Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo. Provérbios 25:11

O Provérbio 25 é uma compilação de outros escritos ou coleções, e alguns, talvez, de fontes orais – de pessoas que aprenderam com Salomão esses dizeres. Dentre os que ajudaram nesta tarefa poderiam estar o profeta Isaías, o escrivão Sebna e o cronista Joá (2 Reis 18:18 e 2 Crônicas 26:22).

  • Provérbios de Salomão, os quais foram compilados pelos escribas de Ezequias, rei de Judá (v.1);
  • A glória de Deus está nas coisas encobertas; mas a honra dos reis, está em descobri-las. Deus ocultou muitas coisas da mente humana, finita e obscurecida pelo pecado. É honra para o governante convencer o povo de que todos os casos foram resolvidos com igualdade (v.2);
  • Ninguém consegue compreender a altura do céu e a profundidade da terra; assim o coração dos reis é insondável (v.3);
  • Tira da prata as escórias, e sairá vaso para o fundidor; tira o ímpio da presença do rei, e o seu trono se firmará na justiça (v.4-5);
  • Não te glories na presença do rei, nem te ponhas no lugar dos grandes; porque melhor é que te digam: Sobe aqui; do que seres humilhado e convidado a ocupar outro lugar (v.6-7);
  • Não se apresse em ir ao tribunal, porque viu alguma coisa, para que depois, fiques sem ação, quando teu próximo te puser em apuro. Analise cuidadosamente antes, para evitar derrotas (v.8);
  • Quando discutir com o próximo, não revele os segredos de outra pessoa. Do contrário você ganhará má fama e nunca mais se livrará dela(v.9-10);
  • Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo. Como pendentes de ouro e gargantilhas de ouro fino, assim é o sábio repreensor para o ouvido atento. A palavra falada do jeito apropriado na hora certa é a essência da diplomacia. O ouvido obediente aceita o conselho sábio (v.11-12);
  • Como o frio da neve no tempo da sega, assim é o mensageiro fiel para com os que o enviam; porque refresca a alma dos seus senhores. A neve, ou o gelo, era utilizada, pelos ricos, para refrescar uma bebida nos dias de muito calor. Como nuvens e ventos que não trazem chuva, assim é o homem que se gaba falsamente de dádivas, que prometem presentes e não cumprem, frustrando as pessoas(v.13-14);
  • Pela longanimidade se persuade o príncipe, o juiz, e a língua branda amolece até os ossos. Com calma e persistência paciente, apresentando os fatos diante da oposição, é mais fácil de um advogado convencer o juiz a favor de sua causa (v.15);
  • Achaste mel? come só o que te basta; para que porventura não te fartes dele, e o venhas a vomitar. O excesso, mesmo de uma coisa saudável, transforma o bem em mal. Não ponhas muito os pés na casa do teu próximo; para que se não enfade de ti, e passe a te odiar. É fácil cansar o outro ao ser um visitante demasiado constante (v.16-17);
  • Martelo, espada e flecha aguda é o homem que profere falso testemunho contra o seu próximo. Os três tipos de armas representam os efeitos da falsa testemunha sobre o amigo difamado (v.18);
  • Como dente quebrado, e pé desconjuntado (quebrado ou deslocado), é a confiança no desleal, no tempo da angústia. Não se pode depender de um amigo infiel em momentos de estresse (v.19);
  • O que canta canções para o coração aflito é como aquele que despe a roupa num dia de frio, ou como o vinagre sobre salitre. Cantar canções alegres para alguém cujo coração está aflito é tão insensato quanto tirar a própria roupa e tão imprevidente e irritante quanto colocar sal em um ferida (v.20);
  • Se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe pão para comer; e se tiver sede, dá-lhe água para beber; porque assim lhe amontoarás brasas sobre a cabeça; e o Senhor to retribuirá. Sua bondade o deixará sem ação, e o Senhor te recompensará (v.21-22);
  • O vento norte afugenta a chuva, e a face irada, a língua fingida. Assim como o vento do norte anunciaria as chuvas, o rosto irado pode levar o outro a começar a falar, causando uma tormenta (v.23);
  • Melhor é morar só num canto de telhado, mesmo sujeito ao vento e as chuvas, do que com a mulher briguenta, resmungona, numa casa ampla (v.24);
  • Como água fresca para a alma cansada, tais são as boas novas vindas da terra distante. As boas-novas do Céu trazidas pelos profetas revigoram a pessoa na caminhada por este mundo sombrio (v.25);
  • Como fonte turvada, e manancial poluído, assim é o justo que cede diante do ímpio. É uma desgraça que um cristão rebaixe seus padrões, por covardia moral (v.26);
  • Comer mel demais não é bom; assim, a busca da própria glória não é glória. Não é inteligente se empanturrar-se de mel, assim como colecionar elogios não fará bem para você (v.27);
  • Como a cidade derrubada, sem muro, assim é o homem que não pode conter o seu espírito. A cidade sem muros ficava aberta ao ataque adversário por todos os lados. Do mesmo modo, a pessoa que não consegue controlar as próprias emoções certamente sucumbe às tentações (v.28).

Neste conselhos de Salomão, ele enfatiza o fato de a pessoa buscar os excessos, tanto no comer, como no falar, ou nas visitas aos amigos, e também buscar a honra. Os excessos não são saudáveis. Precisamos do domínio próprio para evitar extrapolar os limites. Mesmo aquilo que é saudável, como dormir, comer, praticar exercícios, o excesso prejudica o nosso corpo.

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