…porque o amor é forte como a morte, e duro como a sepultura o ciúme; as suas brasas são brasas de fogo, com veementes labaredas. As muitas águas não podem apagar este amor, nem os rios afogá-lo; ainda que alguém desse todos os bens de sua casa pelo amor, certamente o desprezariam. – Cântico 8:6-7

Neste Cântico 8 de Salomão, a esposa demonstra o seu amor por seu amado. Falam sobre a veemência do amor, e por fim, a esposa demonstra o seu anseio pela vinda do seu amor.

Esposa (v.1-4):

Ah! quem me dera que foras como meu irmão, que mamou aos seios de minha mãe! Quando te encontrasse lá fora, beijar-te-ia em público, e não me desprezariam, nem me criticariam! Levar-te-ia e te introduziria na casa de minha mãe, no lar de minha infância, e tu me ensinarias; eu te daria a beber do vinho aromático e do mosto (néctar) das minhas romãs. A sua mão esquerda esteja debaixo da minha cabeça, e a sua direita me abrace. Conjuro-vos, prometam-me ó filhas de Jerusalém, que não acordeis nem desperteis o meu amor, até que queira.

As mulheres de Jerusalém (v.5):

Quem é esta que sobe do deserto, e vem encostada, apoiada, em seu amado? 

Esposo (v.5-7):

Desperteis você debaixo da macieira, onde sua mão o deu à luz, onde, com muitas dores, ela o trouxe ao mundo. Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço, porque o amor é forte como a morte, e o ciúme é exigente como a sepultura; o seu amor arde como as brasas de fogo, com veementes labaredas. As muitas águas não podem apagar este amor, nem os rios podem afogá-lo; ainda que algum homem tentasse dar todos os bens de sua casa, todas as suas riquezas pelo amor, certamente sua oferta seria desprezada.

Os irmãos da esposa (v.8-9):

Temos uma irmã pequena, que ainda não tem seios; que faremos a esta nossa irmã, no dia em que a pedirem em casamento? Se ela for um muro, edificaremos sobre ela um palácio de prata; e, se ela for uma porta, nós a fecharemos com uma tranca de cedro.

Esposa (v.10-12):

Eu sou um muro, e os meus seios são como as suas torres; então eu era aos seus olhos como aquela que acha paz. Quando o meu amado olha para mim, ele se agrada do que vê.  Teve Salomão uma vinha em Baal-Hamom, que ele arrendou para lavradores; e cada um lhe trazia pelo seu fruto mil peças de prata. A minha vinha, que me pertence, está diante de mim, e eu faço dela o que quero; as mil peças de prata são para ti, ó Salomão, não precisa me pagar; e darei duzentas peças para os que cuidam de seus frutos.

Esposo (v.13):

Ó tu, minha querida, que habitas nos jardins, os seus companheiros estão atentos para ouvir a tua voz; faze-me, pois, também ouvi-la.

Esposa (v.14):

Vem depressa, amado meu, e faze-te semelhante ao gamo ou ao filho dos veados sobre os montes dos aromas, das especiarias.

O amor puro é de tal natureza que nada pode destruí-lo. Não pode ser comprado. A proposta mais alta seria totalmente desprezada. O amor verdadeiro é regular, não oscila, é durável, e não um fogo de palha que logo acaba, é invencível o seu poder. É algo muito forte, que só a sepultura pode separar. O livro de Cânticos relata repetidamente sobre esse amor e a felicidade que dele advém.

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