Não sabeis que sois santuário de Deus? 1 Coríntios 3:76

Com a purificação do templo, Jesus anunciou Sua missão como Messias. Aquele templo, construído para morada divina, destinava-se a ser uma lição obje­tiva para Israel e o mundo. Desde os séculos eternos era o desígnio de Deus que todos os seres criados, desde os luminosos e santos serafins até ao ser humano, fossem um templo para morada do Criador. Devido ao pecado, a humanidade cessou de ser o templo de Deus. Obscurecido e contaminado pelo pecado, o cora­ção do ser humano não mais revelava a glória da Divindade. Pela encarnação do Filho de Deus, porém, cumpriu-se o desígnio do Céu. Deus habita na humani­dade e, mediante a salvadora graça, o coração humano se torna novamente um templo. O Senhor tinha em vista que o templo de Jerusalém fosse um testemu­nho contínuo do elevado destino franqueado a todas as pessoas. Os Seus con­temporâneos, no entanto, não haviam compreendido a significação do edifício de que tanto se orgulhavam. Não se entregavam como templos santos para o divino Espírito. O pátio do templo de Jerusalém, cheio do tumulto de um movi­mento profano, representava com exatidão o templo da alma, contaminado por paixões sensuais e pensamentos não santificados. Purificando o templo dos com­pradores e vendedores mundanos, Jesus anunciou Sua missão de limpar a pes­soa da contaminação do pecado – dos desejos terrenos, das ambições egoístas, dos maus hábitos que a corrompem. “De repente virá ao Seu templo o Senhor, a quem vós buscais, o Anjo da Aliança, a quem vós desejais; eis que vem, diz o Senhor dos Exércitos. Mas quem suportará o dia da Sua vinda? E quem poderá subsistir quando Ele aparecer? Porque Ele é como o fogo do ourives e como a potassa dos lavandeiros. Assentar-Se-á como derretedor e purificador de prata; purificará os filhos de Levi e os afinará como ouro e como prata” (Ml 3:1-3). […]

Ninguém pode, por si mesmo, expulsar a turba má que tomou posse do coração. Somente Cristo pode purificar o templo da alma. Não forçará, porém, a entrada. Não vem ao templo do coração como ao de outrora; mas diz: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a Minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa” (Ap 3:20). Ele virá, não somente por um dia; pois diz: “Habitarei e andarei entre eles; […] e eles serão o Meu povo” (2Co 6:16). “Pisará as nossas iniquidades e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar” (Mq 7:19). Sua pre­sença purificará e santificará a alma, de maneira que ela seja um santo templo para o Senhor, e um “santuário dedicado ao Senhor” (Ef 2:21, 22) (O Desejado de Todas as Nações, p. 161, 162).

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