As Escrituras declaram; “Meu templo será chamado casa de oração, mas vocês o transformaram num esconderijo de ladrões!” Lucas 19:46

Em Lucas 19, Jesus visita Zaqueu, um cobrador de impostos, conta a parábola dos dez servos e as moedas de prata, monta em um jumentinho para entrar em Jerusalém, chora pela cidade, e, mais uma vez (aparentemente a primeira está relatada em João 2:13-25), purifica o templo expulsando os vendilhões e continua a ensinar no templo, enquanto os líderes judeus planejam mata-lo.

Jesus e Zaqueu (v.1.-10):

Jesus entrou em Jericó (Josué 6:26; 1 Reis 16:34) e atravessava a cidade. Havia ali um homem rico chamado Zaqueu, chefe dos cobradores de impostos. Tentava ver Jesus, mas era baixo demais e não conseguia olhar por cima da multidão. Por isso, correu adiante e subiu numa figueira-brava, no caminho por onde Jesus passaria. Quando Jesus chegou ali, olhou para cima e disse: “Zaqueu, desça depressa! Hoje devo hospedar-me em sua casa”. Sem demora, Zaqueu desceu e, com alegria, recebeu Jesus em sua casa (Esta foi a resposta de Jesus a pergunta feita em Lucas 18:26 – “Sendo assim, quem pode ser salvo?”).

Ao ver isso, o povo começou a se queixar: “Ele foi se hospedar na casa de um pecador!”. Enquanto isso, Zaqueu se levantou e disse: “Senhor, darei metade das minhas riquezas aos pobres (Salmo 41:1). E, se explorei alguém na cobrança de impostos, devolverei quatro vezes mais (Êxodo 22:1; Levitico 6:5; Números 5:7; 1 Samuel 12:3; 2 Samuel 12:6)!”. Jesus respondeu: “Hoje chegou a salvação a esta casa, pois este homem também é filho de Abraão. Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar os perdidos”.

A parábola das 10 minas (v.11-27):

A multidão estava atenta ao que Jesus dizia. Então, ao se aproximar de Jerusalém, contou-lhes uma parábola, pois o povo achava que o reino de Deus começaria de imediato. Disse ele: “Um nobre foi chamado a um país distante para ser coroado rei e depois voltar. Antes de partir, reuniu dez de seus servos e deu a cada um deles dez moedas de prata, dizendo: ‘Invistam esse dinheiro enquanto eu estiver fora’. Seu povo, porém, o odiava, e enviou uma delegação atrás dele para dizer: ‘Não queremos que ele seja nosso rei’.

“Depois de ser coroado, ele voltou e chamou os servos aos quais tinha confiado o dinheiro, pois queria saber quanto haviam lucrado.
O primeiro servo informou: ‘Senhor, investi seu dinheiro, e ele rendeu dez vezes a quantia recebida. “‘Muito bem!’, disse o rei. ‘Você é um bom servo. Foi fiel no pouco que lhe confiei e, como recompensa, governará dez cidades.’ “O servo seguinte informou: ‘Senhor, investi seu dinheiro, e ele rendeu cinco vezes a quantia recebida’. “‘Muito bem!’, disse o rei. ‘Você governará cinco cidades.’

“O terceiro servo, porém, trouxe de volta apenas a quantia recebida e disse: ‘Senhor, escondi seu dinheiro para mantê-lo seguro. Tive medo, pois o senhor é um homem severo. Toma o que não lhe pertence e colhe o que não plantou’. “‘Servo mau!’, (2 Samuel 1:16) exclamou o senhor. ‘Suas próprias palavras o condenam. Se você sabia que sou homem severo, que tomo o que não me pertence e colho o que não plantei, por que não depositou meu dinheiro? Pelo menos eu teria recebido os juros.’

“Então, voltando-se para os outros que estavam ali perto, o rei ordenou: ‘Tomem o dinheiro deste servo e deem ao que tem dez moedas. “‘Mas senhor!’, disseram eles. ‘Ele já tem dez!’ “Então o rei respondeu: ‘Sim, ao que tem, mais lhe será dado; mas do que nada tem, até o que tem lhe será tomado. E, quanto a esses meus inimigos que não queriam que eu fosse seu rei, tragam-nos aqui e executem-nos na minha presença’”.

A entrada triunfal em Jerusalém (v.28-40):

Depois de contar essa história, Jesus prosseguiu rumo a Jerusalém.
Quando chegou a Betfagé e Betânia, próximo ao monte das Oliveiras, enviou dois de seus discípulos. “Vão àquele povoado adiante”, disse ele. “Assim que entrarem, verão amarrado ali um jumentinho no qual ninguém jamais montou. Desamarrem-no e tragam-no para cá. Se alguém perguntar: ‘Por que estão soltando o jumentinho?’, respondam apenas: ‘O Senhor precisa dele’.” Eles foram e encontraram o jumentinho, exatamente como Jesus tinha dito. E, enquanto o desamarravam, seus donos perguntaram: “Por que estão soltando o jumentinho?”. Os discípulos responderam: “O Senhor precisa dele”.

Então trouxeram o jumentinho e lançaram seus mantos sobre o animal, para que Jesus montasse nele. À medida que Jesus ia passando, as multidões espalhavam seus mantos (2 Reis 9:13) ao longo do caminho diante dele. Quando ele chegou próximo à descida do monte das Oliveiras, seus seguidores começaram a gritar e a cantar enquanto o acompanhavam, louvando a Deus por todos os milagres maravilhosos que tinham visto. “Bendito é o Rei que vem em nome do Senhor (Salmo 118:26)! Paz no céu e glória nas maiores alturas!”. Alguns dos fariseus que estavam entre a multidão disseram: “Mestre, repreenda seus seguidores por dizerem estas coisas!”. Ele, porém, respondeu: “Se eles se calarem, as próprias pedras clamarão!”.

Jesus chora ao avistar Jerusalém (v.41-44):

Quando Jesus se aproximou de Jerusalém e viu a cidade, começou a chorar (Isaías 53:3). “Como eu gostaria que hoje você compreendesse o caminho para a paz (Salmo 95:7-8)!”, disse ele. “Agora, porém, isso está oculto a seus olhos (a maioria se negava a enxergar que Jesus era o Messias). Chegará o tempo em que seus inimigos construirão rampas para atacar seus muros e a rodearão e apertarão o cerco por todos os lados (Isaías 29:3-4; Jeremias 6:3, 6). Esmagarão você e seus filhos (1 Reis 9:7-8; Miqueias 3:12) e não deixarão pedra sobre pedra, pois você não reconheceu que Deus a visitou (Daniel 9:24).”

A purificação do templo (v.45-46):

Então Jesus entrou no templo (Malaquias 3:1) e começou a expulsar os que ali vendiam, dizendo: “As Escrituras declaram: ‘Meu templo será casa de oração (Isaías 56:7)’, mas vocês o transformaram num esconderijo de ladrões (Jeremias 7:11)!”.

O Mestre ensina no templo (v.47-48):

Jesus ensinava todos os dias no templo, mas os principais sacerdotes, os mestres da lei e outros líderes do povo planejavam matá-lo.
Contudo, não conseguiam pensar num modo de fazê-lo, pois o povo ouvia atentamente tudo que ele dizia.

Na parábola das 10 minas, que equivale a parábola dos talentos, o patrão entregou à cada um dos seus servos a quem confiara a administração de suas propriedades, 10 moedas de prata (ou 1 mina), o equivalente a 100 dias de salário de um trabalhador, para testar suas habilidades, simbolizando a pregação da Palavra de Deus. Dois deles aplicaram o que receberam e levaram o conhecimento da Palavra à muitas pessoas, enquanto o terceiro enterrou os talentos recebidos. Quando Cristo voltar, nós também teremos que prestar constas sobre o que fizemos com os talentos que nos foram confiados.

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