Havia muita empolgação e grande expectativa. Pela primeira vez, a Chapecoense, time de futebol da cidade de Chapecó, Santa Catarina, disputaria as duas partidas da final da Copa Sul-Americana. O adversário seria o Atlético Nacional de Medellín, da Colômbia, onde ocorreria o primeiro jogo. A caminho da disputa, a Chapecoense pegou um voo comercial até a Bolívia e, de lá, um avião fretado modelo Avro RJ85, operado pela Lamia, companhia de aviação boliviana.
Na segunda-feira, 28 de novembro de 2016, por volta das 22h15, horário da Colômbia, acabou o combustível da aeronave, e ela caiu a poucos quilômetros do Aeroporto Internacional de Medellín. Das 77 pessoas a bordo (incluindo 9 tripulantes e 68 passageiros), somente seis sobreviveram. Fontes oficiais confirmaram que o piloto fora advertido, antes de decolar no aeroporto da Bolívia, que o combustível poderia não ser suficiente; mas, mesmo assim, ele achou que daria para fazer o voo. O trágico resultado foi a morte de 71 pessoas, inclusive a dele.
Jornais do mundo inteiro noticiaram essa tragédia de cortar o coração, e muitos jogos ao redor do mundo começaram com um minuto de silêncio. O Atlético Nacional chegou a solicitar à Confederação Sul-Americana de Futebol que concedesse o título da Copa Sul-Americana de 2016 à Chapecoense, e foi isso que ocorreu. Entretanto, nada disso nem qualquer outra honra é capaz de resgatar aqueles que morreram, deixando para trás familiares, amigos e fãs.
Esse desastroso acidente nos lembra da insensatez das virgens da parábola, que não levaram óleo suficiente com elas e ficaram de fora da festa de casamento (Mt 25:1-13). Somos informados de que “a classe representada pelas virgens loucas não é hipócrita. Têm consideração pela verdade, advogaram-na, são atraídos aos que creem na verdade, mas não se entregaram à operação do Espírito Santo” (Parábolas de Jesus, p. 411).
Assim como a falta de combustível no voo da Lamia causou uma tragédia, a falta do óleo do Espírito Santo tem consequências eternas irreversíveis. Por favor, não seja negligente com sua vida como fez aquele piloto. O preço a ser pago é alto demais! – Alberto Timm, Um dia inesquecível, MM 2018, CPB