Tam­bém lhes dei os meus sábados como um sinal entre nós, para que soubessem que eu, o Senhor, fiz deles um povo santo. Ezequiel 20:12

Em Ezequiel 20, Deus Se recusa a ser consultado pelos anciãos de Israel. Recapitula a história da rebelião deles no Egito, no deserto e em sua terra. Promete reuni-los por meio do evangelho. Mostra a destruição de Jerusalém com a parábola de uma floresta no Neguebe.

A rebelião de Israel (V.1-26):
No 10o dia do 5o mês (14/8) do 7o ano do exílio do rei Joaquim, alguns líderes de Israel vieram consultar o Senhor, e se sentaram diante de mim. Então me veio esta palavra do Senhor:  Filho do homem, fale com os líderes de Israel e diga-lhes: Assim diz o Soberano, o Senhor: “Vocês vieram consultar-me? Tão certo como eu vivo não lhes direi coisa alguma”.
Filho do homem, apresente acusações contra eles e condene-os. faça-os ver como eram detestáveis os pecados de seus antepassados e diga-lhes: Assim diz o Senhor: “No dia em que escolhi Israel, jurei com mão erguida aos descendentes de Jacó e me revelei a eles no Egito e lhes disse: ‘Eu sou o Senhor, o seu Deus”.  Naquele dia jurei a eles que os tiraria do Egito e os levaria para uma terra que eu havia preparado para eles, terra onde há leite e mel com fartura, a mais linda de todas as terras.  E eu lhes disse: ‘Desfaçam-se das imagens repugnantes em que vocês puseram os seus olhos, e não se contaminem com os ídolos do Egito’. Eu sou o Senhor, o seu Deus”.
“Eles se rebelaram e não quiseram ouvir-me; não se desfizeram das imagens repugnantes pelas quais estavam obcecados, nem abandonaram os ídolos do Egito. Por isso eu disse que derramaria a minha ira sobre eles e lançaria a minha indignação contra eles no Egito. Mas, por amor do meu nome, não o fiz. Não permiti que o meu nome fosse desonrado entre as nações vizinhas diante das quais me revelei quando tirei os israelitas do Egito. Por isso eu os tirei do Egito e os trouxe para o deserto. Eu lhes dei os meus decretos e lhes tornei conhecidas as minhas leis, pois aquele que lhes obedecer por elas viverá. Tam­bém lhes dei os meus sábados como um sinal entre nós, para que soubessem que eu, o Senhor, fiz deles um povo santo”.
“Contudo, eles se rebelaram contra mim e não obedeceram os meus decretos no deserto. A obediência teria lhes dado vida, mas não seguiram os meus estatutos. Profanaram os meus sábados. Por isso eu ia derramar a minha ira e destrui-los no deserto. Mais uma vez, porém, me contive por causa do meu nome, para que não fosse desonrado aos olhos das nações à vista das quais eu os havia tirado do Egito. Com mão erguida, jurei que não os levaria para a terra que lhes dei, onde há leite e mel com fartura, a mais linda de todas as terras, porque rejeitaram as minhas leis e profanaram os meus sábados. Pois os seus corações estavam voltados para os seus ídolos. Olhei, porém, para eles com piedade e não os destruí, não os exterminei no deserto”.
Eu disse aos filhos deles no deserto: “Não sigam os passos e estilo de vida de seus pais, que se contaminaram com seus ídolos. Eu sou o Senhor seu Deus; ajam conforme os meus decretos e tenham o cuidado de obedecer às minhas leis. Santifiquem os meus sábados, para que eles sejam um sinal entre nós. Então vocês saberão que eu sou o Senhor, o seu Deus”.
Mas os filhos se rebelaram contra mim, não guardaram os meus decretos, nem seguiram os meus estatutos. Profanaram os meus sábados. Por isso ameacei derramar minha fúria sobre eles no deserto para satisfazer minha ira. Mas contive o meu julgamento por causa do meu nome, evitando que o meu nome fosse profanado diante das nações que tinham visto o meu poder ao tirá-los do Egito. Jurei a eles no deserto que os espalharia entre as nações e os dispersaria por outras terras, porque não obedeceram às minhas leis, nem os meus decretos e profanaram os meus sábados, e cobiçaram os ídolos de seus pais. Eu os entreguei a decretos e estatutos inúteis, que não conduziriam à vida. Deixei que oferecessem seus primogênitos como sacrifício à seus deuses, para que eu os devastasse e soubessem que somente eu sou o Senhor.
Julgamento e restauração (v.27-44):
Portanto, filho do homem, fale à nação de Israel e diga-lhes: Assim diz o Soberano Senhor: “Nisto os seus antepassados também blasfemaram contra mim ao me abandonarem: quan­do os trouxe para a terra que havia jurado dar-lhes, bastava que vissem um monte alto ou uma árvore frondosa e ali ofereciam os seus sacrifícios, faziam ofertas que provocaram a minha ira, apresentavam seu incenso aromático e derramavam suas ofertas de bebidas. Disse-lhes: ‘Que lugar alto é este para onde vão?’ (Desde então esse tipo de lugar é chamado Bamá (lugar alto)”.
Portanto, diga à Israel: Assim diz o Senhor: “Vocês continuarão a se contaminar, como seus antepassados? Vão se prostituir adorando imagens repugnantes? Quando apresentam suas ofertas, e sacrificam seus filhos no fogo, continuam a contaminar-se com seus ídolos. E eu deixarei que me consultem? Tão certo como vivo, palavra do Soberano Senhor, não permitirei que vocês me consultem”.
Vocês dizem: ‘Queremos ser como as nações ao redor, que servem à ídolos de madeira e pedra’. “Mas o que vocês têm em mente jamais acontecerá. Tão certo como vivo, diz o Senhor: governarei com mão de ferro, com grande ira e poder tremendo. E com grande ira estenderei minha mão forte e meu braço poderoso e os trarei de volta das terras onde foram espalhados. Trarei vocês para o deserto das nações e ali, face a face, os julgarei. Assim como julguei os seus antepassados no deserto do Egito, também os julgarei. Palavra do Soberano Senhor. Contarei vocês enquanto estiverem passando debaixo da minha vara, e os trarei para o vínculo da aliança. Eu os separarei daqueles que se revoltam e se rebelam contra mim. Embora eu os tire da terra onde habitam, eles não entrarão na terra de Israel. Então vocês saberão que eu sou o Senhor.
Quanto a vocês, ó Israel, assim diz o Senhor: “Continuem a adorar seus ídolos! Mas depois disso certamente me ouvirão e não profanarão mais o meu santo nome com sua idolatria. Pois no meu santo monte, no alto monte de Israel, diz o Senhor, toda a nação de Israel me prestará culto, e eu os aceitarei. Ali exigirei as suas ofertas, suas melhores dádivas, e tudo que me consagrarem. Eu as aceitarei como incenso aromático, quando os trouxer do exílio, como uma oferta agradável. Por meio de vocês, demonstrarei minha santidade diante de todas as nações. Ali vocês se lembrarão de todas as formas pelas quais se contaminaram e terão nojo de si mes­mos por todo mal que fizeram. E saberão que eu sou o ­Senhor, quando eu tratar com vocês por amor do meu nome e não de acordo com os seus caminhos maus e suas práticas perversas, ó nação de Israel. Palavra do Soberano Senhor”.
Julgamento contra Neguebe (v.45-49):
Então o Senhor me disse: “Fi­lho do homem, vire o rosto para o sul; pregue contra o sul e profetize contra a floresta do Neguebe. Diga: ‘Ouça a palavra do Senhor. Estou a ponto de incendiá-la, consumindo assim todas as suas árvores, tanto as verdes quanto as secas. A chama abrasadora não será apagada, e todos os rostos, do Neguebe até o norte, serão ressecados por ela. Todos verão que eu, o Senhor, a acendi; não será apagada'”. Então eu disse: ‘Ah, Soberano Senhor! Estão dizendo a meu respeito: “Acaso ele não está apenas contando parábolas?”

O sábado foi dado como um sinal de que: “Eu Sou o Senhor que os santifica” (Ezequiel 20:12). É um sinal “para que saibais que Eu sou o Senhor, vosso Deus”. O sábado, por ocorrer regularmente a cada sétimo dia, devia conservar Deus sempre na lembrança do homem. Se o sábado tivesse sido guardado como Deus planejou, os pensamentos e as afeições do ser humano teriam sido levados ao Criador como objeto de reverência e adoração, e nunca teria havido um idólatra ou ateu. O sábado é o dia do Senhor.

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