Mas o Senhor está comigo, como um forte guerreiro! Portanto, aqueles que me perseguem tropeçarão e não prevalecerão. O seu fracasso lhes trará completa vergonha; a sua desonra jamais será esquecida. – Jeremias 20:11

Em Jeremias 20, o profeta fala sobre Pasur, que o feriu e o aprisionou, e muda o nome dele para “Homem que vive em terror” e profetisa sobre uma terrível condenação que viria sobre Judá e sobre Pasur e sua família. Ele também se queixa do desprezo em que vive, e fala da traição amaldiçoando o dia em que nasceu.

Jeremias e Pasur (v.1-6):
Quando o sacerdote Pasur, filho de Imer, o oficial encarregado do templo do Senhor, ouviu Jeremias profetizando essas coisas, mandou prende-lo no tronco junto a porta superior de Benjamim e o açoitar.
Na manhã seguinte, quando Pasur mandou soltá-lo do tronco, Jeremias lhe disse: O Senhor já não o chama Pasur, e sim Magor-Missabibe (Homem que vive em terror). Pois assim diz o Senhor: “Farei de você um terror para si mesmo e para todos os seus amigos: você verá com os próprios olhos quando eles forem mortos à espada dos seus inimigos. Entregarei todo o povo de Judá nas mãos do rei da Babilônia, que os levará cativos e os matará à espada. Eles levarão toda a riqueza desta cidade: toda a sua produção, todos os seus bens de valor e todos os tesouros dos reis de Judá. Levarão tudo como despojo para a Babilônia. E você, Pasur, e todos os que vivem em sua casa irão para o exílio. Lá vocês morrerão e serão sepultados, você e todos os seus amigos a quem você tem profetizado mentiras”.
A queixa de Jeremias (v.7-10):
Senhor, tu me constrangestes, e fui enganado; foste mais forte do que eu e prevaleceste (não era a vontade de Jeremias ser um profeta tão hostilizado por todos). Sou ridicularizado o dia inteiro; todos zombam de mim. Sempre que falo é para gritar que há violência e destruição. Por isso a palavra do Senhor trouxe-me insulto e censura o tempo todo. Mas, se eu digo: “Não o mencionarei nem mais falarei em seu nome”, sua palavra, como um fogo, arde em meu coração, um fogo dentro de mim. Estou exausto tentando contê-la; já não aguento mais! Ouço muitos comentando: “Terror por todos os lados! Vamos denunciá-lo!” Todos os que se dizem meus amigos estão esperando que eu tropece, e dizem: “Talvez ele se deixe enganar; então nós o venceremos e nos vingaremos dele”.
A certeza do profeta (v.11-13):
Mas o Senhor está comigo, como um forte guerreiro! Portanto, aqueles que me perseguem tropeçarão e não prevalecerão. O seu fracasso lhes trará completa vergonha; a sua desonra jamais será esquecida. Ó Senhor dos Exércitos, tu que examinas o justo e vês o coração e a mente, deixa-me ver a tua vingança sobre eles, pois a ti expus a minha causa.  Cantem ao Senhor! Louvem o Senhor! Porque ele salva o pobre das mãos dos ímpios (a tristeza deu lugar a esperança).
Amaldiçoando o nascimento (v.14-18):
Maldito seja o dia em que eu nasci (vide Jó 3:1-6)! Jamais seja abençoado o dia em que minha mãe me deu à luz! Maldito seja o homem que levou a notícia a meu pai, e o deixou muito alegre, quando disse: “Você é pai de um menino!” Seja ele como as cidades que o Senhor destruiu sem piedade. Que ele ouça gritos de socorro pela manhã, e de guerra ao meio-dia, pois não me matou quando nasci. Quem dera eu tivesse morrido no ventre de minha mãe e seu corpo tivesse sido minha sepultura! Por que eu nasci? Toda minha vida é apenas sofrimento, tristeza e vergonha.

Nunca foi fácil a vida de um profeta. Não tinha amigos, e os que se diziam amigos queriam que ele morresse logo para acabar com suas profecias. A pressão que Jeremias sofria, o levava ao desespero. Chegou a amaldiçoar o dia em que nasceu, a semelhança de Jó. Os seus recados e mensagens eram mal vistos por todos. Era perseguido e humilhado. Todos zombavam dele e de suas mensagens. Apesar de tudo, Jeremias confiava no Senhor.

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