Naquele dia, o Senhor tornará a estender a mão para resgatar o restante do Seu povo. Isaías 11:11

O dia 7 de dezembro traz duras lembranças para os habitantes da Armênia. Em 1988, um terremoto de magnitude 7,2 na escala Richter atingiu o norte do país. Em questão de segundos, mais de 40% do território da então república soviética foi fortemente abalado pelo tremor. Foram mais de 300 localidades afetadas, 25 mil pessoas morreram, 140 mil ficaram inválidas, 500 mil perderam a casa e 250 mil alunos ficaram sem escolas.

O resgate demorou muito, pois a maioria dos médicos e servidores públicos morreu no terremoto ou feriu-se na tragédia. O clima também não ajudou. O inverno foi um dos mais intensos já registrados. Os que conseguiram sobreviver à catástrofe tiveram que enfrentar durante a noite temperaturas de mais de 35 graus abaixo de zero.

No meio desse caos, conta-se a história de um pai que correu para a escola do filho para tentar achá-lo. Chegando ao lugar, encontrou o edifício totalmente destruído e, com lágrimas nos olhos, lembrou-se da promessa que sempre fazia ao filho: “Não importa o que aconteça, eu sempre estarei a seu lado.”

No lugar em que ficava a sala de aula do menino, o pai começou o trabalho de resgate. Outros pais, mães, bombeiros, policiais, com boa intenção, diziam: “É tarde demais, não vale a pena todo este esforço.” Mas ele não desistiu. Continuou a cavar, pedra após pedra, entulho após entulho no meio dos escombros. As forças estavam acabando, e as mãos já estavam sangrando. O tempo foi passando: 8, 12, 24, 36 horas de trabalho. Quando completou 38 horas, ele removeu uma pedra, ouviu uma voz e gritou com todas as suas forças: Armando!

Cheio de esperança, ouviu uma voz fraca, mas segura. “Pai, eu disse para as outras crianças que não se preocupassem, porque eu sabia que você nos salvaria. Somos 14 esperando o senhor.” Eles estavam com medo, fome e sede, mas o pai de Armando estava lá.

O pecado desabou sobre a humanidade e nos deixou soterrados na perdição. Porém, nosso Pai prometeu nos salvar e cumpriu Sua palavra. Nesse ponto da história do mundo, Ele nos envia como agentes de resgate. Aceite essa missão do Senhor, vá em busca de Seus filhos e diga-lhes que ainda há esperança.

Erton Köhler, Nossa Esperança, MM 2019, CPB

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