Ó Deus, tu me esgotaste e destruíste toda a minha família! Reduziste-me a pele e osso, como para provar que pequei; minha magreza depõe contra mim. Jó 16:7-8
Em Jó 16, em seu 5o. discurso, Jó está desesperado ao responder para Elifaz. Aumentou a sua amargura em função dos comentários de seus “amigos”. Ele os chama de “consoladores molestos”, cheios de “palavras ao vento”. Qualquer pessoa pode falar quando está desfrutando as coisas boas da vida. Se as posições se invertessem, Jó poderia condenar e fazer reflexões morais com eles. Ele diz: “se eu estivesse no lugar de vocês, poderia fortalecer-vos com as minhas palavras, e a compaixão dos meus lábios abrandaria a vossa dor” (v.1-5).
Então ele muda o seu foco, e fala diretamente à Deus:
- as minhas forças estão exaustas;
- destruíste a minha família toda;
- me tornaste encarquilhado (enrugado, encolhido;
- a minha magreza já se levanta contra mim;
- na sua ira me despedaçaste;
- contra mim range os dentes;
- todos se ajuntam contra mim;
- me entregaste ao ímpio;
- me quebraste;
- me pegou pelo pescoço e me despedaçou;
- suas flechas atravessam os rins;
- o meu rosto está vermelho de tanto chorar (v.6-16).
Jó defende não só a integridade de suas ações, mas também a sinceridade de suas orações. Embora esteja convencido de que Deus o está afligindo, ainda conserva pelo menos certo grau de confiança nEle:
- Minha testemunha está nos céus;
- Meu advogado está nas alturas;
- Meus amigos me desprezam, mas derramo minhas lágrimas diante de Deus;
- Preciso de um mediador entre mim e Deus (v.18-21).
Ele deve ter comparecido muitas vezes como testemunha de defesa para um amigo. Por que Deus não poderia fazer o mesmo em seu favor quando ele precisa tanto de ajuda?. Jó sente a proximidade da morte (v.22). Apesar de não entender porque Deus estaria fazendo, ou permitindo, aquilo com ele, ainda mantinha firme a sua confiança no SENHOR.