Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus. Efésios 5:15, 16

Com muita propriedade e beleza, Ellon Foster conseguiu relacionar três palavras muito significativas. “Compreende bem o valor das palavras: Deus, momento e eternidade. Um Deus que te vê; um momento que foge de ti; uma eternidade que te aguarda. Um Deus a quem serves tão mal; um momento do qual tiras tão pouco proveito; uma eternidade que arriscas tão irrefletidamente.”

Os habitantes da cidade de Éfeso eram dados às coisas passageiras do mundo. Mesmo para alguns cristãos, os prazeres da carne e as preocupações pelas coisas mundanas eram tão importantes que resultavam em negligência do desenvolvimento do caráter. Em outras palavras, Deus e a vida futura não eram prioridade.

Ao advertir os crentes de Éfeso, o apóstolo Paulo deixou um conselho oportuno para os cristãos de todas as eras: “Vede prudentemente como andais” (Ef 5:15). Os prazeres da carne, o amor ao dinheiro, o apego às coisas materiais e o espírito de competição, tudo isso contribui para que Deus e a eternidade fiquem fora das prioridades cristãs. O que pesa é o momento. Com engenho e arte, a mídia expõe a Éfeso moderna nas vitrines de nossa vida diária, criando modelos de comportamento incompatíveis com “a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12:14). O poder de atração do mundo é muito grande, quase irresistível.

Mas, na luta contra o mal, não podemos viver dentro de um casulo. Após nossos momentos de devoção, precisamos sair para ganhar “nosso pão de cada dia” e, principalmente, testemunhar do que Cristo fez por nós. Às vezes não damos atenção ao que o Espírito Santo expõe nas vitrines de nossa consciência: “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento” (Fp 4:8).

Viver prudentemente nestes dias maus significa olhar para as vitrines dos valores celestiais, entre os quais Deus e a eternidade devem ser nossas prioridades. Amar o mundo e as coisas que nele há é uma operação arriscada: compromete nosso diálogo com Deus e nos priva da eternidade.

Rubens S. Lessa, 27/2/2000, MM 2021, CPB

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