Se eles não ouvem Moisés e os profetas, não se convencerão, mesmo que alguém ressuscite dos mortos. Lucas 16:31

Em Lucas 16, Jesus conta a parábola do administrador astuto, fala sobre a lei com os fariseus que zombavam de Suas palavra, e também sobre o divórcio, e conta a parábola do rico e Lázaro.

A parábola do administrador infiel (v.1-13):

Jesus contou a seguinte história a seus discípulos: “Um homem rico tinha um administrador que cuidava de seus negócios. Certo dia, foram-lhe contar que esse administrador estava desperdiçando seu dinheiro. Então mandou chamá-lo e disse: ‘O que é isso que ouço a seu respeito? Preste contas de sua administração, pois não pode mais permanecer nesse cargo’.

“O administrador pensou consigo: ‘E agora? Meu patrão vai me demitir. Não tenho força para trabalhar no campo, e sou orgulhoso demais para mendigar. Já sei como garantir que as pessoas me recebam em suas casas quando eu for despedido!’. “Então convocou todos que deviam dinheiro a seu patrão. Perguntou ao primeiro: ‘Quanto você deve a meu patrão?’. O homem respondeu: ‘Devo cem tonéis de azeite (cerca de 4 mil litros)’. Então o administrador lhe disse: ‘Pegue depressa sua conta e mude-a para cinquenta tonéis’. “‘E quanto você deve a meu patrão?’, perguntou ao segundo. “Devo cem cestos grandes de trigo (40 mil litros)’, respondeu ele. E o administrador disse: ‘Tome sua conta e mude-a para oitenta cestos’.

“O patrão elogiou o administrador desonesto por sua astúcia. E é verdade que os filhos deste mundo são mais astutos ao lidar com o mundo ao redor que os filhos da luz. Esta é a lição: usem a riqueza deste mundo para fazer amigos (Daniel 4:27). Assim, quando suas posses se extinguirem, eles os receberão num lar eterno. “Se forem fiéis nas pequenas coisas, também o serão nas grandes. Mas, se forem desonestos nas pequenas coisas, também o serão nas maiores. E, se vocês não são confiáveis ao lidar com a riqueza injusta deste mundo, quem lhes confiará a verdadeira riqueza? E, se não são fiéis com os bens dos outros, por que alguém lhes confiaria o que é de vocês? “Ninguém pode servir a dois senhores, pois odiará um e amará o outro; será dedicado a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro”.

Jesus reprova os fariseus (v.14-17):

Os fariseus, que tinham grande amor ao dinheiro, ouviam isso tudo e zombavam de Jesus. Então ele disse: “Vocês gostam de parecer justos em público, mas Deus conhece o seu coração (Salmo 7:9). Aquilo que este mundo valoriza é detestável aos olhos de Deus (I Samuel 16:7). “Até a chegada de João, a lei de Moisés e a mensagem dos profetas eram seus guias. Agora, porém, as boas-novas do reino de Deus estão sendo anunciadas, e todos estão ansiosos para entrar. É mais fácil o céu e a terra desaparecerem que ser anulado até o menor traço da lei de Deus (Isaías 40:8; 51:6).

Acerca do divórcio (v.18):

“Assim, o homem que se divorcia de sua esposa e se casa com outra mulher comete adultério. E o homem que se casa com uma mulher divorciada também comete adultério (Deuteronômio 24:1-4)”.

O rico e Lázaro (v.19-31):

Jesus disse: “Havia um homem rico que se vestia de púrpura e linho fino e vivia sempre cercado de luxos. À sua porta ficava um mendigo coberto de feridas chamado Lázaro. Ele ansiava comer o que caía da mesa do homem rico, e os cachorros vinham lamber suas feridas abertas. “Por fim, o mendigo morreu, e os anjos o levaram para junto de Abraão (Eclesiastes 9:5-6, 10; Salmo 6:5; 115:17; 146:4) . O rico também morreu e foi sepultado, e foi para o lugar dos mortos. Ali, em tormento (Isaías 66:24), ele viu Abraão de longe, com Lázaro ao seu lado.

“O rico gritou: ‘Pai Abraão, tenha compaixão de mim! Mande Lázaro aqui para que molhe a ponta do dedo em água e refresque minha língua (Isaías 66:24; Zacarias 14:12)). Estou em agonia nestas chamas!’. “Abraão, porém, respondeu: ‘Filho, lembre-se de que durante a vida você teve tudo que queria e Lázaro não teve coisa alguma. Agora, ele está aqui sendo consolado, e você está em agonia. Além do mais, há entre nós um grande abismo. Ninguém daqui pode atravessar para o seu lado, e ninguém daí pode atravessar para o nosso’.

“Então o rico disse: ‘Por favor, Pai Abraão, pelo menos mande Lázaro à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos e quero avisá-los para que não terminem neste lugar de tormento’. “‘Moisés e os profetas (Isaías 8:20; 34:16) já os avisaram’, respondeu Abraão. ‘Seus irmãos podem ouvir o que eles disseram.’

“Então o rico disse: ‘Não, Pai Abraão! Mas, se alguém dentre os mortos lhes fosse enviado, eles se arrependeriam!’. “Abraão, porém, disse: ‘Se eles não ouvem Moisés e os profetas, não se convencerão, mesmo que alguém ressuscite dos mortos’”.

Na parábola do administrador infiel, embora o senhor tenha ficado impressionado pela forma como o administrador cuidou das próprias necessidades futuras, Jesus o identifica como injusto, mas, este dá um exemplo de diligência no uso das riquezas para garantir seu futuro. Esta parábola foi contada aos discípulos, mas haviam fariseus presentes. Jesus se dirige a estes, por serem os administradores da Palavra de Deus, e estavam defraudando os “bens” a eles confiados, e que seriam chamados a prestar contas de seus atos. E no relato do rico e Lázaro, devemos atentar de que se trata de uma parábola, portanto não podemos se basear em uma parábola para acreditar que existem céus e inferno, e que os mortos conversam entre si, indo em contradição com Eclesiastes 9:5, que afirma que “os mortos não sabem coisa alguma, e que sua memória jaz no esquecimento”.

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