Disse o Senhor: Certamente, vi a aflição do meu povo, que está no Egito, e ouvi o seu clamor. Conheço-lhe o sofrimento. Êxodo 3:7

Moisés e o arbusto em chamas (V.1-10):

Em Êxodo 3, Moisés pastoreava o rebanho de seu sogro Jetro, e levou o rebanho a Horebe (ou Sinai), o monte de Deus,  e lá notou um arbusto que estava em chamas, mas não se consumia.  Quando se aproximou um pouco mais, Deus o chamou e disse “Não se aproxime. Tire as sandálias dos pés, pois o lugar em que você está é terra santa”. A mente oriental considera um sacrilégio entrar calçado num lugar sagrado. Essa mesma ordem, mais tarde, foi repetida a Josué (Josué 5:15).
Deus se apresenta como “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”, e Moisés, teve medo, tirou as sandálias e cobriu o rosto. Disse Deus: “Vi o sofrimento de meu povo no Egito, e escutei seu clamor. Vou livrá-los das mãos dos egíp­cios e levá-los para uma terra boa e vasta, onde há leite e mel com fartura. Vá, pois, agora; eu o envio ao faraó para tirar o meu povo do Egito.
Os argumentos de Moisés e as orientações de Deus (v.11-22):
  • Moisés: “Quem sou eu para apresentar-me ao faraó e tirar os israelitas do Egito?”
  • Deus: “Eu estarei com você. Esta é a prova de que eu o envio: quan­do saírem do Egito, pres­tarão culto a Mim neste monte”.
  • Moisés: “Quando eu disser aos israelitas: O Deus dos seus pais me enviou, e eles perguntarem: “Qual é o nome dele?” Que direi?”
  • Deus: “Eu Sou o que Sou. Eu Sou me enviou a vocês”. Diga aos israelitas: YHWH (Javé) o Deus dos de Abraão, Isaque e Jacó, enviou-me a vocês. Esse é o meu nome para sempre pelo qual serei lembrado de geração em geração.
Aos 40 anos Moisés se ofereceu de forma voluntária como um libertador,  mas agora, aos 80 anos, Deus o chama para ser o libertador. Deus lhe dá a segurança de que ele não vai sozinho. O nome de Deus, YHWH, significa “Eu sou o que sou”. Esse é o nome sagrado de Deus para diferenciar dos deuses falsos, e para que tenhamos a convicção que Ele é tudo o que necessitarmos.
Moisés deveria procurar as autoridades de Israel, e dizer que  Deus iria tirá-los do cativeiro e levá-los para uma terra onde há leite e mel com fartura. Em seguida, deveriam ir ao rei do Egito e dizer-lhe: “O Senhor, o Deus dos hebreus, veio ao nosso encontro. Agora, deixe-nos fazer uma viagem de três dias ao deserto, para oferecermos sacrifícios ao Senhor, nosso Deus”.
Você terá dificuldade com o faraó, mas “estenderei a minha mão e ferirei os egípcios com todas as maravilhas que realizarei no meio deles”. Então ele os deixará sair. E farei que os egípcios tenham boa vontade para com o povo, de modo que vocês não sairão de mãos vazias. Deverão pedir às suas vizinhas, objetos de prata e de ouro, roupas, que vocês porão em seus filhos. Assim vocês despojarão os egíp­cios.
Moisés não se achou em condições de participar do projeto, esquecendo-se de que fora treinado na melhor escola da época, o Egito, onde recebera orientações que o capacitavam a ser o próximo faraó. Pode ser que os 40 anos apascentando ovelhas tenham feito com que ele esquecesse muitas coisas, mas era isso que Deus precisava; de um verdadeiro líder, com muita experiência, e também com a paciência de quem lida com um rebanho de ovelhas. Moisés faz uma pergunta inteligente: “quem ele diria  que o enviara?” EU SOU O QUE SOU, o próprio YHWH (Iavé ou Jeová). Não precisava de mais nada. Esse era o cartão de visitas que Moisés apresentaria, tanto ao povo cativo, como ao próprio faraó. Primeiro deveria procurar aos anciãos de Israel, depois o povo, e por fim, ao Faraó. Deus dá toda a sequência das atividades de Moisés. Preparou até a estratégia da negociação com o Faraó, já informando de antemão que o coração dele endureceria nas negociações. Mas também falou dos procedimentos para a hora da saída, dando a certeza da vitória nas negociações. Deus está no comando de tudo, e a menos que nos esqueçamos do que Deus fez em nossa vida no passado, nada temos a temer quanto ao futuro.

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