Dessarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. Gálatas 3:28

relato da criação declara que tanto o homem quanto a mulher foram criados por Deus à própria imagem e semelhança (Gn 1:26, 27). O fato de Eva ter sido feita de uma das costelas de Adão subentende paridade e companheirismo (Gn 2:21-24). Conforme Matthew Henry afirmou, “a mulher foi criada de uma costela, no lado de Adão. Não da sua cabeça, para dominá-lo, nem dos seus pés, para ser pisada por ele, mas do seu lado, para ser igual a ele. De debaixo do seu braço, para ser protegida, e de perto do seu coração, para ser amada” (Comentário Bíblico Matthew Henry, sobre Gn 2:21-25). Mas o pecado distorceu a relação entre homens e mulheres (Gn 3:16) e, ao longo das eras, inúmeras mulheres têm sido anuladas e oprimidas por homens.

Nos Estados Unidos, uma reviravolta influente para reverter essa situação foi a Convenção de Seneca Falls, realizada na capela wesleyana da cidade de Seneca Falls, no interior do estado de Nova York, nos dias 19 e 20 de julho de 1848. Reconhecendo que, pela criação, “a mulher é igual ao homem”, a “Declaração de Direitos e Sentimentos” da convenção denunciou diversas “injustiças e usurpações por parte dos homens em relação às mulheres”, reivindicando o direito das mulheres de serem “esclarecidas no tocante às leis sob as quais vivem”, de falar em reuniões públicas, de participar do voto eletivo, etc.

Homens e mulheres são iguais não só pela criação, mas também pela redenção. Aliás, a criação e a redenção são os dois grandes niveladores dos seres humanos. Tanto homens quanto mulheres foram criados por Deus e, de igual modo, salvos pelo sacrifício expiatório de Cristo na cruz. Não surpreende então que Paulo tenha destacado que não há “homem nem mulher”, pois todos são “um em Cristo Jesus” (Gl 3:28). Mesmo assim, porém, a Bíblia mantém uma distinção sexual clara entre homens e mulheres que não deve ser anulada (Lv 18:22; 20:13). Qualquer tentativa de invalidar essa distinção é considerada uma distorção da criação divina (Rm 1:24-28).

Durante Seu ministério terreno, Cristo respeitou, protegeu e defendeu as mulheres de discriminações de ordem social e religiosa (Jo 4:1-42; 8:1-11). Qualquer forma de abuso sexual e discriminação social contra elas é uma ofensa direta contra o Criador e Mantenedor das mulheres! – Alberto Timm, Um dia inesquecível, MM 2018, CPB

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