Uivai, pastores, e clamai; revolvei-vos na cinza, vós, donos dos rebanhos, porque já se cumpriram os vossos dias de matardes e dispersardes. Jeremias 25:34

O líder religioso que sacrificara a verdade a fim de alcançar o favor das pessoas percebe, agora, o caráter e a influência de seus ensinos. É evidente que os olhos oniscientes o estiveram acompanhando enquanto estava ao púlpito, enquanto andava pelas ruas, enquanto se confundia com os seres humanos nas várias cenas da vida. Toda emoção da alma, toda linha escrita, cada palavra pronunciada, todo ato que levava as pessoas a descansar em um refúgio de falsidade esteve a espalhar sementes; e agora, nas infelizes e perdidas almas em redor dele, contempla a colheita. […]

Pastores e povo veem que não mantiveram a devida relação para com Deus. Veem que se rebelaram contra o Autor de toda lei reta e justa. A rejeição dos preceitos divinos deu origem a milhares de fontes para males, discórdias, ódio, iniquidade, até que a Terra se tornou um vasto campo de contenda, um poço de corrupção. Esse é o quadro que agora se apresenta aos que rejeitaram a verdade e preferiram acalentar o erro. Nenhuma linguagem pode exprimir o anelo que o desobediente e o desleal experimenta por aquilo que para sempre perdeu: a vida eterna. Pessoas que o mundo adorou pelos talentos e eloquência veem agora essas coisas sob verdadeira luz. Percebem o que perderam pela transgressão e caem aos pés daqueles de cuja fidelidade zombaram, com menosprezo, confessando que Deus os amou.

O povo vê que foi iludido. Acusam-se por um ter levado o outro à destruição. No entanto, todos se unem em acumular suas mais amargas condenações contra os líderes religiosos. Pastores infiéis profetizaram coisas agradáveis, levaram os ouvintes a anular a lei de Deus e a perseguir os que a queriam santificar. Agora, em seu desespero, esses ensinadores confessam perante o mundo sua obra de engano. As multidões estão cheias de furor. “Estamos perdidos!”, exclamam, “e vocês são a causa de nossa ruína”. Voltam-se, então, contra os falsos pastores. Aqueles mesmos que mais os admiravam pronunciarão as mais terríveis maldições sobre eles. As mesmas mãos que os coroavam de honra vão se levantar para destruí-los. As espadas que deveriam matar o povo de Deus são agora empregadas para exterminar os seus inimigos. Por toda parte há contenda e morticínio.                        – EGWhite, O Grande Conflito, p. 654-656 – A Caminho do Lar

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