Li um artigo do dr. Silmar Cristo, na Revista Adventista de 05/2017, e achei interessante uma análise que ele fez sobre o sistema de saúde, não só o brasileiro, mas de todos que seguem uma mesma linha.

Apesar dos avanços da medicina nos últimos cem anos, as enfermidades humanas continuam ganhando terreno. Não raras vezes acompanhamos pela mídia as promessas quase milagrosas de um novo medicamento, de uma técnica cirúrgica revolucionária ou de um terapia inovadora. Porém, com o passar do tempo, os resultados esperados ficam só na promessa. Essa frustração ocorre porque ainda se acredita que a principal solução para a maioria das enfermidades esteja no investimento em ciência e tecnologia. Ledo engano! Não há dúvida quanto à importância desses fatores, mas por si eles não resolvem o problema.

Ao longo do tempo, o que conseguimos foi transformar doentes agudos em crônicos… Ao que parece, no último século, os seres humanos simplesmente trocaram o modo de adoecer e muitos ainda morrem prematuramente… Abaixo apresento as mudanças históricas que levaram a essa crise de saúde global…:

  1. Visão bíblica e criacionista sobre o ser humano. Em grande medida a sociedade perdeu o parâmetro bíblico de que o corpo tem que ser cuidado como templo do Espírito Santo. Foi essa noção que serviu de base para as orientações de saúde e sanitárias dadas ao povo de Israel e que serviram de proteção para os israelitas em relação às doenças que afetavam as nações vizinhas…
  2. A vocação sacerdotal do médico. No intuito de separar superstição e ciência, a medicina deixou de ser um sacerdócio. Essa mudança favoreceu mais o preparo técnico do que moral dos profissionais. O exercício da medicina sem misericórdia e consagração tende a se transformar em exploração.
  3. A indústria da cura. Em 1973, o presidente norte-americano Richard Nixon assinou a lei que transformou o sistema de saúde do país numa indústria com fins lucrativos. Pressionados por questões econômicas, esse modelo foi copiado por muitas nações. Num contexto de saúde como mero negócio, a educação da população para que se previna de doenças fica em segundo plano. O sistema de saúde se tornou falho porque suas prosperidade depende da doença e não da cura.
  4. Responsabilidade individual. As pessoas deixaram de ser proativas na manutenção da própria saúde. Tomar um comprimido ou contar com um bom plano de saúde é mais cômodo e rápido do que mudar hábitos prazerosos, mas que são prejudiciais.

Diante desse processo histórico e da crise global de saúde pública, penso que o resgate da visão criacionista sobre o ser humano, da vocação sacerdotal da cura e do sistema de saúde com fins não lucratívos, além da conscientização sobre a responsabilidade pessoal na prevenção, teria um impacto contundente na expectativa e qualidade de vida do ser humano. – Dr. Silmar Cristo.

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