Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito os habilitava. Atos 2:4

Em Atos 2, cheios do Espírito Santo, os apóstolos falam em línguas; alguns admiram; outros zombam. Pedro explica que o dom divino se manifesta neles por que Jesus ressuscitou, ascendeu ao Céu e cumpre a promessa do Espírito. Há grande número de conversos. Os apóstolos realizam milagres, e Deus faz a igreja crescer.

A descida do Espírito Santo (v. 1-4):

No dia de Pentecostes (Levíticos 23:15) – ou Festa das Semanas, celebrada na colheita da primavera – todos estavam reunidos num só lugar (tanto os apóstolos como os discípulos). De repente, veio do céu um som como o de um poderoso vendaval e encheu a casa onde estavam sentados. Então surgiu algo semelhante a chamas ou línguas de fogo que pousaram sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito os habilitava.

O dom de línguas (v.5-13):

Naquela época, judeus devotos de todas as nações viviam em Jerusalém. Quando ouviram o som das vozes, vieram correndo e ficaram espantados, pois cada um deles ouvia em seu próprio idioma. Muito admirados, exclamavam: “Como isto é possível? Estes homens são todos galileus e, no entanto, cada um de nós os ouve falar em nosso próprio idioma!

Estão aqui partos, medos, elamitas, habitantes da Mesopotâmia, da Judeia, da Capadócia, do Ponto, da província da Ásia, da Frígia, da Panfília, do Egito e de regiões da Líbia próximas a Cirene, visitantes de Roma (tanto judeus como convertidos ao judaísmo), cretenses e árabes, e todos nós ouvimos estas pessoas falarem em nossa própria língua sobre as coisas maravilhosas que Deus fez!”. Admirados e perplexos, perguntavam uns aos outros: “Que significa isto?”.
Outros, porém, zombavam e diziam: “Eles estão bêbados!”.

O discurso de Pedro (v.14-36):

Então Pedro deu um passo à frente com os onze apóstolos e dirigiu-se em alta voz à multidão: “Ouçam com atenção, todos vocês, povo da Judeia e habitantes de Jerusalém! Escutem o que lhes digo! Estas pessoas não estão bêbadas, como alguns de vocês pensam, pois são apenas nove horas da manhã. Pelo contrário! O que vocês estão vendo foi predito há tempos pelo profeta Joel:

‘Nos últimos dias’ (Isaías 44:3; Ezequiel 11:19; Joel 2:28-32; Zacarias 12:10), disse Deus, ‘derramarei meu Espírito sobre todo tipo de pessoa. Seus filhos e suas filhas profetizarão; os jovens terão visões, e os velhos terão sonhos. Naqueles dias, derramarei meu Espírito até mesmo sobre servos e servas, e eles profetizarão. Farei maravilhas em cima, no céu (Joel 2:30), e sinais embaixo, na terra: sangue e fogo, e nuvens de fumaça. O sol se escurecerá (Isaías 13:10; Ezequiel 32:7), e a lua se tornará vermelha como sangue, antes que chegue o grande e glorioso dia do Senhor. Mas todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo’.

“Povo de Israel, escute! Deus aprovou publicamente Jesus, o nazareno, ao realizar milagres, maravilhas e sinais por meio dele (Isaías 50:5), como vocês bem sabem. Ele foi entregue conforme o plano preestabelecido por Deus e seu conhecimento prévio daquilo que aconteceria. Com a ajuda de gentios que desconheciam a lei, vocês o pregaram na cruz e o mataram. Mas Deus o ressuscitou, libertando-o dos horrores da morte, pois ela não pôde mantê-lo sob seu domínio.

A respeito dele disse o rei Davi: ‘Vejo que o Senhor está sempre comigo (Salmo 16:8-11); não serei abalado, pois ele está à minha direita. Não é de admirar que meu coração esteja alegre e que minha língua o louve; meu corpo repousa em esperança. Pois tu não deixarás minha alma entre os mortos, nem permitirás que o teu Santo apodreça no túmulo. Tu me mostraste o caminho da vida, e me encherás com a alegria de tua presença’. “Irmãos, permitam-me dizer com toda convicção que o patriarca Davi não estava se referindo a si mesmo, pois ele morreu e foi sepultado, e seu túmulo ainda está aqui, entre nós. Mas ele era profeta (Salmo 132:11) e sabia que Deus havia prometido sob juramento que um de seus descendentes se sentaria em seu trono.

Davi estava olhando para o futuro e falando da ressurreição do Cristo, que não foi deixado entre os mortos (Salmo 16:10) nem seu corpo apodreceu no túmulo. “Foi esse Jesus que Deus ressuscitou, e todos nós somos testemunhas disso. Ele foi exaltado ao lugar de honra, à direita de Deus. E, conforme havia prometido, o Pai lhe deu o Espírito Santo, que ele derramou sobre nós, como vocês estão vendo e ouvindo hoje. Pois Davi não subiu ao céu e, no entanto, disse: ‘O Senhor disse ao meu Senhor: Sente-se no lugar de honra à minha direita, até que eu humilhe seus inimigos e os ponha debaixo de seus pés (Salmo 68:18; 110:1)’. “Portanto, saibam com certeza todos em Israel que a esse Jesus, que vocês crucificaram, Deus fez Senhor e Cristo!”.

Três mil batizados (v.37-41):

As palavras partiram o coração dos que ouviam, e eles perguntaram a Pedro e aos outros apóstolos: “Irmãos, o que devemos fazer?”. Pedro respondeu: “Vocês devem se arrepender, para o perdão de seus pecados, e cada um deve ser batizado em nome de Jesus Cristo. Então receberão a dádiva do Espírito Santo. Essa promessa é para vocês, para seus filhos e para os que estão longe (Joel 2:28, 32), isto é, para todos que forem chamados pelo Senhor, nosso Deus”. Pedro continuou a pregar, advertindo com insistência a seus ouvintes: “Salvem-se desta geração corrompida!”. Os que acreditaram nas palavras de Pedro foram batizados, e naquele dia houve um acréscimo de cerca de três mil pessoas.

Como viviam os convertidos (v.42-47):

Todos se dedicavam de coração ao ensino dos apóstolos, à comunhão, ao partir do pão e à oração. Havia em todos eles um profundo temor, e os apóstolos realizavam muitos sinais e maravilhas. Os que criam se reuniam num só lugar e compartilhavam tudo que possuíam.
Vendiam propriedades e bens e repartiam o dinheiro com os necessitados (Isaías 58:7), adoravam juntos no templo diariamente, reuniam-se nos lares para comer e partiam o pão com grande alegria e generosidade, sempre louvando a Deus e desfrutando a simpatia de todo o povo. E, a cada dia, o Senhor lhes acrescentava aqueles que iam sendo salvos.

O discurso de Pedro estabelece um padrão: relembra os eventos da vida de Jesus e, com base em passagens do AT, argumenta em favor de sua ressurreição e entronização à destra de Deus. Esses acontecimentos explicaram o fenômeno do qual o público havia ouvido: o Cristo ressurreto e entronizado estava derramando o Espírito Santo. A convicção de que o Jesus crucificado havia ressuscitado e sido entronizado motivou os primeiros cristãos a testemunhar corajosamente. Você está convencido dessas mesmas verdades fundamentais hoje?

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