Os teus lábios são como um fio de escarlata, e tua boca é formosa; as tuas faces, como romã partida, brilham através do véu. – Cântico 4:3

Salomão, inspiradíssimo, continua a descrever sua esposa em Cântico 4, exaltando a beleza da mulher amada, ele demonstra o seu amor por ela, e a esposa anseia por ser aceita pelo seu amado.

Esposo (V.1-15):

Eis que és formosa, meu amor, és muito linda; os teus olhos são como os das pombas entre as tuas tranças; o teu cabelo é como o rebanho de cabras que pastam descendo pelas encostas do monte de Gileade. Os teus dentes são brancos como ovelhas recém-tosquiadas e lavadas. Seu sorriso é perfeito; cada dente tem seu par ideal.  Os teus lábios são como um fio de escarlate, e o teu falar é agradável, a sua boca é linda; a tua fronte é qual um pedaço de romã entre os teus cabelos.

O teu pescoço é belo como a torre de Davi, enfeitada com escudos de mil guerreiros valentes. Os teus dois seios são como dois filhos gêmeos da gazela, que se apascentam (alimentam) entre os lírios. Até que refresque o dia, antes que soprem as brisas do amanhecer, e fujam as sombras da noite, irei ao monte da mirra, e à colina de incenso.

Tu és toda formosa, inteiramente linda meu amor, e em ti não há defeito algum. Vem comigo do Líbano, ó minha esposa; olha desde o cume de Amana, desde o cume de Senir e de Hermom, desde os covis dos leões, desde os montes dos leopardos.  Desça do monte Amana, dos cumes do Senir e do Hermom, onde os leões têm suas tocas e os leopardos vivem nas montanhas. Você conquistou o meu coração, minha amiga, minha esposa. Você o conquistou com um só olhar de relance, com um colar do teu pescoço.

Seu amor é delicioso, minha irmã, esposa minha! Quanto melhor é o teu amor do que o vinho, não dá nem para comparar! E o aroma dos teus unguentos é mais agradável do que o de todas as especiarias! Favos de mel manam dos teus lábios, minha esposa. São doces com néctar! Mel e leite estão debaixo da tua língua, e o cheiro dos teus vestidos, são perfumados como o cheiro dos cedros do Líbano. 

Jardim fechado és tu, minha irmã, esposa minha, você é meu jardim particular, manancial fechado, fonte selada. Os teus renovos são um pomar de romãs, com frutos excelentes e especiarias raras: o cipreste e nardo, nardo e açafrão, o cálamo perfumado e a canela, com toda a sorte de árvores de incenso, a mirra, o aloés e todas especiarias finas. És a fonte dos jardins, poço das águas vivas, que correm dos montes do Líbano!

Esposa (v.16):

Desperta vento norte! Levante-se vento sul! Soprem em meu jardim, para que destilem os seus aromas, que espalhem sua fragrância por toda parte. Ah! entre o meu amado no jardim, e saboreie seus frutos excelentes!

Lendo a descrição que Salomão faz de sua amada, dá para imaginar a sua beleza: és formosa, os teus olhos são como pombas, cabelos negros como o rebanho de cabras, dentes como um rebanho de ovelhas, lábios como fio de escarlata, pescoço como a torre de Davi, seios como duas crias de uma gazela… Não é a toa que o coração de Salomão foi arrebatado. Provavelmente esteja também falando de sua virgindade, ao falar sobre o jardim fechado, talvez como um convite para o casamento, e ela aceita ser sua esposa ao convidá-lo a vir para o seu jardim. Quem dera que todos os casais desfrutassem do amor, um do outro.

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