sandálias nos pés. Não prantearão nem chorarão, mas irão consumir-se por causa de suas iniquidades e gemerão uns pelos outros. Ezequiel lhes servirá de exemplo; vocês farão o que ele fez. Quando isso acontecer, vocês saberão que eu sou o Soberano Senhor”.
E você, filho do homem, no dia em que eu tirar deles a sua fortaleza – sua alegria e sua glória, o prazer dos seus olhos e os seus filhos e as suas filhas, o maior desejo de suas vidas – um sobrevivente de Jerusalém virá a Babilônia dar-lhe a notícia. Naquela hora sua boca será aberta; você falará com ele e não ficará calado. E assim você será um sinal para eles, e eles saberão que eu sou o Senhor.

A experiência de Ezequiel mostra que o dedicar-se ao serviço de Deus não nos isenta do sofrimento e infortúnio. As vezes, parece que os mensageiros de Deus são mais assaltados do que outros não empenhados na causa divina. Muitos desastres acometem os que se dedicam a Deus em algum campo missionário. Deus nos acompanha em nossas atividades missionárias, até chegar a hora de encerrar as atividades e descansar. O inimigo não tem nenhum poder sobre nós e nossos familiares até que o Senhor assim o permita (vide Jó).

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