Porque a boca fala do que está cheio o coração. Mateus 12:34

As pessoas costumam associar “roupa” e “vestuário” à moda. No entanto, o famoso escritor e lexicógrafo inglês Samuel Johnson (1709-1784), falecido em 13 de dezembro de 1784, sugeriu inteligentemente que a “linguagem é a roupa do pensamento”. O autor parece subentender que a linguagem é uma forma de decoração, a maneira de adornar os pensamentos. Assim como existe uma ampla variedade de tecidos, há também incontáveis formas de expressar nossos pensamentos, algumas mais atraentes e precisas do que outras.

Geralmente, a linguagem é uma forma eficaz de revelar quem somos. Quando Jesus declarou que “a boca fala do que está cheio o coração” (Mt 12:34), sugeriu que a maneira e o conteúdo de nossa fala comunicam aos outros muito daquilo que somos. De fato, refletem nossos sentimentos e emoções interiores, nossas prioridades e nossos desejos. Conforme Mathias Tualima Tunai disse, “julgar os outros não define quem eles são, mas quem você é”.

Muitas vezes, a linguagem é usada para acobertar e distorcer a realidade. Em Mateus 23, Jesus contrastou os discursos morais dos escribas e fariseus com a imoralidade pessoal que escondiam. Otto von Bismarck (1815-1898), fundador e primeiro chanceler do Império Alemão, afirmou: “As pessoas nunca mentem tanto quanto após uma caçada, durante uma guerra ou antes de uma eleição.” Sem dúvida, nosso mundo seria um paraíso se os políticos em exercício cumprissem todas as promessas que fizeram durante o período eleitoral!

A repetição de uma mentira exerce uma grande influência negativa não só sobre os outros, mas especialmente sobre o próprio mentiroso. Recebemos a advertência de que “as palavras são mais do que um indício do caráter; têm poder de reagir sobre o caráter. Os homens são influenciados por suas próprias palavras. […] Uma vez tendo expressado uma opinião ou decisão, são muitas vezes demasiado orgulhosos para se retratar e tentam provar acharem-se com a razão, até que chegam a crer ser realmente assim” (O Desejado de Todas as Nações, p. 323).

Que bênção se nos preocupássemos mais com o que falamos acerca dos outros do que com aquilo que os outros dizem a nosso respeito. Lembre-se de que as palavras têm poder para destruir as pessoas ou salvá-las; acabar com sua reputação ou erguê-la.

Senhor, ajuda-me a falar com os outros com a mesma bondade que gostaria que se dirigissem a mim! – Alberto Timm, Um dia inesquecível, MM 2018, CPB

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