Foi assim o nascimento de Jesus Cristo: Maria, Sua mãe, estava prometida em casamento a José, mas, antes que se unissem, achou-se grávida pelo Espírito Santo. Mateus 1:18, NVI

Se Maria, mãe de Jesus, ressuscitasse dos mortos, como você acha que ela reagiria a tudo que tem sido falado a seu respeito ao longo dos séculos? No relato do evangelho, encontramos um anjo que lhe diz: “Salve, agraciada; o Senhor écontigo; bendita és tu entre as mulheres” (Lc 1:28, ARC). No entanto, muitos elementos foram acrescentados a isso pela tradição cristã e endossados por decisões eclesiásticas.

Quatro passos importantes contribuíram para a exaltação de Maria na história cristã. Primeiramente, ela começou a ser chamada de “Mãe de Deus”. O terceiro Concílio Ecumênico, iniciado em 22 de junho de 431 d.C. e realizado na Igreja de Maria em Éfeso, Anatólia, reconheceu oficialmente que Maria “gerou a Deus” e condenou aqueles que a consideravam apenas “geradora de Cristo”. O segundo passo foi a ênfase da Igreja Católica em relação à sua virgindade perpétua. O segundo Concílio de Constantinopla (553 d.C.) discorreu sobre “a santa e gloriosa Mãe de Deus, para sempre virgem Maria”.

O terceiro passo foi o dogma da imaculada conceição de Maria. A bula papal Ineffabilis Deus (1854) sugeriu que, desde o primeiro instante de sua concepção, a bendita virgem Maria “foi preservada imaculada de toda contaminação do pecado original”. O quarto passo foi o reconhecimento de que ela atuaria como mediadora da graça divina. A encíclica papal Lucunda Semper Expectatione (1894) afirmou: “O nosso suplicante recurso ao patrocínio de Maria funda-se no seu ofício de Mediadora da graça divina […], junto ao trono do Altíssimo.” Além disso, vários cardeais e bispos católicos já pediram ao Vaticano que também reconheça Maria como corredentora e comediadora com Cristo.

Por mais abençoada que Maria tenha sido pelo privilégio de ser mãe de Jesus, a Bíblia não endossa essas teorias baseadas no conceito da imortalidade natural da alma. Em nenhuma parte do Novo Testamento, ela é venerada como Mãe de Deus. Se nem mesmo anjos não caídos aceitaram ser adorados (Ap 22:8, 9), por que ela, um ser humano, seria? Louvado seja Deus por que temos “um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (1Tm 2:5). Conforme Pedro afirmou, “não existe nenhum outro nome” além do nome de Cristo, pelo qual podemos ser salvos (At 4:12).                                                        Alberto TImm, Um dia inesquecível, MM 2018, CPB

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