Por isto, Deus meu, lembra-te de mim e não apagues as beneficências que eu fiz à casa de meu Deus e para o Seu serviço. Neemias 13:14

No ano de 1904, a Associação Geral decidiu enviar Thomas Davis, sua esposa Susana e suas filhas para o Equador. Foram os pioneiros da obra naquele país e começaram ali o trabalho da colportagem.

Logo na chegada, sentiram o desafio que os esperava. No porto de Guayaquil, Thomas ouviu do chefe da alfândega: “Enquanto o Cotopaxi estiver de pé, não haverá lugar no Equador para os evangélicos hereges.” O Cotopaxi, a que ele se referia, é o vulcão localizado próximo à cidade de Quito e um dos mais altos do mundo.

Não demorou para que a resistência e oposição aparecessem. Os líderes religiosos orientavam seus fiéis a rejeitar os missionários. Por isso, ouviam com frequência: “Esses livros contêm heresias”; “Não quero livros! Saia da minha casa!”; “Se você não deixar de visitar as pessoas neste bairro, vou chamar a polícia”.

Enquanto Thomas Davis continuava sua jornada missionária, mais de uma vez ouviu pessoas gritando: “Diabo, diabo!” Isso não o desanimou. Seguiu incansável, distribuindo livros e ensinando a Bíblia para as pessoas. Sua visão era clara: “Eu não gostaria de ver o Senhor voltar até que o Equador tenha a oportunidade de conhecer a verdade sobre a segunda vinda de Cristo.”

Enquanto isso, sua esposa Susana esperava o terceiro filho. Sua saúde estava fragilizada, e eles tinham muita dificuldade para conseguir remédios. Ninguém queria vendê-los a um “protestante, herege”, como era tratado. O bebê nasceu e recebeu o nome de Atha, mas, cinco dias depois, três anos desde sua chegada ao país, Susana faleceu.

O momento era difícil, mas a perseguição não diminuiu. Davis foi proibido de enterrar sua esposa no cemitério da cidade de Ambato. Sempre corajoso, cavou um túmulo sob uma amoreira, fez uma oração cheia de fé e enterrou Susana. Nada detinha aquele homem de Deus: nem a dor mais forte ou a oposição mais amarga.

Sem dúvida, Deus não Se esqueceu do trabalho desse herói missionário e de outros que também nos emocionam com seu espírito de sacrifício pela causa. Os tempos mudaram, e talvez hoje nosso maior desafio não seja a oposição, mas a acomodação.

Você está disposto a pagar qualquer preço, ou sair de sua zona de conforto, para compartilhar o evangelho do reino e ver Cristo voltar em sua geração?

Erton Köhler, Nossa Esperança, MM 2019, CPB

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