Povo teimoso! Vocês tem o coração incircuncidado e são surdos para a verdade. Resistirão para sempre ao Espírito Santo? Foi o que seus antepassados fizeram, e vocês também o fazem ! Atos 8:51

Em Atos 7, Estevão responde à acusação de blasfêmia. Mostra que Abraão adorou a Deus e que os patriarcas foram escolhidos antes de Moisés e da construção do templo. Revela que Moisés testemunhou de Cristo e que as cerimônias foram ordenadas para um período. Repreende os acusadores pela morte de Cristo e é apedrejado.

A defesa de Estevão – Falando de Abraão (v.1-8):

Então o sumo sacerdote lhe perguntou: “Estas acusações são verdadeiras?”. Estêvão respondeu: “Irmãos e pais, ouçam-me! O Deus glorioso apareceu a nosso antepassado Abraão (Salmo 29:3) na Mesopotâmia, antes de ele se estabelecer em Harã (Gênesis 11:31-32), e lhe disse: ‘Deixe sua terra natal e seus parentes e vá para a terra que eu lhe mostrarei Gênesis 12:1)’. Então Abraão saiu da terra dos caldeus (Gênesis 11:31; 15:7) e morou em Harã até seu pai morrer (Gênesis 11:32). Depois, Deus o trouxe aqui para a terra onde vocês agora vivem. “Mas Deus não lhe deu herança alguma aqui, nem mesmo o espaço de um pé.

Contudo, prometeu que a terra toda pertenceria a Abraão (Gênesis 12:7; 13:15; 15:3, 18; 17:8; 26:3) e a seus descendentes, embora ele ainda não tivesse filhos. Disse-lhe também que seus descendentes viveriam numa terra estrangeira (Gênesis 15:13-14, 16; 47:11-12), onde seriam escravizados e oprimidos por quatrocentos anos (Êxodo 1:8-14; 12:40-41). Mas Deus disse: ‘Eu castigarei a nação que os escravizar (Êxodo 14:13-31; Gênesis 15:14)), e, por fim, sairão dali e me adorarão neste lugar (Êxodo 3:12)’. “Naquele tempo, Deus deu a Abraão a aliança da circuncisão (Gênesis 17:9-14). Assim, quando seu filho Isaque nasceu, ele o circuncidou no oitavo dia. Essa prática continuou quando nasceu Jacó, filho de Isaque (Gênesis 25:21-26), e quando nasceram os doze filhos de Jacó, os patriarcas de Israel (Gênesis 29:31-30:24; 35:18, 22-26).

Falando de José no Egito (v.9-19):

“Os patriarcas tiveram inveja de seu irmão José (Gênesis 37:4, 11, 28) e o venderam como escravo para o Egito (Gênesis 37:28). Mas Deus estava com ele (Gênesis 39:2, 21, 23) e o livrou de todas as suas dificuldades. Deus concedeu a José favor e sabedoria (Gênesis 31:38-44) diante do faraó, rei do Egito, e o faraó o nomeou governador de todo o Egito e administrador de seu palácio. “Então veio uma fome sobre o Egito e sobre Canaã (Gênesis 41:54; 42:5). Houve grande aflição, e nossos antepassados ficaram sem comida. Jacó soube que ainda havia cereal no Egito (Gênesis 42:1-2) e enviou seus filhos, nossos antepassados, para comprarem alimento.

Da segunda vez que foram, José revelou sua identidade a seus irmãos (Gênesis 45:4, 16) e os apresentou ao faraó. Depois, José mandou trazer para o Egito seu pai, Jacó (Gênesis 45:9,27), e todos os seus parentes, 75 pessoas ao todo Deuteronômio 10:22) Assim, Jacó foi para o Egito (Gênesis 46:1-7) e ali morreu, bem como nossos antepassados (Gênesis 49:33). Seus corpos foram levados para Siquém (Josué 24:32) e sepultados no túmulo que Abraão havia comprado (Gênesis 23:16) por um certo preço dos filhos de Hamor. “Aproximando-se o tempo em que Deus cumpriria sua promessa a Abraão (Gênesis 15:13), nosso povo se multiplicou (Êxodo 1:7-9) grandemente no Egito. Então subiu ao trono do Egito um novo rei (Êxodo1:8), que nada sabia a respeito de José. Esse rei explorou e oprimiu nosso povo, forçando os pais a abandonarem seus filhos recém-nascidos (Êxodo 1:22), para que morressem.

Falando de Moisés e seus primeiros 40 anos (v.20-29):

“Por essa época, nasceu Moisés (Êxodo 2:1-2), um bebê especial aos olhos de Deus. Seus pais cuidaram dele em casa por três meses. Quando tiveram de abandoná-lo (Êxodo 2:3-4), a filha do faraó o adotou e o criou como seu próprio filho (Êxodo 2:5-10). Moisés foi educado em toda a sabedoria dos egípcios e era poderoso em palavras e ações.

“Certo dia, estando Moisés com quarenta anos (Êxodo 2:11-12), resolveu visitar seus parentes, o povo de Israel. Ao ver um egípcio maltratando um israelita, defendeu o israelita e o vingou, matando o egípcio. Imaginou que seus irmãos israelitas entenderiam que ele havia sido enviado por Deus para resgatá-los, mas isso não aconteceu. “No dia seguinte, visitou-os novamente e viu dois homens de Israel brigando. Tentando agir como pacificador, disse a eles: ‘Homens, vocês são irmãos; por que brigam um com o outro?’. “Mas o homem que era culpado empurrou Moisés e disse: ‘Quem o nomeou líder e juiz sobre nós? (Êxodo 2:14) Vai me matar como matou o egípcio ontem?’. Quando Moisés ouviu isso, fugiu e foi viver como estrangeiro na terra de Midiã. Ali nasceram seus dois filhos (Êxodo 2:15, 21-22; 4:20; 18:3).

Falando do chamado de Deus a Moisés (v.30-36):

“Quarenta anos depois (Êxodo 3:1-10), no deserto próximo ao monte Sinai, um anjo apareceu a Moisés nas chamas de um arbusto que queimava. Quando Moisés viu aquilo, ficou admirado. Aproximando-se para observar melhor, ouviu a voz do Senhor, que disse: ‘Eu sou o Deus de seus antepassados (Êxodo 3:6, 15), o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó’. Moisés tremia de medo e não tinha coragem de olhar. “Então o Senhor lhe disse: ‘Tire as sandálias, pois você está pisando em terra santa Êxodo 3:5, 7-8, 10). Por certo, tenho visto a aflição do meu povo no Egito (Êxodo2:24-25). Tenho ouvido seus gemidos e desci para libertá-los. Agora vá, pois eu o envio de volta ao Egito (Salmo 105:26)’. “Era esse o mesmo Moisés que o povo havia rejeitado quando lhe perguntaram: ‘Quem o nomeou líder e juiz?’. Por meio do anjo que apareceu a Moisés no arbusto em chamas (Êxodo 14:21), Deus o enviou para ser líder e libertador. Assim, com muitas maravilhas e sinais (Salmo 105:27), ele os conduziu (Êxodo 12:41; 33:1) para fora do Egito, pelo mar Vermelho (Êxodo 14:21) e pelo deserto, durante 40 anos (Êxodo 16:1, 35).

Moisés liberta o povo (v.37-43):

“Esse mesmo Moisés disse ao povo de Israel: ‘Deus levantará para vocês um profeta como eu do meio de seu povo (Deuteronômio 18:15, 18-19)’. Moisés estava com nossos antepassados Êxodo 19:3), a congregação do povo de Deus no deserto, quando o anjo lhe falou no monte Sinai (Deuteronômio 5:27), e ali Moisés recebeu palavras que dão vida, para transmiti-las a nós. “Mas nossos antepassados se recusaram a obedecer (Salmo 95:8-11) a Moisés. Eles o rejeitaram e, em seu íntimo, voltaram ao Egito. Disseram a Arão: ‘Faça para nós deuses que nos guiem (Êxodo 32:1, 23), pois não sabemos o que aconteceu com esse Moisés que nos tirou do Egito’. Logo, fizeram um ídolo em forma de bezerro (Deuteronômio 9:16), ofereceram-lhe sacrifícios e começaram a celebrar o objeto que haviam criado (Êxodo 32:6, 18-19).

Então Deus se afastou deles e os entregou para servirem as estrelas do céu como deuses, conforme está escrito no livro dos profetas (2 Reis 21:3): ‘Foi a mim que vocês trouxeram sacrifícios e ofertas durante aqueles quarenta anos no deserto, povo de Israel? Não, vocês carregaram o santuário de Moloque, a estrela de seu deus Renfã, e as imagens que fizeram para adorá-los (Amós 5:25-27). Por isso eu os enviarei para o exílio, para além da Babilônia (Jeremias 25:9-12)’. “Nossos antepassados levaram com eles pelo deserto o tabernáculo, construído de acordo com o modelo que Deus havia mostrado a Moisés.

Josué, Davi e Salomão (v.44-49):

Anos depois, quando Josué comandou nossos antepassados nas batalhas contra as nações que Deus expulsou desta terra (Isaías 3:14; 18:1; 23:9;), foi levado com eles para seu novo território e ali ficou até o tempo do rei Davi (Salmo 44:2; 2 Samuel 6:2-15)). “Davi encontrou favor diante de Deus (2 Samuel 7:1-13) e pediu para construir um templo permanente para o Deus de Jacó (1 Crônicas 22:7), mas foi Salomão quem o construiu (1 Reis 6:1-38; 8:20-21). O Altíssimo, porém, não habita em templos feitos por mãos humanas (1 Reis 8:27). Como diz o profeta: ‘O céu é meu trono, e a terra é o suporte de meus pés (Isaías 66:1-2). Acaso construiriam para mim um templo assim tão bom?’, diz o Senhor. ‘Que lugar de descanso me poderiam fazer? Acaso não foram minhas mãos que criaram o céu e a terra?’ (Salmo 102:25).

Estevão repreende os líderes (v.51-53):

“Povo teimoso (Êxodo 32:9)! Vocês têm o coração incircuncidado e são surdos  (Levítico 26:41)para a verdade. Resistirão para sempre ao Espírito Santo? Foi o que seus antepassados fizeram, e vocês também o fazem! Que profeta seus antepassados não perseguiram (2 Crônicas 36:16)? Mataram até aqueles que predisseram a vinda do Justo, a quem vocês traíram e assassinaram! Vocês desobedeceram à lei de Deus, embora a tenham recebido das mãos de anjos (êxodo 20:1)”.

A morte de Estevão (v.54-60):

Os líderes judeus se enfureceram com a acusação de Estêvão e rangiam os dentes contra ele. Mas Estêvão, cheio do Espírito Santo, olhou firmemente para o céu e viu a glória de Deus Êxodo 24:17), e viu Jesus em pé no lugar de honra, à direita de Deus. “Olhem!”, disse ele. “Vejo os céus abertos e o Filho do Homem (Daniel 7:13) em pé no lugar de honra, à direita de Deus!” Eles taparam os ouvidos e, aos gritos, lançaram-se contra ele. Arrastaram-no para fora da cidade e começaram a apedrejá-lo. Seus acusadores tiraram os mantos e os deixaram aos pés de um jovem chamado Saulo. Enquanto atiravam as pedras, Estêvão orou: “Senhor Jesus, recebe o meu espírito (Salmo 31:5)”. Então caiu de joelhos e gritou: “Senhor, não os culpes por este pecado!”. E, com isso, adormeceu.

Na defesa de Estevão, ele faz uma retrospectiva da história do povo judeu, desde os tempos de Abraão, passando por Moisés, Josué, Davi e Salomão. Falou sobre a dura cerviz dos seus antepassados, que continuava nesses dias. Isso revoltou os líderes judaicos, que o arrastaram para fora do Sinédrio, e ali o apedrejaram. A Palavra de Deus diz que, nos tempos finais, a história se repetirá. Pessoas que se dizem filhos de Deus, vão perseguir e matar aos que são fieis a Deus. Tempos difíceis teremos pela frente, mas Deus estará conosco.

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