Todo ser humano é tolo e não tem conhecimento! Os artesãos são envergonhados pelos ídolos que fazem, pois as imagens que esculpiram são uma fraude; não tem fôlego nem poder. São inúteis, mentiras ridículas; no dia do acerto de contas, serão todos destruídos.  Jeremias 51:17-18

Em Jeremias 51, o profeta fala sobre o severo castigo de Deus contra Babilônia para vingar Israel. Jeremias entrega o livro da profecia a Seraías, para que seja lido diante dos babilônios e os demais moradores desse local, e após a leitura, seja lançado do rio Eufrates, como símbolo do perpétuo naufrágio de Babilônia.

Profecia contra Babilônia (v.1-14):
Assim diz o Senhor: “Levantarei um vento destruidor contra Babilônia, contra o povo de Lebe-Camai (coração que se levanta contra Deus). Enviarei estrangeiros para peneirá-la como trigo e devastar a sua terra. No dia de sua desgraça virão contra ela de todos os lados. Não deem tempo para que o arqueiro arme o seu arco e vista a sua armadura. Não poupem os seus jovens guerreiros, destruam completamente o seu exército. Eles cairão mortos na Babilônia, mortalmente feridos em suas ruas. Israel e Judá não foram abandonadas como viúvas pelo seu Deus, o Senhor dos Exércitos, embora a terra dos babilônios esteja cheia de culpa diante do Santo de Israel”.
“Fujam da Babilônia! Cada um por si! Não sejam destruídos por causa da iniquidade dela. É hora da vingança do Senhor; ele lhe pagará o que ela merece. Ela era um cálice de ouro nas mãos do Senhor; embriagou a terra toda. As nações beberam o seu vinho; por isso enlouqueceram. Babilônia caiu de repente e ficou arruinada. Lamentem-se por ela! Consigam bálsamo para a sua ferida; talvez ela possa ser curada. ‘Gostaríamos de tê-la curado, mas não pode ser curada; deixem-na e vamos, cada um para a sua própria terra, pois o julgamento dela chega ao céu, eleva-se tão alto quanto as nuvens’.  “O Senhor defendeu o nosso nome; venham, contemos em Sião o que o Senhor tem feito”.
Afiem as flechas, peguem os escudos! O Senhor incitou o espírito dos Médos, para destruir Babilônia. Ele se vingará por terem profanado seu templo. Ergam o sinal para atacar as muralhas da Babilônia! Reforcem a guarda! Posicionem as sentinelas! Preparem uma emboscada! O Senhor executará tudo que planejou contra seus moradores. Você que vive junto a muitas águas e está rico de tesouros, chegou o seu fim, a hora de ser eliminado. O Senhor dos Exércitos jurou por si mesmo: “Com certeza a encherei de homens, como um enxame de gafanhotos, e eles gritarão triunfantes sobre você”.
Cântico de louvor ao Senhor (v.15-19):
Foi Deus quem fez a terra com o seu poder; fe a estabeleceu com a Sua sabedoria. Com Seu entendimento, estendeu os céus. Ao som do seu trovão, as águas no céu rugem; ele faz com que as nuvens se levantem desde os confins da terra. Envia relâmpagos com a chuva e faz sair o vento de seus depósitos.
Todo ser humano é estúpido e ignorante! O artesão é envergonhado pela imagem que esculpiu, são uma fraude, sem fôlego de vida. São inúteis, objeto de zombaria. Quando vier o julgamento, serão destruídos. Mas o Deus de Israel não é como esses ídolos, Ele é o Criador de todas as coisas, incluindo Israel , a tribo de sua propriedade; Senhor dos Exércitos é o seu nome.
O castigo de Babilônia (v.20-35):
“Você é o meu martelo, a minha arma de guerra. Com você eu despedaço nações, destruo reinos, despedaço cavalo e cavaleiro, carro de guerra e cocheiro, homem e mulher, velho e jovem, rapaz e moça, pastor e rebanho, lavrador e bois, governadores e oficiais. Retribuirei à Babilônia e seus habitantes toda a maldade que fizeram em Sião”, declara o Senhor. “Estou contra você, ó montanha poderosa, destruidora da terra!”, declara o Senhor. “Estenderei minha mão contra você, eu a farei rolar das alturas, e farei de você uma montanha calcinada. Nem mesmo suas pedras serão reaproveitadas para outras construções. Ficará arruinada para sempre”, declara o Senhor.
Ergam um estandarte na terra! Toquem a trombeta entre as nações! Preparem-nas para o combate contra ela; convoquem: Ararate, Mini e Asquenaz. Nomeiem um comandante contra ela; lancem os cavalos ao ataque como um enxame de gafanhotos. Preparem as nações para o combate: os reis dos medos e todos os seus capitães e oficiais.
A terra treme e se contorce de dor, pois permanecem em pé os planos do Senhor contra a Babilônia: desolar sua terra para que fique desabitada. Seus guerreiros pararam de lutar; permanecem em suas fortalezas. A força deles acabou; tornaram-se como mulheres. Suas habitações estão incendiadas; as trancas de suas portas estão quebradas. Um emissário vai após outro, e um mensageiro sai após outro  para anunciar ao rei que sua cidade inteira foi capturada, os vaus do rio foram tomados, a vegetação dos pântanos foi incendiada, e os soldados ficaram  aterrorizados.  Assim diz o Senhor dos Exércitos, Deus de Israel: “A cidade de Babilônia é como o trigo na eira prestes a ser pisado. A época da colheita logo chegará para ela”.
Nabucodonosor devorou-nos, lançou-nos em confusão, fez de nós um jarro vazio. Tal como uma serpente ele nos engoliu, encheu seu estômago com nossas finas comidas e então nos vomitou. Que a violência cometida contra nossa carne esteja sobre a Babilônia”, dizem os habitantes de Sião. “Que o nosso sangue esteja sobre aqueles que moram lá”, diz Jerusalém.
A vingança do Senhor (v.36-44):
Assim diz o Senhor: “Defenderei sua causa e os vingarei; secarei o seu mar e esgotarei as suas fontes. Babilônia se tornará um amontoado de ruínas, uma habitação de chacais, objeto de pavor e de zombaria, onde ninguém vive. O seu povo todo ruge como leões fortes, mas rosnarão como leõezinhos. Mas, enquanto estiverem excitados de tanto beber, prepararei para eles outro tipo de banquete e os deixarei bêbados, para que  durmam e jamais acordem”, declara o Senhor. “Eu os levarei como cordeiros para o matadouro, como carneiros e bodes. Como caiu Sesaque (Babilônia), admirada em toda a terra! Tornou-se objeto de horror entre as nações! O mar se levantará sobre ela; suas ondas agitadas a cobrirão. Suas cidades serão arrasadas, uma terra seca e deserta, uma terra onde ninguém mora, pela qual nenhum homem passa.  Castigarei Bel, seu deus e o farei vomitar o que engoliu. As nações não mais acorrerão a ele. E a muralha da Babilônia cairá.
Uma mensagem aos exilados (v.45-53):
“Saia dela, meu povo! Salvem-se da ardente ira do Senhor. Não desanimem nem tenham medo quando ouvirem rumores na terra; chegarão ano após ano. Haverá violência na terra e de governante contra governante.  Portanto, certamente vêm os dias quando castigarei as imagens esculpidas da Babilônia; toda a sua terra será envergonhada, e todos os seus mortos jazerão caídos nela.  Então o céu e a terra e tudo o que existe neles gritarão de alegria por sua causa, pois do norte destruidores a atacarão”, declara o Senhor. “Babilônia cairá por causa dos mortos de Israel, assim como os mortos de toda a terra caíram por causa dela.  Vocês que escaparam da espada, saiam! Não permaneçam! Embora estejam em uma terra distante, lembrem-se do Senhor, e pensem em Jerusalém”.
Vocês dirão: “Estamos envergonhados pois fomos insultados e humilhados, porque estrangeiros profanaram o templo do Senhor”. “Portanto, certamente vêm os dias”, declara o Senhor, “quando castigarei as suas imagens esculpidas, e por toda a sua terra os feridos gemerão. Mesmo que ela chegue ao céu e construa fortalezas poderosas, enviarei destruidores contra ela”, assim diz o Senhor.
A destruição total da Babilônia (v.54-58):
“Vem da Babilônia o som de um grito; o som de grande destruição daquela terra. O Senhor a destruirá e silenciará o seu grande ruído. Ondas de inimigos avançarão como grandes águas; o rugir de suas vozes ressoará. Um destruidor virá contra ela; seus guerreiros serão capturados, e seus arcos serão quebrados. Pois o Senhor retribuirá plenamente. Embebedarei os seus líderes, os seus sábio, governadores, oficiais e guerreiros. Eles dormirão para sempre e jamais acordarão”, declara o Senhor dos Exércitos. “A larga muralha da Babilônia será desmantelada e suas altas portas serão incendiadas. Os povos se exaurem por nada, o trabalho das nações não passa de combustível para as chamas”.
Jeremias envia mensagem para Babilônia (v.59-64):
Esta é a mensagem que Jeremias deu ao responsável pelo acampamento, Seraías (irmão de Baruque), quando ele foi à Babilônia com o rei Zedequias, no quarto ano do seu reinado. Escreveu num rolo todas as desgraças que sobreviriam à Babilônia, tudo que fora registrado acerca dela. Ele disse a Seraías: “Quando você chegar à Babilônia, tenha o cuidado de ler todas estas palavras em alta voz. Então diga: Ó Senhor, disseste que destruirás este lugar, para que nem homem nem animal viva nele, pois ficará em ruínas para sempre”. Quando você terminar de ler este rolo, amarre nele uma pedra e atire-o no Eufrates. Então diga: “Assim Babilônia afundará para não mais se erguer, por causa da desgraça que trarei sobre ela. E seu povo cairá”. Aqui terminam as palavras de Jeremias.

Através do cativeiro de Israel, em Babilônia, Deus tinha intenção de leva-los ao arrependimento, e também familiarizar os babilônios e as outras nações com quem eles conviveriam no exílio com a verdadeira religião. Por meio de pessoas como Daniel e Ezequiel, os babilônios tiveram a oportunidade de conhecer e seguir Yahweh. Por isso Deus diz que tentou curar Babilônia (v.9). Deus cria situações para que todos tenham a oportunidade de encontrar a salvação, mas a grande maioria rejeita os Seus ensinamentos.

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