Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus. Apocalipse 14:12

A incoerência na postura ideológica e a frouxidão moral que caracteriza muitos líderes de organizações seculares em todo o mundo têm produzido resultados negativos. Esse comportamento lamentável gera uma desconfiança generalizada nas instituições e respectivas lideranças, afetando, de certo modo, o mundo religioso.

Nesse ambiente, a crise de credibilidade fez surgir o que se convencionou chamar de pós-denominacionalismo. Esse termo identifica um tempo em que muitas pessoas já não parecem propensas a manifestar lealdade irrestrita a uma organização religiosa. Infelizmente, há em algumas denominações pessoas que não mantêm o discurso entre teoria e prática afinado, em meio à espantosa discrepância de suas crenças oficiais em relação ao que diz a Palavra de Deus. No entanto, o Senhor espera contar com um povo que faça diferença: um remanescente que se mantenha fiel a Cristo e aos mandamentos divinos.

Do ponto de vista bíblico, esse remanescente é constituído de herdeiros espirituais do conhecimento das verdades divinas e da responsabilidade missionária ligada a esse conhecimento. Ou seja, ele deve “[proclamar] as virtudes Daquele que” o chamou (1Pe 2:9). Sempre foi assim, desde os dias do Antigo Testamento, onde o remanescente é identificado como uma minoria que fez diferença, sobrevivendo a apostasias e calamidades (2Cr 30:6; Is 10:20-22; Ez 6:8, 9; 14:22; Jr 42:2), permanecendo leal a Deus. Esse é Seu povo escolhido, não por virtude ou méritos próprios, mas sob o fundamento da graça.

A diferença deve ser vista por todos, embora não devamos ter a ilusão de que o mundo a receba sem forte oposição. Anima-nos, porém, a certeza de que o povo de Deus não sucumbirá aos ataques do inimigo. Embora maltratado e combatido, seu triunfo é certo. A grande pergunta que deve ser feita é: Venceremos, você e eu, com ele? A vitória da igreja é resultado da vitória de seus membros. Ela é composta de indivíduos. Não nascemos nem morremos coletivamente. A escolha e a entrega pessoal determinam a questão.

A multidão vitoriosa descrita pelo apóstolo João (Ap 7:9-15) é composta de pessoas que renunciaram a si mesmas, banharam-se na graça de Cristo e venceram o orgulho e os motivos obscuros. Sua vestidura branca revela pureza de caráter que, na Terra, fez diferença. Pela graça divina, devemos fazer parte dessa multidão.

Zinaldo A. Santos, De Coração a Coração, MM 2020, CPB

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