Porém em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus. Atos 20:24

Deus sempre teve um povo fiel. Mesmo nos períodos mais difíceis, um remanescente arriscou a vida para manter acesa a tocha da verdade. Entre eles, destacam-se os valdenses. Seu nome vem de Pedro Valdo, um comerciante francês, cuja maior “ambição” era agradar a Deus. Ele leu a Bíblia e chegou à conclusão de que deveria vender tudo, distribuir seus bens aos pobres, levar uma vida modesta e ser fiel à Palavra de Deus.

Decidiu, então, ir a Roma e pedir ao papa Alexandre III para continuar pregando. O papa disse que o autorizaria caso o arcebispo permitisse. Entretanto, além de não receber a permissão, Valdo e o restante do grupo passaram a ser perseguidos e fugiram para a região do Piemonte, no noroeste da Itália. A partir dali, mesmo com renúncia e sofrimento, difundiram a luz do evangelho a muitas pessoas.

O coração deles estava em nossa grande esperança. De acordo com Ellen White, os valdenses acreditavam “que o fim de todas as coisas não estava muito distante; e, estudando a Bíblia com oração e lágrimas, mais profundamente se impressionavam com suas preciosas declarações e com o dever de tornar conhecidas a outros as suas verdades salvadoras” (O Grande Conflito, p. 72).

Confiavam em Deus e viviam inteiramente para pregar o evangelho. Tinham a Bíblia traduzida para o seu idioma graças ao esforço de copiá-la e memorizavam verso a verso, como fonte de constante paz e encorajamento.

Que tremendo testemunho de fé! Um grupo de valdenses, fugindo da perseguição, veio para a América do Sul e formou, no Uruguai, a Colônia Valdense. Hoje, vários de seus descendentes são adventistas do sétimo dia. Temos uma igreja com mais de 100 membros no coração da comunidade.

O desafio está agora em nossas mãos. Diz a mensageira do Senhor: “Fazei o trabalho que vos está mais próximo. […] Olhai para os valdenses. Vede que planos delinearam para que a luz do evangelho pudesse brilhar em mentes entenebrecidas” (O Colportor-Evangelista, p. 68).

O Senhor está buscando “valdenses” para os nossos dias. Gente disposta, se necessário, a entregar sua vida para manter a fidelidade e cumprir a missão. Que eu e você sejamos essas pessoas!

Erton Köhler, Nossa Esperança, MM 2019, CPB

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