Estava ansioso para comer a refeição da Páscoa com vocês antes do meu sofrimento. Pois eu lhes digo agora que não voltarei a comê-la até que ela se cumpra no reino de Deus. Lucas 22:15-16

Em Lucas 22, na véspera da Páscoa, os líderes judeus planejam como tirar a vida de Jesus, Judas concorda em traí-Lo, os discípulos preparam a Páscoa, esta que seria a última de Cristo com eles. Juntos participam da Ceia do Senhor, jesus lhes diz do o maior seja como o menor, avisa Pedro que iria negá-Lo, então vão para o Getsêmani, onde Jesus é preso, e os guardas zombam dele na prisão, e então Ele é levado perante o Sinédrio

Plano para tirar a vida de Jesus (v.1-2):

A Festa dos Pães sem Fermento, também chamada de Páscoa, se aproximava. Os principais sacerdotes e mestres da lei tramavam uma forma de matar Jesus, mas tinham medo da reação do povo.

O pacto da traição (v.3-6):

Então Satanás entrou em Judas Iscariotes, um dos Doze, e ele foi aos principais sacerdotes e aos capitães da guarda do templo para combinar a melhor maneira de lhes entregar Jesus. Eles ficaram muito satisfeitos e lhe prometeram dinheiro (Zacarias 11:12). Judas concordou e começou a procurar uma oportunidade de trair Jesus (Salmo 41:9), para que o prendessem quando as multidões não estivessem por perto.

Os discípulos preparam a Páscoa (v.7-13):

Chegou o dia da Festa dos Pães sem Fermento, quando o cordeiro pascal era sacrificado (O cordeiro pascal foi sacrificado na noite do livramento de Israel do Egito. Seu sangue colocado nos umbrais das portas, livrou as casas dos israelitas da última praga (Êxodo 12:12-13). Jesus mandou Pedro e João na frente e disse: “Vão e preparem a refeição da Páscoa, para que a comamos juntos”. “Onde o senhor quer que a preparemos?”, perguntaram. Ele respondeu: “Logo que vocês entrarem em Jerusalém, um homem carregando uma vasilha de água virá ao seu encontro. Sigam-no. Na casa onde ele entrar, digam ao dono: ‘O Mestre pergunta: Onde fica o aposento no qual comerei a refeição da Páscoa com meus discípulos?’. Ele os levará a uma sala grande no andar superior, que já estará arrumada. Preparem ali a refeição”. Eles foram e encontraram tudo como Jesus tinha dito, e ali prepararam a refeição da Páscoa.

A última Páscoa (v.14-18):

Quando chegou a hora, Jesus e seus apóstolos tomaram lugar à mesa.
Jesus disse: “Estava ansioso para comer a refeição da Páscoa com vocês antes do meu sofrimento. Pois eu lhes digo agora que não voltarei a comê-la até que ela se cumpra no reino de Deus”. Então tomou um cálice de vinho e agradeceu a Deus. Depois, disse: “Tomem isto e partilhem entre vocês. Pois não beberei vinho outra vez até que venha o reino de Deus”.

A ceia do Senhor (v.19-23):

Tomou o pão e agradeceu a Deus. Depois, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: “Este é o meu corpo, entregue por vocês (morreu por nós). Façam isto em memória de mim (assim como se lembravam do livramento do Egito, deveriam lembrar-se também do livramento que Ele efetuou por nós)”. Depois da ceia, Jesus tomou o cálice de vinho e disse: “Este é o cálice da nova aliança, confirmada com o meu sangue, que é derramado como sacrifício por vocês. “Mas aqui, partilhando da mesa conosco, está o homem que vai me trair. Pois foi determinado que o Filho do Homem deve morrer. Mas que aflição espera aquele que o trair!” Então, começaram a indagar entre si quem seria, dentre eles, o que estava para fazer isto.

Seja o maior como o menor (v.24-30):

Depois, começaram a discutir entre si qual deles era o mais importante. Jesus lhes disse: “Neste mundo, os reis e os grandes homens exercem poder sobre o povo e, no entanto, são chamados de seus benfeitores. Entre vocês, porém, será diferente. Que o maior entre vocês ocupe a posição inferior, e o líder seja o servo. Quem é mais importante, o que está à mesa ou o que serve? Não é aquele que está à mesa? Mas não aqui! Pois eu estou entre vocês como quem serve (Jesus foi o grande exemplo de servidão).

“Vocês permaneceram comigo durante meu tempo de provação. E, assim como meu Pai me concedeu um reino, eu agora lhes concedo o direito de
comer e beber à minha mesa, em meu reino. Vocês se sentarão em tronos e julgarão as doze tribos de Israel”.

Pedro é avisado (v.31-34):

Então o Senhor disse: “Simão, Simão, Satanás pediu para peneirar cada um de vocês como trigo (Amós 9:9). Contudo, supliquei em oração por você, Simão, para que sua fé não vacile. Portanto, quando tiver se arrependido e voltado para mim, fortaleça seus irmãos”. Pedro disse: “Senhor, estou pronto a ir para a prisão, e até a morrer ao seu lado”. Jesus, porém, respondeu: “Pedro, vou lhe dizer uma coisa: hoje, antes que o galo cante, você negará três vezes que me conhece”.

As duas espadas (v.35-38):

Em seguida, Jesus lhes perguntou: “Quando eu os enviei para anunciar as boas-novas sem dinheiro, sem bolsa de viagem e sem sandálias extras, alguma coisa lhes faltou?”. “Não”, responderam eles. Então ele disse: “Agora, porém, peguem dinheiro e uma bolsa de viagem. E, se não tiverem uma espada, vendam sua capa e comprem uma (ver 14:26). Pois é necessário que se cumpra esta profecia a meu respeito: ‘Ele foi contado entre os rebeldes’ (Isaías 53:12). Sim, tudo que os profetas escreveram a meu respeito se cumprirá”. Eles responderam: “Senhor, temos aqui duas espadas”. “É suficiente”, disse ele.

Jesus no Getsêmani (v.39-46):

Então, acompanhado de seus discípulos, Jesus foi, como de costume, ao monte das Oliveiras. Ao chegar, disse: “Orem para que vocês não cedam à tentação”. Afastou-se a uma distância como de um arremesso de pedra, ajoelhou-se e orou: “Pai, se queres, afasta de mim este cálice. Contudo, que seja feita a tua vontade, e não a minha”. Então apareceu um anjo do céu, que o fortalecia. Ele orou com ainda mais fervor, e sua angústia era tanta que seu suor caía na terra como gotas de sangue (hematidrose provocado por estresse extremo). Por fim, ele se levantou, voltou aos discípulos e os encontrou dormindo, exaustos de tristeza. “Por que vocês dormem?”, perguntou ele. “Levantem-se e orem para que não cedam à tentação.”

Jesus é preso (v.47-53):

Enquanto Jesus ainda falava, chegou uma multidão conduzida por Judas, um dos Doze. Ele se aproximou de Jesus e o cumprimentou com um beijo.
Jesus, porém, lhe disse: “Judas, com um beijo (Provérbios 27:6) você trai o Filho do Homem?”. Quando aqueles que estavam com Jesus viram o que ia acontecer, disseram: “Senhor, devemos lutar? Trouxemos as espadas!”.
E um deles feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita.
Mas Jesus disse: “Basta!”. E, tocando a orelha do homem, curou-o.

Então Jesus se dirigiu aos principais sacerdotes, aos capitães da guarda do templo e aos líderes do povo que tinham vindo buscá-lo: “Por acaso sou um revolucionário perigoso para que venham me prender com espadas e pedaços de pau? Por que não me prenderam no templo? Todos os dias eu estava ali, ensinando. Mas esta é a hora de vocês, o tempo em que reina o poder das trevas”.

Pedro nega a Jesus (v.54-62):

Então eles o prenderam e o levaram à casa do sumo sacerdote. Pedro o seguiu de longe. Os guardas acenderam uma fogueira no meio do pátio e sentaram-se em volta, e Pedro sentou-se com eles. Uma criada o notou à luz da fogueira e começou a olhar fixamente para ele. Por fim, disse: “Este homem era um dos seguidores de Jesus!”. Mas Pedro negou, dizendo: “Mulher, eu nem o conheço!”. Pouco depois, um homem olhou para ele e disse: “Você também é um deles!”. “Não sou!”, retrucou Pedro. Cerca de uma hora mais tarde, outro homem afirmou: “Com certeza esse aí também estava com ele, pois também é galileu!”. Pedro, porém, respondeu: “Homem, eu não sei do que você está falando”. E, no mesmo instante, o galo cantou. Então o Senhor se voltou e olhou para Pedro. E Pedro se lembrou das palavras dele: “Hoje, antes que o galo cante, você me negará três vezes”. E Pedro saiu dali, chorando amargamente.

Os guardas zombam de Jesus (v.63-65):

Os guardas encarregados de Jesus começaram a zombar dele (Salmo 69:1, 4, 7-9) e a bater nele (Isaías 50:6). Vendaram seus olhos e diziam: “Profetize para nós! Quem foi que lhe bateu desta vez 9zacarias 13:7)?”. E o insultavam de muitas outras maneiras.

Jesus perante o sinédrio (v.66-71):

Ao amanhecer, todos os líderes do povo se reuniram, incluindo os principais sacerdotes e os mestres da lei. Jesus foi conduzido à presença desse conselho, e eles perguntaram: “Diga-nos, você é o Cristo?”. Jesus respondeu: “Se eu lhes disser, de modo algum acreditarão em mim. E, se eu lhes fizer uma pergunta, não responderão. Mas, de agora em diante, o Filho do Homem se sentará à direita do Deus Poderoso (Salmo 110:1)”. Todos gritaram: “Então você afirma que é o Filho de Deus?”. E ele respondeu: “Vocês dizem que eu sou”. “Que necessidade temos de outras testemunhas?”, disseram eles. “Nós mesmos o ouvimos de sua boca!”

Jesus suportou muitas humilhações, até ser crucificado, por amor a nós, e para mostrar que também seremos humilhados, mas devemos permanecer firmes nos caminhos do Senhor, pois a vitória final é certa para os que Lhe são fiéis.

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