Assim, ainda resta um descanso sabático para o povo de Deus. Hebreus 4:9, NVI

Quando adolescente, Samuele Bacchiocchi, em Roma, sua cidade natal, era muitas vezes ridicularizado e rejeitado por ser um adventista do sétimo dia “herege”, que observava o sábado. Isso o desafiou a realizar uma investigação abrangente e profunda da história, da teologia e do significado desse dia especial. Esse processo chegou ao clímax em 14 de junho de 1974, quando defendeu sua tese de doutorado sobre a ascensão da observância do domingo no início da era cristã, na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma. Aliás, Bacchiocchi foi o primeiro não católico a se formar nessa renomada universidade, fundada em 1551 por Inácio de Loyola.

Com base em sua exaustiva investigação da Bíblia e de fontes históricas antigas, o pesquisador concluiu que a “adoção do domingo no lugar do sábado não ocorreu na igreja primitiva de Jerusalém, por autoridade apostólica, mas cerca de um século mais tarde, na igreja de Roma. Um somatório de fatores judaicos, pagãos e cristãos contribuíram para o abandono do sábado e a adoção da observância do domingo em seu lugar” (From Sabbath to Sunday [Do Sábado para o Domingo], p. 2).

Ainda assim, muitos autores cristãos continuam argumentando que a igreja apostólica começou a observar o domingo pouco depois da ressurreição de Cristo. No entanto, ao ler o relato da ressurreição nos quatro evangelhos, escritos muitos anos após o evento, só é possível encontrar referências comuns ao “primeiro dia da semana” (Mt 28:1; Mc 16:1, 2; Lc 23:54–24:1; Jo 20:1, 19, 26), sem nenhuma alusão à adoração dominical. Os discípulos se reuniram nesse dia de portas fechadas, não a fim de celebrar a ressurreição, mas porque estavam com medo dos judeus (Jo 20:19, 26).

Essas e outras evidências bíblicas confirmam a natureza vigente do sétimo dia, o sábado, como sinal da aliança entre o Senhor e Seus filhos. O sábado foi originalmente instituído para o bem da humanidade ao fim da semana da criação (Gn 2:1-3); chega até nós toda semana como o santuário imutável de Deus no tempo (Is 58:12-14); e continuará a ser observado quando o mundo for restaurado à sua perfeição original (Is 66:22, 23). A cada sábado, somos convidados a entrar no descanso deleitoso de Deus e receber Suas maravilhosas bênçãos (Hb 4:4, 9-11). – Alberto Timm, Um dia inesquecível, MM 2018, CPB

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