“Ó Senhor Soberano, jamais me contaminei! Desde a infância, nunca comi animais mortos por doença ou despedaçados por outros animais. Nunca comi carne alguma proibida pela lei”. Ezequiel 5:14

Em Ezequiel 4, utilizando um símbolo de cerco, o profeta mostra o tempo decorrido desde a divisão do reino, com Jeroboão, até o cativeiro. Pela ração limitada, de pão e água, que Ezequiel deve consumir durante o período do cerco simbólico, é mostrada a severidade da fome.

Símbolos do cerco iminente (v.1-8):
“Agora, filho do homem, apanhe um tijolo, coloque-o à sua frente e nele desenhe a cidade de Jerusalém. Retrate a cidade cercada; construa uma rampa, monte acampamentos e ponha aríetes (troncos de ataque) ao redor dela. Depois apanhe uma panela de ferro, coloque-a como muro de ferro entre você e a cidade e ponha-se de frente para ela. Ela estará cercada, e você a sitiará. Isto será um sinal para a nação de Israel”.
“Depois, deite-se sobre o lado esquerdo e ponha sobre si os pecados de Israel. Determinei que carregará os pecados de Israel por 390 dias, um dia para cada ano de pecado do povo (período da divisão de Israel e Judá até a volta do cativeiro). Então deite-se sobre o lado direito, e carregue a iniquidade da nação de Judá, durante 40 dias (período afastado de Deus), um dia para cada ano. Olhe para o cerco de Jerusalém e, com braço desnudo, profetize contra ela. Vou amarrá-lo com cordas para que você não possa virar-se enquanto não cumprir os dias do cerco”.
Alimentação durante o período (9-17):
“Pegue trigo e cevada, feijão e lentilha, painço (milho miúdo) e espelta (trigo vermelho); ponha-os numa vasilha e com eles faça pão para você. Você deverá comê-lo durante os 390 dias em que estiver deitado sobre o seu lado. Racione as suas porções,  240 gramas (20 siclos) do pão por dia e coma-o em horas determinadas. Depois, meça pouco mais de 1/2 litro de água  por dia (666 ml – 1/6 de 1 him (4 litros)). Coma o pão como você comeria um bolo de cevada; asse-o à vista do povo, usando fezes humanas como combustíve”l. O ­Senhor disse: “Desse modo os israelitas comerão sua comida imunda (não teriam condições de observar os preceitos mosaicos relativos à dieta alimentar) entre as nações para onde eu os expulsar”.
Então eu disse: “Ah! Soberano Senhor! Eu jamais me contaminei. Desde a minha infância até agora, jamais comi animais mortos ou que fossem despedaçados por animais selvagens. Jamais entrou em minha boca qualquer carne impura”.
Disse o Senhor: “deixarei que você asse o seu pão em esterco de vaca.” E acrescentou: “Filho do homem, cortarei o suprimento de comida em Jerusalém. O povo comerá com ansiedade comida racionada e beberá com desespero água racionada, po­is haverá falta de comida e de água. Diante disso olharão uns para os outros aterrorizados, e definharão debaixo de seu castigo.

Não era fácil a vida de profeta, e com Ezequiel não foi diferente. Precisou participar de uma encenação para que ficasse gravado na mente do povo, o que aconteceria com eles e os motivos que levaram-nos a essa situação. Desobediência aos ensinamentos do Senhor levaram-nos para o cativeiro, onde os alimentos seriam racionados, e as dificuldades de seguirem as tradições judaicas seriam enormes. Mas precisavam aprender que, apesar de tudo, Deus estava cuidando deles, na esperança de que alguns se voltassem para o Senhor.

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