O semeador saiu a semear. Lucas 8:5

Guardo no coração lembranças felizes do tempo em que servi à causa de Deus como evangelista nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Com gratidão ao Senhor, sempre me recordo das igrejas em que se multiplicaram os pequenos e médios núcleos estabelecidos e dos irmãos que, batizados na época, permanecem como colunas vivas no templo de Deus.

Na primeira experiência, em Jacobina, Bahia, o Senhor me mostrou vividamente a diversidade de solos nos quais a semente do evangelho é lançada. Aprendi que algumas sementes surpreendem pela rapidez com que frutificam. Esse foi o caso da irmã que me procurou no dia do primeiro batismo no auditório móvel, instalado naquela cidade. Sorridente, disse-me: “Também vou ser batizada!” Olhei-a, vi que carregava uma sacola, mas não me lembrei de tê-la visto em alguma reunião anterior. Como que prevendo minha pergunta seguinte, informou: “Vim hoje aqui pela primeira vez.”

Acrescentou ter recebido uma carta de uma cunhada recém-batizada numa cidade no extremo sul do estado, na qual era orientada a aceitar a Cristo, procurar uma igreja e ser batizada. À minha sugestão de que aguardasse o próximo batismo, ela respondeu: “Vim e somente voltarei batizada.” Assim foi. Cerca de 20 anos depois, descansou firme em Jesus.

Infelizmente, há solos ressequidos e pedregosos, nos quais a semente não prospera. Em outros, a germinação segue o curso normal de desenvolvimento até à maturidade, assim como há aqueles em que o tempo da frutificação surpreende. Em 2006, voltei àquela cidade para realizar o batismo da irmã Lúcia. Seu esposo, saudoso irmão Almir, havia inaugurado o batistério do templo ainda inacabado. Os filhos seguiram o mesmo caminho. Contudo, abraçada às suas crenças anteriores, somente 24 anos depois ela se rendeu completamente ao Salvador. Atualmente, a cidade conta com um grande colégio e 11 igrejas, distribuídas em três distritos pastorais.

O tempo passa, o mundo se transforma, e o solo do coração humano continua diversificado. Os métodos mudaram, e você tem várias opções para semear e colher, de acordo com seus dons espirituais e com as exigências do mundo atual. Escolha seu lugar, lance a semente e não se impressione com as reações dos solos. Sucesso ou revés não são atribuídos ao semeador. A perda é do solo pedregoso. A glória pertence Àquele que “fez crescer” a semente (1Co 3:6, NVI). Viva essa emoção.

Zinaldo A. Santos, MM 2020, CPB

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