Os EUA é um dos maiores consumidor de açúcar refinado do mundo (70kg por pessoa ao ano). O Brasil, está entre os três maiores produtores mundiais de açúcar, e um dos maiores consumidores entre os países em desenvolvimento, com um consumo anual de 60kg.  por pessoa. Isso significa que durante a vida média do brasileiro, circulará pelo seu organismo o equivalente a 4 toneladas de açúcar refinado. A maior parte desse açúcar já vem adicionado nos produtos industrializados. Uma lata de refrigerante, por exemplo, contém o equivalente de 10 a 12 colheres de chá de açúcar!

Açúcar, Osteoporose, Diabetes e Problemas Cardiovasculares

Tecnicamente, o açúcar refinado pode ser considerado uma droga porque, no processo de refinamento, perde todos os elementos de sua constituição (fibras, vitaminas, minerais, enzimas, proteínas e gorduras), mediante um processo de síntese química. Isso o transforma num concentrado de carboidrato, sacarose quase pura (acima de 95%). Poderia, sem dificuldade, ser classificado como uma substância química tal a sua “pureza”. Contudo, no rol dos alimentos, não passa de uma caloria vazia.

Ingerido nesse estado de refinamento, o açúcar provoca acidificação no organismo, acidificação que o corpo neutraliza produzindo hidróxido de cálcio. Esse esforço quase constante para manter estável o pH do corpo, aliado a outros problemas metabólicos gerados pelo açúcar branco (refinado), pode provocar a médio ou longo prazo, osteoporose, arteriosclerose, diabetes, obesidade e aumentar os riscos de infarto do miocárdio e derrame cerebral.

Açúcar, Hiperatividade, Depressão e Agressividade

O açúcar provoca dependência do mesmo modo que outras diversas drogas. Crises de abstinência são verificadas nos que o consomem em grande quantidade. Exatamente como acontece com dependentes de outros tipos de vícios, quando tentam abandonar ou reduzir o consumo. Isso é explicável por causa do efeito neuroendócrino do açúcar no organismo: quando se consome um pedaço de bolo com suco, por exemplo – por não ser necessária uma digestão longa – em poucos minutos a glicose é absorvida, provocando uma hiperglicemia (alta dose de glicose no sangue). Isso faz com que o pâncreas comece a produzir insulina para trazer a glicose para um nível mais aceitável. Então, quando a quantidade de insulina excede a necessidade real, leva o nível de glicose muito abaixo do normal, gerando agora uma hipoglicemia (baixo teor de glicose no sangue) e, dentro de uma ou duas horas, aparece uma nova “vontade de comer”.

Essas variações bruscas de níveis de glicose e de insulina podem produzir distúrbios como: mudanças repentinas de temperamento, irritabilidade, impaciência, agressividade e depressão. Esses sintomas são exacerbados pelo fato de que, no processo de assimilação do açúcar, o corpo lança mão de vitaminas do complexo B, justamente aquelas que regulam o sistema nervoso central.

Experiências realizadas em prisões, nos EUA, substituindo-se o açúcar e os cereais refinados por uma alimentação mais saudável, demonstraram uma queda significativa no comportamento agressivo dos prisioneiros submetidos à dieta mais natural.

É importante notar que o açúcar atua na mente dos adultos de maneira inteiramente diferente de como age nas crianças. Muito da “hiperatividade”, tão propalada em nossos dias, é resultado da incapacidade do cérebro imaturo das crianças para lidar com transtornos neuroendócrinos da magnitude a que estão submetidas graças ao regime alimentar “da moda”, hipercalórico.

Um estudo acerca da ocorrência de câncer de mama nos 20 países mais ricos do mundo, revelou que as nações que mais consomem açúcar são exatamente as que apresentam mais óbitos – Grã Bretanha, Holanda, Irlanda, Dinamarca e Canadá.

Adoçantes Artificiais

Muitos crêem que a alternativa ao uso do adoçante “natural” reside nos adoçantes artificiais. Extensa e profunda pesquisa já foi feita com relação aos efeitos desses produtos sobre o organismo.

  • A sacarina (300 vezes mais doce do que a sacarose), provocou câncer de bexiga em ratos de laboratório e deformidades no desenvolvimento de pintainhos.  A sacarina é derivada do petróleo!
  • O aspartame, (200 vezes mais doce do que a sacarose (açúcar branco refinado), é o ingrediente mais comumente utilizado como adoçante alternativo em especial na indústria. Vários estudos independentes tem relacionado o consumo desse adoçante sintético com tumores de cérebro, esclerose múltipla, epilepsia, fadiga crônica, insônia, fibromialgias, diabetes, tonteira, náuseas, depressão, além de problemas de visão e audição.

Nas embalagens eles aparecem como edulcorantes. O Brasil é o maior consumidor de adoçante do mundo, como se não bastasse ser um dos maiores consumidores de açúcar do mundo. Muitos problemas físicos / mentais relacionados com o consumo de açúcar refinado e edulcorantes ainda estão sendo avaliados clinicamente, mas com as evidências  que já existem, todos fariam um bem imenso à própria saúde eliminando os adoçantes artificiaís e reduzindo drasticamente o consumo de açúcar refinado.

Dr. Silmar Cristo – Saúde & Longevidade em 12 passos, p.73-75

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