“Pela fé Abraão, quando chamado, obedeceu, a fim de ir para um lugar que devia receber por herança; e partiu sem saber aonde ia.” Hebreus 11:8

Muitos estabelecem um contraste entre o Deus do Velho Testamento e o Deus do Novo Testamento. Disse alguém: “O Deus do Velho Testamento era um Deus punitivo, que matava homens, mulheres e crianças. Isto é o que o homem efetuou para Deus no Velho Testamento. Consideremos novamente um exemplo do Velho Testamento para ver como é Deus.

Vedes um homem que deixou seu país, sua parentela e a casa de seu pai. Partiu sem saber aonde ia, crendo na promessa de que Deus faria dele uma grande nação. É chamado “o amigo de Deus”.

Mesmo depois que ele chegou à Terra Prometida, a história apenas começou. Houve um período de fome, e Abraão teve re refugiar-se temporariamente no Egito. Ali sua fé falhou. Ele ficou com medo de que Deus não fosse suficientemente grande para proteger a Sara, sua esposa, que era muito formosa. Resolveu, portanto, ajudar a Deus. Proferiu uma meia-verdade, que na realidade constituía uma falsidade, dizendo que Sara era sua irmã. Quando o rei do Egito ouviu falar de sua grande beleza, ele mandou que a trouxessem ao seu palácio, tencionando tomá-la para ser sua mulher.

Como Deus lidou com esse caso? Fez chover fogo do céu para destruir a Abraão? Retirou Sua proteção desse casal? Disse para Abraão: “Você era Meu amigo, mas agora não é mais”?

“O Senhor puniu Faraó e a sua casa com grandes pragas, por causa de Sarai, mulher de Abrão.” (Gen.12:17). “Faraó viu neste estrangeiro um homem a quem o Deus do Céu honrava, e receou ter em seu reino alguém que de maneira tão evidente se achava sob o favor divino.” PP, p.125

Um homem que mentiu se acha sob o favor divino? Como pode ser isso? Abrão pecara, ele falhara, mas ainda era filho de Deus, ainda era Seu amigo. Isto não significa que Deus aprovou o engano praticado por Abraão. Deve significar, porém, que Deus aprovou a Abraão. Este homem teve de deixar a terra do Egito porque o rei ficou com receio dos castigos futuros que poderiam sobrevir ao país se Abraão fosse maltratado por alguma pessoa daquele reino.

Evidentemente, a amizade de Abrão com Deus se baseava em outra coisa mais elevada do que boas ações ou delitos ocasionais. Que belo quadro do Deus do Velho Testamento e de Sua misericórdia, justiça e amor! Morris Venden, MM 1981, p.18

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