“Eu lhes digo a verdade: jamais vi fé como esta em Israel!” Lucas 7:9

Em Lucas 7, Jesus cura um servo de um centurião romano, ressuscita o filho da viúva de Naim, recebe os mensageiros enviados por João, dá testemunho de João, e, participa de um jantar na casa de Simão, onde uma pecador unge seus pés.

Jesus cura o servo de um centurião (v.1-10):

Quando Jesus terminou de dizer tudo isso à multidão, entrou em Cafarnaum. Naquela ocasião, um escravo muito estimado de um oficial romano estava enfermo, à beira da morte. Quando o oficial ouviu falar de Jesus, mandou alguns líderes judeus lhe pedirem que fosse curar seu escravo. Os líderes suplicaram insistentemente que Jesus socorresse o homem, dizendo: “Ele merece sua ajuda, pois ama o povo judeu e até nos construiu uma sinagoga”.

Jesus foi com eles, mas, antes de chegarem à casa, o oficial mandou alguns amigos para dizer: “Senhor, não se incomode em vir à minha casa, pois não sou digno de tamanha honra. Não sou digno sequer de ir ao seu encontro. Basta uma ordem sua, e meu servo será curado (Salmo 33:9; 107:20). Sei disso porque estou sob a autoridade de meus superiores e tenho autoridade sobre meus soldados. Só preciso dizer ‘Vão’, e eles vão, ou ‘Venham’, e eles vêm. E, se digo a meus escravos: ‘Façam isto’, eles fazem”. Quando Jesus ouviu isso, ficou admirado. Voltou-se para a multidão que o seguia e disse: “Eu lhes digo a verdade: jamais vi fé como esta em Israel!”. E, quando os amigos do oficial voltaram para a casa dele, encontraram o escravo em perfeita saúde.

Jesus ressuscita o filho da viúva de Naim (v.11-17):

Logo depois, Jesus foi com seus discípulos à cidade de Naim, e uma grande multidão o seguiu. Quando ele se aproximou da porta da cidade, estava saindo o enterro do único filho de uma viúva, e uma grande multidão da cidade a acompanhava. Quando o Senhor a viu, sentiu profunda compaixão por ela (Lamentações 3:32). “Não chore!”, disse ele. Então foi até o caixão, tocou nele (Jesus viola as leis cerimoniais judaicas – Números 19:16) e os carregadores pararam.

E disse: “Jovem, eu lhe digo: levante-se!”. O jovem que estava morto se levantou e começou a conversar, e Jesus o devolveu à sua mãe (I Reis 17:23; 2 Reis 4:36). Grande temor tomou conta da multidão, que louvava a Deus, dizendo: “Um profeta poderoso se levantou entre nós!” e “Hoje Deus visitou seu povo!”. Essa notícia sobre Jesus se espalhou por toda a Judeia e seus arredores.

João envia mensageiros a Jesus (v.18-23):

Os discípulos de João Batista lhe contaram tudo que Jesus estava fazendo. Então João (estava preso aguardando sua sentença) chamou dois de seus discípulos e os enviou ao Senhor, para lhe perguntar: “O senhor é aquele que haveria de vir, ou devemos esperar algum outro?”. Os dois discípulos de João encontraram Jesus e lhe disseram as palavras de João (Miqueias 5:2; Zacarias 9:9; Malaquias 3:1-3).

Naquela mesma hora, Jesus curou muitas pessoas de suas doenças, enfermidades e espíritos impuros, e restaurou a visão a muitos cegos (Isaías 35:5). Em seguida, disse aos discípulos de João: “Voltem a João e contem a ele o que vocês viram e ouviram: os cegos veem, os aleijados andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados e as boas-novas são anunciadas aos pobres (Isaias 61:1-3)”. E disse ainda: “Felizes são aqueles que não se sentem ofendidos por minha causa”.

Depois que os discípulos de João saíram, Jesus começou a falar a respeito dele para as multidões: “Que tipo de homem vocês foram ver no deserto? Um caniço que qualquer brisa agita? Afinal, o que esperavam ver? Um homem vestido com roupas caras? Não, quem veste roupas caras e vive no luxo mora em palácios. Acaso procuravam um profeta? Sim, ele é mais que profeta. João é o homem ao qual as Escrituras se referem quando dizem (Isaias 40:3; Malaquias 3:1): ‘Envio meu mensageiro adiante de ti, e ele preparará teu caminho à tua frente’. Eu lhes digo: de todos que nasceram de mulher, nenhum é maior que João Batista. E, no entanto, até o menor no reino de Deus é maior que ele (João não teve o privilégio de testemunhar os milagres de Jesus)”. Todos que ouviram as palavras de Jesus, até mesmo os cobradores de impostos, concordaram que o caminho de Deus era justo, pois tinham sido batizados por João.

Os fariseus e mestres da lei, no entanto, rejeitaram o propósito de Deus para eles, pois recusaram o batismo de João. “Assim, a que posso comparar o povo desta geração?”, perguntou Jesus. Como posso descrevê-los? São como crianças que brincam na praça. Queixam-se a seus amigos: ‘Tocamos flauta, e vocês não dançaram, entoamos lamentos, e vocês não choraram’. Quando João Batista apareceu, não costumava comer e beber em público, e vocês disseram: ‘Está possuído por demônio’.
O Filho do Homem, por sua vez, come e bebe, e vocês dizem: ‘É comilão e beberrão, amigo de cobradores de impostos e pecadores’. Mas a sabedoria é comprovada pela vida daqueles que a seguem.”

Uma pecadora unge os pés de Jesus (v.36-50):

Um dos fariseus convidou Jesus para jantar. Jesus foi à casa dele e tomou lugar à mesa. Quando uma mulher daquela cidade, uma pecadora, soube que ele estava jantando ali, trouxe um frasco de alabastro contendo um perfume caro. Em seguida, ajoelhou-se aos pés de Jesus, chorando. As lágrimas caíram sobre os pés dele, e ela os secou com seu cabelo; e continuou a beijá-los e a derramar perfume sobre eles. Quando o fariseu que havia convidado Jesus viu isso, disse consigo: “Se este homem fosse profeta, saberia que tipo de mulher está tocando nele. Ela é uma pecadora!”.

Jesus disse ao fariseu: “Simão, tenho algo a lhe dizer”. “Diga, mestre”, respondeu Simão. Então Jesus lhe contou a seguinte história: “Um homem emprestou dinheiro a duas pessoas: quinhentas moedas de prata a uma delas e cinquenta à outra. Como nenhum dos devedores conseguiu lhe pagar, ele generosamente perdoou ambos e cancelou suas dívidas. Qual deles o amou mais depois disso?”. Simão respondeu: “Suponho que aquele de quem ele perdoou a dívida maior”. “Você está certo”, disse Jesus.

Então voltou-se para a mulher e disse a Simão: “Veja esta mulher ajoelhada aqui. Quando entrei em sua casa, você não ofereceu água para eu lavar os pés (Gênesis 18:4; 19:2; 43:24; Juízes 19:21), mas ela os lavou com suas lágrimas e os secou com seus cabelos. Você não me cumprimentou com um beijo, mas, desde a hora em que entrei, ela não parou de beijar meus pés. Você não me ofereceu óleo para ungir minha cabeça (2 Samuel 12:20; Salmo 23:5; Eclesiaste 9:8; Daniel 10:3), mas ela ungiu meus pés com um perfume raro.

“Eu lhe digo: os pecados dela, que são muitos, foram perdoados e, por isso, ela demonstrou muito amor por mim. Mas a pessoa a quem pouco foi perdoado demonstra pouco amor”. Então Jesus disse à mulher: “Seus pecados estão perdoados”. Os homens que estavam à mesa diziam entre si: “Quem é esse que anda por aí perdoando pecados?”. E Jesus disse à mulher: “Sua fé a salvou. Vá em paz”.

Um centurião romano demonstra humildade e mais fé do que os líderes judaicos. Jesus nota a aflição de uma viúva, e ressuscita seu filho. Responde a duvida de João com curas, milagres, confirmando as profecias a respeito do Messias. Vai a casa de um publicano, Simão, que fora curado de lepra por Jesus, e aceita ser ungido por uma pecadora, Maria Madalena. Jesus procurava se envolver com todas as pessoas, ao invés de ficar atrás de um púlpito só pregando a Palavra. Ele também se preocupa com os nossos problemas, e quer nos ajudar. Precisamos de uma fé semelhante ao centurião romano.

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