Durante os dois anos seguintes, Paulo morou em Roma, às próprias custas. A todos que o visitavam ele recebia, proclamando corajosamente o reino de Deus e ensinando a respeito do Senhor Jesus Cristo sem restrição alguma. Atos 28:30-31

Em Atos 28, depois do naufrágio, Paulo é recebido pelos bárbaros na ilha de Malta. É mordido por uma víbora, cura muitas doenças, e depois de três meses, o grupo parte para Roma. O apóstolo declara aos judeus o motivo de sua chegada. Ele prega; alguns creem, outros não. Ele prega na cidade por dois anos.

Paulo na ilha de Malta (v.1-6):

Uma vez a salvo em terra, descobrimos que estávamos na ilha de Malta (ilha rochosa, com 27 km de comprimento e 14 km de largura, a cerca de 100 km ao sul da Sicília). O povo de lá nos tratou com muita bondade. Por ser um dia frio e chuvoso, fizeram uma fogueira na praia para nos receber. Enquanto Paulo juntava um monte de gravetos e os colocava no fogo, uma cobra venenosa que fugia do calor mordeu sua mão. Quando os habitantes da ilha viram a cobra pendurada na mão de Paulo, disseram uns aos outros: “Sem dúvida ele é um assassino! Embora tenha escapado do mar, a justiça não lhe permitiu viver”. Mas Paulo sacudiu a cobra no fogo e não sofreu nenhum mal. O povo esperava que ele inchasse ou caísse morto de repente. No entanto, depois de esperarem muito tempo e verem que nada havia acontecido, mudaram de ideia e começaram a dizer que ele era um deus.

Públio hospeda Paulo (v.7-10):

Perto da praia, havia uma propriedade pertencente a Públio, a principal autoridade da ilha. Por três dias, ele nos hospedou e nos tratou com bondade. Aconteceu que o pai de Públio estava doente, com febre e disenteria. Paulo entrou, orou por ele e, impondo as mãos sobre sua cabeça, o curou. Então os demais enfermos da ilha vieram e foram curados. Como resultado, fomos cobertos de presentes e honras e, chegada a hora de partirmos, o povo nos forneceu todos os suprimentos necessários à viagem.

A continuação da viagem para Roma (v.11-15):

Três meses depois do naufrágio, embarcamos em outro navio, que havia passado o inverno na ilha. Era um navio alexandrino, que tinha na parte da frente a figura dos deuses gêmeos (Castor e Polux, padroeiros dos navegantes). Aportamos em Siracusa, onde ficamos três dias. Dali navegamos até Régio. Um dia depois, um vento sul começou a soprar, de modo que no dia seguinte prosseguimos até Potéoli (porto que servia a Roma, mas ficava a 225 km de distância). Ali encontramos alguns irmãos que nos convidaram a passar uma semana com eles. Depois fomos para Roma. Os irmãos em Roma souberam que estávamos chegando e vieram ao nosso encontro no Fórum da Via Ápia (65 km de Roma). Outros se juntaram a nós nas Três Vendas (48 km de distância de Roma). Ao vê-los, Paulo se animou e agradeceu a Deus.

Paulo em Roma (v.16-22):

Quando chegamos a Roma, Paulo recebeu permissão de ter sua própria moradia, sob a guarda de um soldado. Três dias depois de chegar, Paulo convocou os líderes judeus locais e lhes disse: “Irmãos, embora eu não tenha feito nada contra nosso povo nem contra os costumes de nossos antepassados, fui preso em Jerusalém e entregue ao governo romano. Os romanos me interrogaram e queriam me soltar, pois não encontraram motivo para me condenar à morte.
Mas, quando os líderes judeus protestaram contra a decisão, considerei necessário apelar a César, embora não tivesse acusação alguma contra meu próprio povo.

Por isso pedi a vocês que viessem aqui hoje para que nos conhecêssemos, e também para que eu pudesse explicar que estou preso com estas correntes porque creio na esperança de Israel”.
Eles responderam: “Não recebemos nenhuma carta da Judeia, e ninguém que veio de lá nos informou alguma coisa contra você. Contudo, queremos ouvir o que você pensa, pois o que sabemos a respeito desse movimento é que ele é contestado em toda parte”.

Paulo prega em Roma (v.23-29):

Então marcaram uma data e, nesse dia, muita gente foi à casa de Paulo. Ele explicou e testemunhou sobre o reino de Deus e, desde cedo até a noite, procurou convencê-los acerca de Jesus com base na lei de Moisés e nos livros dos profetas. Alguns foram convencidos pelas coisas que ele disse, mas outros não creram. E, depois de discutirem entre si, foram embora com estas palavras finais de Paulo: “O Espírito Santo estava certo quando disse a nossos antepassados por meio do profeta Isaías (Isaías 6:9-10; Jeremias 5:21; Ezequiel 12:2):

‘Vá e diga a este povo: Quando ouvirem o que digo, não entenderão. Quando virem o que faço, não compreenderão. Pois o coração deste povo está endurecido; ouvem com dificuldade e têm os olhos fechados, de modo que seus olhos não veem, e seus ouvidos não ouvem, e seu coração não entende, e não se voltam para mim, nem permitem que eu os cure’. Portanto, quero que saibam que esta salvação vinda de Deus também foi oferecida aos gentios (Isaías 42:1, 6; 49:6), e eles a aceitarão”. Depois de ele ter dito essas palavras, os judeus partiram, em grande desacordo uns com os outros.

Paulo prisioneiro durante dois anos (v.30-31):

Durante os dois anos seguintes, Paulo morou em Roma, às próprias custas. A todos que o visitavam ele recebia, proclamando corajosamente o reino de Deus e ensinando a respeito do Senhor Jesus Cristo sem restrição alguma.

Paulo, durante a sua prisão domiciliar em Roma, teve a oportunidade de pregar livremente (apesar das correntes que o prendiam a um soldado) tanto a judeus, como aos gentios. Paulo dava prioridade aos judeus, e pregava livremente sobre Jesus Cristo, e a mensagem chegando aos gentios. Como nas vezes anteriores, quando chegou a este ponto da pregação, os judeus se dividiram, e alguns aceitaram a mensagem e outros se retiraram. Ele pregava, com toda a intrepidez, sem impedimento algum, ao Senhor Jesus Cristo.

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