“Então, quem pode ser salvo?” Jesus respondeu: “O que é impossível para as pessoas é possível para Deus.” Lucas 18:26-27

Em Lucas 18, Jesus conta a parábola do juiz iniquo, do fariseu e do publicano, abençoa as crianças, conversa com o jovem rico, fala sobre os perigos da riqueza, prediz Sua morte e ressurreição, e cura um cego em Jericó.

A parábola do juiz iníquo (v.1-8):

Jesus contou a seus discípulos uma parábola para mostrar-lhes que deviam orar sempre e nunca desanimar. Disse ele: “Havia numa cidade um juiz que não temia a Deus nem se importava com as pessoas. Uma viúva daquela cidade vinha a ele com frequência e dizia: ‘Faça-me justiça contra meu adversário’. Por algum tempo, o juiz não lhe deu atenção, mas, por fim, disse a si mesmo: ‘Não temo a Deus e não me importo com as pessoas, mas essa viúva está me irritando. Vou lhe fazer justiça, pois assim deixará de me importunar’”.

Então o Senhor disse: “Aprendam uma lição com o juiz injusto. Acaso Deus não fará justiça a seus escolhidos que clamam a ele dia e noite? Continuará a adiar sua resposta? Eu afirmo que ele lhes fará justiça, e rápido! Mas, quando o Filho do Homem voltar, quantas pessoas com fé ele encontrará na terra?”.

A parábola do fariseu e do publicano (v.9-14):

Em seguida, Jesus contou a seguinte parábola àqueles que confiavam em sua própria justiça e desprezavam os demais: “Dois homens foram ao templo orar. Um deles era fariseu, e o outro, cobrador de impostos.
O fariseu, em pé (Salmo 135:2), fazia esta oração: ‘Eu te agradeço, Deus, porque não sou como as demais pessoas (Isaías 1:15; 58:2): desonestas, pecadoras, adúlteras. E, com certeza, não sou como aquele cobrador de impostos. Jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo que ganho’.

“Mas o cobrador de impostos ficou a distância e não tinha coragem nem de levantar os olhos para o céu enquanto orava. Em vez disso, batia no peito e dizia: ‘Deus, tem misericórdia de mim, pois sou pecador’. Eu lhes digo que foi o cobrador de impostos, e não o fariseu, quem voltou para casa justificado diante de Deus (Jó 22:29). Pois aqueles que se exaltam serão humilhados, e aqueles que se humilham serão exaltados”.

Jesus abençoa as crianças (v.15-17):

Certo dia, trouxeram crianças para que Jesus pusesse as mãos sobre elas. Ao ver isso, os discípulos repreenderam aqueles que as traziam. Jesus, porém, chamou as crianças para junto de si e disse aos discípulos: “Deixem que as crianças venham a mim. Não as impeçam, pois o reino de Deus pertence aos que são como elas. Eu lhes digo a verdade: quem não receber o reino de Deus como uma criança de modo algum entrará nele”.

O jovem rico (v.18-23):

Certa vez, um homem de alta posição perguntou a Jesus: “Bom mestre, que devo fazer para herdar a vida eterna?”. “Por que você me chama de bom?”, perguntou Jesus. “Apenas Deus é verdadeiramente bom (Salmo 86:5; 119:68). Você conhece os mandamentos: ‘Não cometa adultério. Não mate. Não roube. Não dê falso testemunho. Honre seu pai e sua mãe’ (Êxodo 20:12-16; Deuteronômio 5:16-20).” O homem respondeu: “Tenho obedecido a todos esses mandamentos desde a juventude”.

Quando Jesus ouviu sua resposta, disse: “Ainda há uma coisa que você não fez. Venda todos os seus bens e dê o dinheiro aos pobres. Então você terá um tesouro no céu. Depois, venha e siga-me”. Ao ouvir essas palavras, o homem se entristeceu, pois era muito rico.

O perigo das riquezas (v.24-30):

Ao ver a tristeza daquele homem, Jesus disse: “Como é difícil os ricos entrarem no reino de Deus (Provérbios 11:28)! Na verdade, é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha que um rico entrar no reino de Deus (apenas uma ilustração para mostrar a dificuldade da total conversão de um rico)”. Aqueles que o ouviram disseram: “Então quem pode ser salvo?”. Jesus respondeu: “O que é impossível para as pessoas é possível para Deus (Jó 42:2; Jeremias 32:17; Zacarias 8:6)”. Pedro disse: “Deixamos nossos lares para segui-lo”. Jesus respondeu: “Eu lhes garanto que todos que deixaram casa (Deuteronômio 33:9), esposa, irmãos, pais ou filhos por causa do reino de Deus receberão neste mundo uma recompensa muitas vezes maior (Jó 42:10) e, no mundo futuro, terão a vida eterna”.

Jesus prediz sua morte e ressurreição (v.31-34):

Jesus chamou os Doze à parte e disse: “Estamos subindo para Jerusalém, onde tudo que foi escrito pelos profetas (Salmo 22; Isaías 53) a respeito do Filho do Homem se cumprirá. Ele será entregue aos gentios, e zombarão dele, o insultarão e cuspirão nele. Eles o açoitarão e o matarão, mas no terceiro dia ele ressuscitará”. Os discípulos, porém, não entenderam. O significado dessas palavras lhes estava oculto, e não sabiam do que ele falava.

A cura do cego de Jericó (v.35-43):

Quando Jesus se aproximava de Jericó, havia um mendigo cego sentado à beira do caminho. Ao ouvir o barulho da multidão que passava, perguntou o que estava acontecendo. Disseram-lhe que Jesus de Nazaré estava passando por ali. Então começou a gritar: “Jesus, Filho de Davi, tenha misericórdia de mim!”. Os que estavam mais à frente o repreendiam e ordenavam que se calasse. Mas ele gritava ainda mais alto: “Filho de Davi, tenha misericórdia de mim!”.

Então Jesus parou e ordenou que lhe trouxessem o homem. Quando ele se aproximou, Jesus lhe perguntou: “O que você quer que eu lhe faça?”. “Senhor, eu quero ver!”, respondeu o homem. E Jesus disse: “Receba a visão! Sua fé o curou”. No mesmo instante, o homem passou a enxergar, e seguia Jesus, louvando a Deus. E todos que presenciaram isso também louvavam a Deus.

Na parábola do juiz iníquo e na cura do cego de Jericó, Jesus exalta a importância da persistência. A viúva, tanto importunou o juiz, que ele acabou julgando o seu processo. O cego, insistiu em ser atendido por Jesus, até que o levaram a Sua presença e ele foi curado. Não podemos esmorecer diante das adversidades da vida, mas persistir em buscar a Deus. Ele conhece os nossos problemas e lutas e não vai nos desamparar.

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