“E minha alma se regozijará no Senhor e se deleitará na sua salvação.”         Salmo 35:9

Você já foi vítima de uma injustiça? Alguém tenta destruí-lo e você está chegando ao seu limite? Se é assim, entenderá o que Davi sentia quando escreveu este salmo.

“Levantam-se iníquas testemunhas e me argúem de coisas que eu não sei.” Lamenta-se no verso onze e continua: “Pagam-me o mal pelo bem. … como vis bufões em festins, rangiam contra mim os dentes.”

O que você faria nessas circunstâncias? Davi escreveu este salmo, conhecido como um dos quatro salmos imprecatórios. Imprecar é desejar o mal para o inimigo. O Salmo cento e nove é o pior deles. Alguns comentaristas contam, pelo menos, trinta maldições nele.

Acho que é muito humano querer ver o inimigo engolindo seu próprio veneno. É humano, digo. Não cristão. Jesus veio a ensinar-nos um caminho melhor. “Eu porém, vos digo –– Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem”. Mat. 5:44 e São Paulo confirmou: “Não vos vingueis a vós mesmos, amados… a Mim me pertence a vingança; Eu é que retribuirei, diz o Senhor.” Rom. 12:19

Por este motivo, escolhi o verso de hoje para a sua meditação. Nele  encontra-se retratada a atitude de Cristo diante das injustiças.

O contexto em que Davi escreveu este Salmo é narrada no livro de Samuel da seguinte maneira: “Tomou, então Saul três mil homens…. e foi ao encalço de Davi e seus homens… chegou a uns currais de ovelhas no caminho, onde havia uma caverna; entrou nela Saul… ora Davi e os seus homens estavam assentados no interior da mesma.” I Sam. 24: 22 e 23

Aquele era o momento. Saul estava nas suas mãos. Inclusive seus soldados lhes disseram: “Hoje é o dia do qual o Senhor te disse: eis que te entrego nas mãos o teu inimigo, e far-lhe-ás o que bem te parecer.” V. 4

Se Davi tivesse tomado a justiça nas mãos, talvez na hora, teria sentido o “gostinho” da vingança, mas depois, teria experimentado o amargo sabor da culpa.

Davi preferiu esperar. Deus tinha-lhe prometido o reino, e Ele a seu tempo, lhe daria. Aquele que deixa a justiça nas mãos do Senhor nunca fracassa.

Por isso, diante das piores injustiças que você estiver sofrendo, permita que Deus aja em seu favor, e sua alma “se regozijará no Senhor e se deleitará na sua salvação.”          Alejandro Bullón, Janelas para a vida, MM 2018, CPB

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