Porque aos Seus anjos dará ordens a teu respeito, para que te guardem em todos os teus caminhos. Salmo 91:11

Michael Hasel havia passado três meses de seu ano letivo na Europa quando seu pai, Gerhard F. Hasel, ligou para ele dos Estados Unidos com uma proposta muito tentadora. Michael deveria fazer o voo de volta e encontrar a família na Flórida durante o recesso de Natal. Antes de tomar uma decisão, o jovem universitário decidiu orar sobre o assunto com alguns amigos.

Três horas depois, Gerhard F. Hasel ligou novamente. “Michael, adivinha?”, perguntou entusiasmado. “Consegui comprar uma das últimas passagens disponíveis. Você viajará de Frankfurt para Londres, de lá para Nova York e então para Miami. Nós o buscaremos lá!” Meio confuso, mas sentindo paz na decisão de ficar, o jovem optou por passar o recesso com o tio e outros parentes no sul da Alemanha. O pai respeitou a vontade do filho.

Na véspera de Natal, Michael e seus familiares leram o relato do nascimento de Cristo nos evangelhos e então se assentaram em volta da árvore de Natal para abrir presentes. O telefone tocou. Era a família de Michael, ligando dos Estados Unidos. Depois de falar com a mãe e as duas irmãs, seu pai entrou na linha. “Filho, há algo que quero lhe contar. Estou feliz porque você não veio à Flórida este ano. Você tomou a decisão correta. A passagem que eu havia comprado era para o voo 103 da Pan Am, que caiu em Lockerbie, Escócia, na semana passada.”

No dia 21 de dezembro de 1988, o voo 103 da Pan Am, partindo de Londres com destino a Nova York, explodiu no meio do céu enquanto sobrevoava a Escócia, uma hora após a partida. Uma bomba escondida dentro de um toca-fitas detonou dentro do compartimento de carga. Todos os 259 passageiros pereceram, além de 11 moradores de Lockerbie, que morreram por causa dos destroços do avião. Por que Deus permitiu que 270 pessoas morressem e poupou Michael?

Ainda vivemos em um mundo pecaminoso, em meio ao grande conflito entre o bem e o mal, e nosso conhecimento é limitado demais para responder a essa pergunta. No entanto, podemos confiar que “Deus nunca dirige Seus filhos de maneira diversa daquela por que eles próprios haveriam de preferir ser guiados se pudessem ver o fim desde o princípio e perscrutar a glória do desígnio que estão realizando como colaboradores Seus” (O Desejado de Todas as Nações, p. 224).

Alberto Timm, Um dia inesquecível, MM 2018, CPB

SEM COMENTÁRIO

DEIXE UMA RESPOSTA