Se você vigiar seus pés para não profanar o sábado e para não fazer o que bem quiserem no meu santo dia; e chamar delícia o sábado e honroso o santo dia do Senhor, e se honrá-lo, deixando de seguir seu próprio caminho, de fazer o que bem quiser e de falar futilidades, então você terá no Senhor a sua alegria, e eu farei com que você cavalgue nos altos da terra e se banqueteie com a herança de Jacó, seu pai. É o Senhor quem fala. Isaías 58:13-14

Em Isaías 58, o profeta é enviado para reprovar a hipocrisia. Ele indica a diferença entre o falso e o verdadeiro jejum. Declara as promessas aos piedosos e aos observadores do sábado.

O falso jejum (v.1-5):

Grite alto, não se contenha! Levante a voz como trombeta. Anuncie ao meu povo a rebelião dele, e à comunidade de Jacó, os seus pecados.  Pois dia a dia me procuram; parecem desejosos de conhecer os meus caminhos, como se fossem uma nação que faz o que é direito e que não abandonou os mandamentos do seu Deus (professavam seguir ao Senhor, mas o coração estava longe dEle). Pedem-me decisões justas e parecem desejosos de que Deus se aproxime deles. “Por que jejuamos”, dizem, “e não o viste? Por que nos humilhamos, e não reparaste? ”Contudo, no dia do seu jejum vocês fazem o que é do agrado de vocês, e exploram os seus empregados (oprimiam os seus trabalhadores).
Seu jejum termina em discussão e brigas. Vocês não podem jejuar como fazem hoje e esperar que a sua voz seja ouvida no alto. Será esse o jejum que escolhi, que apenas um dia o homem se humilhe, incline a cabeça como o junco e se deite sobre pano de saco e cinzas? É isso que vocês chamam jejum, um dia aceitável ao Senhor?  (será que a abstinência de alimento é mais importante para Deus do que se afastar da iniquidade?).
O verdadeiro jejum (v.6-14):
Este é o jejum que desejo: soltem as correntes da injustiça, desatem as cordas do jugo, ponham em liberdade os oprimidos e rompam o jugo. Repartam sua comida com o faminto, abriguem o pobre desamparado, vistam o nu que você encontrar, não recusem ajuda ao próximo ( esse é o verdadeiro propósito da religião).
Então a sua luz irromperá como a alvorada, e prontamente surgirá a sua cura (espiritual); a sua retidão irá adiante de você, e a glória do Senhor estará na sua retaguarda. Você clamará ao Senhor, e ele responderá; você gritará por socorro, e ele dirá: Aqui estou (Deus responde as orações do justo).
Se você eliminar do seu meio o jugo opressor, o dedo acusador e a falsidade do falar; se você beneficiar os famintos e satisfizer o anseio dos aflitos, então a sua luz despontará nas trevas, e a sua noite será como o meio-dia. O Senhor o guiará constantemente; satisfará os seus desejos numa terra ressequida pelo sol e fortalecerá os seus ossos. Você será como um jardim bem regado, como uma fonte cujas águas nunca faltam. Seu povo reconstruirá as velhas ruínas e restaurará os alicerces antigos; você será chamado reparador de muros, restaurador de ruas e moradias. (Deus está falando de reavivamento, reforma e restauração).
Guardem o sábado como dia santo; não usem esse dia para cuidar de seus interesses. Desfrutem o sábado e falem dele com prazer, como dia santo do Senhor. Honrem o sábado com tudo que fizerem nesse dia; não sigam seus desejos, nem falem coisas inúteis. Então será sua alegria; grande honra lhes darei e os sustentarei com a propriedade que prometi a Jacó. Eu, o Senhor, falei! (A restauração deve começar com um reavivamento da verdadeira observância do sábado, cuja essência é a comunhão com Deus e o Seu poder criador).

A essência do pecado é o egoísmo: fazer o que se deseja, sem levar em consideração a Deus ou ao próximo. O sábado dá ao ser humano a oportunidade de subjugar o egoísmo e cultivar o hábito de fazer o que agrada a Deus. Quando compreendido e observado corretamente, ele se torna a chave para a felicidade do ser humano .

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