Vocês sempre terão os pobres em seu meio e poderão ajudá-los sempre que desejarem, mas nem sempre terão a mim. Ela ungiu o meu corpo de antemão para o sepultamento. Marcos 14:7-8

Em Marcos 14 os líderes da igreja conspiram para matar a Jesus. Ele é ungido em Betânia e Judas concorda em trair a Jesus. Ocorre a ultima ceia de Jesus com seus discípulos, e Ele avisa-os de que Ele será preso e todos fugirão, e acrescenta que Pedro o negará três vezes antes que o galo cante pela segunda vez. Vão ao Getsemani onde Jesus ora, enquanto seus discípulos dormem. Ele é traído e preso, e levado diante do conselho dos líderes judeus para ser interrogado, e Pedro nega a Cristo, conforme fora avisado.

O plano para tirar a vida de Jesus (v.1-2):

Faltavam dois dias para a Páscoa e para a Festa dos Pães sem Fermento (Asmos) (Êxodo 12:1-27). Os principais sacerdotes e mestres da lei procuravam uma oportunidade de prender Jesus em segredo e matá-lo. “Mas não durante a festa da Páscoa, para não haver tumulto entre o povo”, concordaram entre eles.

Jesus ungido em Betânia (v.3-9):

Enquanto isso, Jesus estava em Betânia, na casa de Simão, o leproso. Quando ele estava à mesa, uma mulher entrou com um frasco de alabastro contendo um perfume caro, feito de essência de nardo. Ela quebrou o frasco e derramou o perfume sobre a cabeça dele. Alguns dos que estavam à mesa ficaram indignados. “Por que desperdiçar um perfume tão caro?”, perguntaram. “Poderia ter sido vendido por trezentas moedas de prata, e o dinheiro, dado aos pobres!” E repreenderam a mulher severamente.

Jesus, porém, disse: “Deixem-na em paz. Por que a criticam por ter feito algo tão bom para mim? Vocês sempre terão os pobres em seu meio e poderão ajudá-los sempre que desejarem (Deuteronômio 15:11), mas nem sempre terão a mim. Ela fez o que podia e ungiu meu corpo de antemão para o sepultamento. “Eu lhes digo a verdade: onde quer que as boas-novas sejam anunciadas pelo mundo, o que esta mulher fez será contado, e dela se lembrarão”.

O pacto da traição (v.10-11):

Então Judas Iscariotes, um dos Doze, foi aos principais sacerdotes para combinar de lhes entregar Jesus (Salmo 41:9; 55:12-14). Quando souberam por que ele tinha vindo, ficaram muito satisfeitos e lhe prometeram dinheiro. Então ele começou a procurar uma oportunidade para trair Jesus.

Os discípulos preparam a Páscoa (v.12-16):

No primeiro dia da Festa dos Pães sem Fermento, quando o cordeiro pascal era sacrificado, os discípulos de Jesus lhe perguntaram: “Onde quer que lhe preparemos a refeição da Páscoa?”. Então Jesus enviou dois deles a Jerusalém, com as seguintes instruções: “Ao entrarem na cidade, um homem carregando uma vasilha de água virá ao seu encontro. Sigam-no.
Digam ao dono da casa em que ele entrar: ‘O Mestre pergunta: Onde fica o aposento no qual comerei a refeição da Páscoa com meus discípulos?’.
Ele os levará a uma sala grande no andar superior, que já estará arrumada. Preparem ali a refeição”. Então os dois discípulos foram à cidade e encontraram tudo como Jesus tinha dito, e ali prepararam a refeição da Páscoa.

O traidor é indicado (v.17-21):

Ao anoitecer, Jesus chegou com os Doze. Quando estavam à mesa, comendo, Jesus disse: ‘Eu lhes digo a verdade: um de vocês que está aqui comendo comigo vai me trair”. Aflitos, eles protestaram: “Certamente não serei eu!”. Jesus respondeu: “É um dos Doze. É alguém que come comigo da mesma tigela. Pois o Filho do Homem deve morrer, como as Escrituras declararam há muito tempo. Mas que terrível será para aquele que o trair! Para esse homem seria melhor não ter nascido”.

A Ceia do Senhor (v.22-26):

Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e o abençoou. Em seguida, partiu-o em pedaços e deu aos discípulos, dizendo: “Tomem, porque este é o meu corpo”. Então tomou o cálice de vinho e agradeceu a Deus. Depois, entregou-o aos discípulos, e todos beberam. Então Jesus disse: “Este é o meu sangue, que confirma a aliança. Ele é derramado como sacrifício por muitos. Eu lhes digo a verdade: não voltarei a beber vinho até aquele dia em que beberei um vinho novo no reino de Deus”. Então cantaram um hino e saíram para o monte das Oliveiras.

Pedro é avisado (v.27-31):

No caminho, Jesus disse: “Todos vocês me abandonarão, pois as Escrituras dizem: ‘Deus ferirá o pastor, e as ovelhas serão dispersas’ (Isaías 53:5; Zacarias 13:7). Mas, depois de ressuscitar, irei adiante de vocês à Galileia”. Pedro declarou: “Mesmo que todos os outros o abandonem, eu jamais farei isso”. Jesus respondeu: “Eu lhe digo a verdade: esta mesma noite, antes que o galo cante duas vezes, você me negará três vezes”. Pedro, no entanto, insistiu enfaticamente: “Mesmo que eu tenha de morrer ao seu lado, jamais o negarei!”. E todos os outros discípulos disseram o mesmo.

Jesus no Getsêmani (v.32-42):

Então foram a um lugar chamado Getsêmani, e Jesus disse a seus discípulos: “Sentem-se aqui enquanto vou orar”. Levou consigo Pedro, Tiago e João e começou a sentir grande pavor e angústia. “Minha alma está profundamente triste, a ponto de morrer (Isaías 53:3-4)”, disse ele. “Fiquem aqui e vigiem.” Ele avançou um pouco e curvou-se até o chão. Então orou para que, se possível, a hora que o esperava fosse afastada dele. E clamou: “Aba, Pai, tudo é possível para ti. Peço que afastes de mim este cálice. Contudo, que seja feita a tua vontade, e não a minha”.

Depois, voltou aos discípulos e os encontrou dormindo. “Simão, você está dormindo?”, disse ele a Pedro. “Não pode vigiar comigo nem por uma hora? Vigiem e orem para que não cedam à tentação, pois o espírito está disposto, mas a carne é fraca.” Então os deixou novamente e fez a mesma oração de antes. Quando voltou pela segunda vez, mais uma vez encontrou os discípulos dormindo, pois não conseguiam manter os olhos abertos. Eles não sabiam o que dizer. Ao voltar pela terceira vez, disse: “Vocês ainda dormem e descansam? Basta; chegou a hora. O Filho do Homem está para ser entregue nas mãos de pecadores. Levantem-se e vamos. Meu traidor chegou”.

Jesus é preso (v.43-50):

No mesmo instante, enquanto Jesus ainda falava, Judas, um dos Doze, chegou com uma multidão armada de espadas e pedaços de pau. Tinham sido enviados pelos principais sacerdotes, mestres da lei e líderes do povo. O traidor havia combinado com eles um sinal: “Vocês saberão a quem devem prender quando eu o cumprimentar com um beijo (Provérbios 27:6). Então poderão levá-lo em segurança”.

Assim que chegaram, Judas se aproximou de Jesus. “Rabi!”, exclamou ele, e o beijou. Os outros agarraram Jesus e o prenderam. Mas um dos que estavam com Jesus (Pedro) puxou a espada e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha. Jesus perguntou: “Por acaso sou um revolucionário perigoso, para que venham me prender com espadas e pedaços de pau?
Por que não me prenderam no templo? Todos os dias estive ali, no meio de vocês, ensinando. Mas estas coisas estão acontecendo para que se cumpra o que dizem as Escrituras”. Então todos o abandonaram e fugiram.

Jesus é seguido por um jovem (v.51-52):

Um jovem que os seguia vestia apenas um lençol de linho. Quando a multidão tentou agarrá-lo, ele deixou para trás o lençol e escapou nu.

Jesus perante o Sinédrio (v.53-65):

Levaram Jesus para a casa do sumo sacerdote, onde estavam reunidos os principais sacerdotes, os líderes do povo e os mestres da lei. Pedro seguia Jesus de longe e entrou no pátio do sumo sacerdote. Ali, sentou-se com os guardas para se aquecer junto ao fogo. Lá dentro, os principais sacerdotes e todo o conselho dos líderes do povo tentavam, sem sucesso, encontrar provas contra Jesus, para que pudessem condená-lo à morte.

Muitas testemunhas falsas deram depoimentos, mas elas se contradiziam.
Por fim, alguns homens se levantaram e apresentaram o seguinte testemunho falso: “Nós o ouvimos dizer: ‘Destruirei este templo feito por mãos humanas e em três dias construirei outro, não feito por mãos humanas’”. Mas nem assim seus depoimentos eram coerentes. Então o sumo sacerdote se levantou diante dos demais e perguntou a Jesus: “Você não vai responder a essas acusações? O que tem a dizer em sua defesa?”.
Jesus, no entanto, permaneceu calado e não deu resposta alguma.

Então o sumo sacerdote perguntou: “Você é o Cristo, o Filho do Deus Bendito?”. “Eu sou”, disse Jesus. “E vocês verão o Filho do Homem sentado à direita do Deus Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu.”
Então o sumo sacerdote rasgou as vestes e disse: “Que necessidade temos de outras testemunhas? Todos ouviram a blasfêmia. Qual é o veredicto?”. E todos o julgaram culpado e o condenaram à morte.

Então alguns deles começaram a cuspir em Jesus. Vendaram seus olhos e lhe deram socos (Isaías 50:6; 52:14). “Profetize para nós!”, zombavam. E os guardas lhe davam tapas enquanto o levavam. Enquanto isso, Pedro estava lá embaixo, no pátio. Uma das criadas que trabalhava para o sumo sacerdote passou por ali e viu Pedro se aquecendo junto ao fogo. Olhou bem para ele e disse: “Você é um dos que estavam com Jesus de Nazaré”.
Ele, porém, negou. “Não faço a menor ideia do que você está falando!”, disse, e caminhou em direção à saída.

Naquele instante, o galo cantou. Quando a criada o viu ali, começou a dizer aos outros: “Este homem com certeza é um deles!”. Mas Pedro negou novamente. Um pouco mais tarde, alguns dos que estavam por lá confrontaram Pedro, dizendo: “Você deve ser um deles, pois é galileu”.
Ele, porém, começou a praguejar e jurou: “Não conheço esse homem de quem vocês estão falando!”. E, no mesmo instante, o galo cantou pela segunda vez. Então Pedro se lembrou das palavras de Jesus: “Antes que o galo cante duas vezes, você me negará três vezes”. E começou a chorar.

Por mais que os discípulos jurassem fidelidade à Cristo, quando Jesus é levado preso, eles fugiram. Um (João) o seguia de longe, envolto em um lençol. Pedro foi até o local onde Jesus estava sendo interrogado e o negou por três vezes, conforme Jesus o avisara que ocorreria. Qual será a nossa reação quando formos interpelados por sermos seguidores de Cristo?

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