Quem quiser ser o primeiro, que se torne o último e seja servo de todos. Marcos 9:35

Em Marcos 9, ocorre a transfiguração de Jesus, e Moisés e Elias vem o confortar. Jesus cura um menino possuido por demônio, e pela segunda vez prediz, aos seus apóstolos, a sua morte. Também lhes transmite mais alguns ensinamentos, que os ajudarão em seus ministérios.

A transfiguração (v.1-9):

Jesus prosseguiu: “Eu lhes digo a verdade: alguns que estão aqui neste momento não morrerão antes de ver o reino de Deus vindo com grande poder!”. Seis dias depois, Jesus levou consigo Pedro, Tiago e João até um monte alto, para estarem a sós. Ali, diante de seus olhos, a aparência de Jesus foi transformada. Suas roupas ficaram brancas e resplandecentes, muito mais claras do que qualquer lavandeiro seria capaz de deixá-las.

Então Elias e Moisés apareceram e começaram a falar com Jesus. Pedro exclamou: “Rabi, é maravilhoso estarmos aqui! Vamos fazer três tendas: uma será sua, uma de Moisés e outra de Elias”. Disse isso porque não sabia o que mais falar, pois estavam todos apavorados. Então uma nuvem os cobriu, e uma voz que vinha da nuvem disse: “Este é meu Filho amado. Ouçam-no!”. De repente, quando olharam em volta, só Jesus estava com eles.

A vinda de Elias (v.9-13):

Enquanto desciam o monte, Jesus ordenou que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do Homem tivesse ressuscitado dos mortos. Eles guardaram segredo, mas conversavam entre si com frequência sobre o que ele queria dizer com “ressuscitar dos mortos”.
Então eles perguntaram a Jesus: “Por que os mestres da lei afirmam que é necessário que Elias volte antes que o Cristo venha?”. Jesus respondeu: “De fato, Elias vem primeiro para restaurar tudo. Então por que as Escrituras dizem que é necessário o Filho do Homem sofrer muito e ser tratado com desprezo? Eu, porém, lhes digo: Elias já veio e eles preferiram maltratá-lo, conforme as Escrituras haviam previsto”.

A cura de um jovem possesso (v.14-29):

Ao voltarem para junto dos outros discípulos, viram que estavam cercados por uma grande multidão e que alguns mestres da lei discutiam com eles. Quando a multidão viu Jesus, ficou muito admirada e correu para cumprimentá-lo. “Sobre o que discutem?”, perguntou Jesus. Um dos homens na multidão respondeu: “Mestre, eu lhe trouxe meu filho, que está possuído por um espírito impuro que não o deixa falar. Sempre que o espírito se apodera dele, joga-o no chão, e ele espuma pela boca, range os dentes e fica rígido. Pedi a seus discípulos que expulsassem o espírito impuro, mas eles não conseguiram”.

Jesus lhes disse: “Geração incrédula! Até quando estarei com vocês? Até quando terei de suportá-los? (Jesus poderia estar se referindo ao pai do menino, que não tinha fé suficiente, também poderia ser aos seus discípulos, que não conseguiram expulsar o demônio, como também poderia ser aos escribas, que só ficavam procurando oportunidade para atrapalhar o ministério de Jesus, e ridicularizar seus discípulos) Tragam o menino para cá”. Então o trouxeram. Quando o espírito impuro viu Jesus, causou uma convulsão intensa no menino e ele caiu no chão, contorcendo-se e espumando pela boca. Jesus perguntou ao pai do menino: “Há quanto tempo isso acontece com ele?”. “Desde que ele era pequeno”, respondeu o pai. “Muitas vezes o espírito o lança no fogo ou na água e tenta matá-lo. Tenha misericórdia de nós e ajude-nos, se puder.”

“Se puder?”, perguntou Jesus. “Tudo é possível para aquele que crê.” No mesmo instante, o pai respondeu: “Eu creio, mas ajude-me a superar minha incredulidade”. Quando Jesus viu que a multidão aumentava, repreendeu o espírito impuro, dizendo: “Espírito que impede este menino de ouvir e falar, ordeno que saia e nunca mais entre nele!”. O espírito gritou, causou outra convulsão intensa no menino e saiu dele. O menino parecia morto. Um murmúrio correu pela multidão: “Ele morreu”. Mas Jesus o tomou pela mão e o ajudou a se levantar, e ele ficou em pé.
Depois, quando Jesus estava em casa com seus discípulos, eles perguntaram: “Por que não conseguimos expulsar aquele espírito impuro?”. Jesus respondeu: “Essa espécie (casta) só sai com oração (não oração naquele momento, mas uma vida de oração e comunhão com Deus)”.

Jesus prediz, novamente, sua morte e ressurreição (v.30-32):

Ao deixarem aquela região, viajaram pela Galileia. Jesus não queria que ninguém soubesse que ele estava lá, pois queria ensinar a seus discípulos. Ele lhes dizia: “O Filho do Homem será traído e entregue em mãos humanas. Será morto, mas três dias depois ressuscitará”. Eles, porém, não entendiam essas coisas e tinham medo de lhe perguntar.

O maior no reino (v.33-37):

Depois que chegaram a Cafarnaum e se acomodaram numa casa, Jesus perguntou a seus discípulos: “Sobre o que vocês discutiam no caminho?”.
Eles não responderam, pois tinham discutido sobre qual deles era o maior.
Jesus se sentou, chamou os Doze e disse: “Quem quiser ser o primeiro, que se torne o último e seja servo de todos”. Então colocou uma criança no meio deles, tomou-a nos braços e disse: “Quem recebe uma criança pequena como esta em meu nome recebe a mim, e quem me recebe não recebe apenas a mim, mas também ao Pai, que me enviou”.

Jesus ensina a tolerância e a caridade (v.38-41):

João disse a Jesus: “Mestre, vimos alguém usar seu nome para expulsar demônios; nós o proibimos, pois ele não era do nosso grupo”. “Não o proíbam!”, disse Jesus. “Ninguém que faça milagres em meu nome falará mal de mim a seguir. Quem não é contra nós é a favor de nós. Eu lhes digo a verdade: se alguém lhes der um simples copo de água porque vocês são seguidores do Cristo, essa pessoa certamente será recompensada.

Os tropeços (v.42-48):

“Mas, se alguém fizer um destes pequeninos que confiam em mim cair em pecado, seria melhor que lhe amarrassem ao pescoço uma grande pedra de moinho e fosse jogado ao mar. Se sua mão o leva a pecar, corte-a fora. É melhor entrar na vida eterna com apenas uma das mãos que ser lançado no fogo inextinguível do inferno (ou fogo eterno, que durará enquanto tiver o que ser consumido. Seus efeitos serão eternos, ou seja, a destruição será para sempre) com as duas mãos. Lá os vermes nunca morrem e o fogo nunca se apaga (no sentido de que não haverá mudanças no caráter de quem está sendo destruído).

Se seu pé o leva a pecar, corte-o fora. É melhor entrar na vida eterna com apenas um pé que ser lançado no inferno com os dois pés. Lá os vermes nunca morrem e o fogo nunca se apaga. E, se seu olho o leva a pecar, lance-o fora. É melhor entrar no reino de Deus com apenas um dos olhos que ter os dois olhos e ser lançado no inferno. Lá os vermes nunca morrem e o fogo nunca se apaga.”

O sal da terra (v.49-50):

“Pois cada um será provado com fogo. O sal é bom para temperar, mas, se perder o sabor, como torná-lo salgado outra vez? Tenham entre vocês as qualidades do bom sal e vivam em paz uns com os outros.”

Jesus transmitiu aos seus discípulos que em breve ele seria morto, mas, apesar de não compreenderem o que ele estava querendo dizer, pois a morte do Mestre era algo que eles não conseguiam imaginar, eles disputavam entre eles quem seria o maior ao lado de Cristo. Jesus os repreende mostrando a necessidade de serem humildes e serem servos uns dos outros. Nada do que o mundo oferece, deve tirar o nosso foco da salvação, e da obra que o Mestre nos deixou.

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