O Senhor é bom, é fortaleza no dia da angústia e conhece os que Nele confiam. Naum 1:7

Além da sua cidade de origem, Elcos (Na 1:1), e de ter sido contemporâneo de Habacuque e Sofonias (século 7 a.C.), não há mais informações a respeito do profeta Naum, cujo nome significa “o consolador” ou “rico em conforto”. Sua missão consistiu em advertir Nínive, capital da Assíria, a respeito da destruição que se avizinhava, diante da tremenda crueldade e rebeldia de seus habitantes. Aproximadamente 100 anos antes, eles haviam se arrependido com a pregação de Jonas, sendo poupados da destruição, mas voltaram aos maus caminhos, distanciando-se ainda mais do Deus misericordioso, cheio de graça, incansável em trabalhar para salvá-los.

Por intermédio de Naum, o Senhor apresentou àquele povo a oportunidade de se arrepender, pois o castigo não pouparia quem insistisse em permanecer no erro. Por outro lado, quem fosse fiel seria poupado, porque Ele “é bom, é fortaleza no dia da angústia e conhece os que Nele confiam”. Sua misericórdia estaria estendida a todo pecador como demonstração de Seu poder: “O Senhor é muito paciente, mas o Seu poder é imenso” (Na 1:3, NVI). Ele é misericordioso, longânimo, “tardio em irar-Se” porque tem poder para ser assim. Não tolera o pecado, não o aprova. Mesmo assim, concede ao pecador oportunidade ampla de se redimir, mas “jamais inocenta o culpado” (Na 1:3).

O que nos deixa maravilhados, ao refletirmos sobre o caráter de Deus, é que mesmo o ato de punir é estranho para Ele: “O Senhor Se levantará como fez no monte Perazim, e se irará, como no vale de Gibeão, para realizar Sua obra, a Sua obra estranha” (Is 28:21). Um Deus que personifica o amor, bondade, misericórdia e graça tem como Seu curso normal de ação abençoar, perdoar e salvar. Essa é Sua alegria! Destruir é um ato que vai contra Sua natureza, não é algo de que Se alegra. É algo estranho à bondade de Seu coração, especialmente quando envolve Seu povo, como era o caso de Israel no tempo de Isaías. Enquanto misericórdia e bondade não encontram o limite da vontade humana, estará sempre agindo em nosso favor. No fim, o ser humano é o único responsável pela própria destruição.

“O Senhor é bom, é fortaleza no dia da angústia e conhece os que Nele confiam” (Na 1:7). Em lugar de temor pela destruição, todo filho de Deus encontra em Sua graciosa bondade apenas razões para se alegrar e ter segurança, antecipando a felicidade eterna pela libertação que se aproxima.

Zinaldo A. Santos, MM 2020, CPB

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