Até quando não apartarás de mim a tua vista? Até quando não me darás tempo de engolir a minha saliva? Jó 7:19
Em Jó 7, o lamento de Jó continua: “A vida na terra é uma luta. Nossos dias são como o de um trabalhador braçal, como o escravo que suspira pela sombra, como o trabalhador a espera de seu salário”. Ele ansiava pela morte, uma vez que não conseguia enxergar outra saída. “A carne de meu corpo esta coberta de vermes e crostas de feridas; se racha e vaza pus” (v.1-5).
Seus dias findam sem esperança. Reconhece que a vida é um sopro, “nunca mais tornarei a ver a felicidade”. Os que vão para a sepultura jamais tornarão a subir, tornar a casa. Por isso ele não reprimia a boca, e falava na angústia de seu espírito, na amargura de sua alma. Antes a morte do que essa tortura. “Estou farto da minha vida; não quero viver para sempre (v.6-16).
Seu sofrimento é tanto que ele chega a dizer à Deus: “Que é o homem, para que tanto o estimes, e ponhas nele o teu cuidado, e cada manhã o visites, e cada momento o ponhas à prova?… por que incomodas o homem com Tuas provas e aflições? Olha para outro lado. Dá-me tempo de engolir a minha saliva. Se pequei, que mal te fiz?… Por que fizeste de mim um alvo para ti?” (v.17-20).
Jó implora a Deus que lhe perdoe o seu pecado e remova a sua culpa. Em breve ele morrerá, e quando Deus o procurar, já não existirá (v.22).
Quando Jó removeu suas inibições, queixou-se com amargura, fez perguntas com irreverência, acusou com rispidez e rogou com impaciência. Precisamos, mesmo na amargura e na dor, estar cientes de que Deus nos ama, e não seremos tentados acima daquilo que podemos suportar (I Corintios 10:13).