Na casa de Meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, Eu vo-lo teria dito. – João 14:2
Cristo pagou a pena do pecado por Seu sacrifício e redimiu não somente a humanidade, como também recuperou o domínio do qual esta abrira mão. Tudo que foi perdido pelo primeiro Adão será restaurado pelo segundo. O profeta diz: “Ó torre do rebanho, monte da filha de Sião, a ti virá; sim, virá o primeiro domínio” (Miquéias 4:8). E Paulo aponta para o futuro, ao falar sobre a “redenção daqueles que pertencem a Deus” (Efésios 1:14). Deus criou a Terra para ser a morada de seres felizes e santos. Tal propósito se cumprirá quando, renovada por Seu poder, ela se tornar o eterno lar dos remidos…
O medo de tornar a herança futura material demais tem levado muitos a espiritualizar as próprias verdades que nos levam a olhar para ela como nosso lar. Cristo garantiu a Seus discípulos que iria preparar mansões para eles na casa do Pai. Aqueles que aceitarem os ensinos da Palavra de Deus não ficarão em completa ignorância a respeito da morada celestial. Mesmo assim, porém, “nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que O amam” (I Corintios 2:9). A linguagem humana é inadequada para descrever a recompensa dos justos. Ela só será conhecida daqueles que a contemplarem. Nenhuma mente finita é capaz de compreender a glória do paraíso de Deus.
Na Bíblia, a herança dos salvos é chamada de campo. Ali o Pastor celestial conduz Seu rebanho à fonte de águas vivas. A árvore da vida produz seu fruto todos os meses, e as folhas das árvores servem para a cura das nações. Ali há torrentes sempre a fluir, transparentes como o cristal. Ao lado delas, árvores a balançar fazem sombra por sobre os caminhos preparados para os resgatados do Senhor. Ali as vastas planícies se estendem formando montes de beleza, e as montanhas de Deus exibem seus elevados cumes. Nessas planícies de paz, ao lado das torrentes de águas vivas, o povo de Deus, por tanto tempo peregrino e errante, encontrará um lar…
Todo o amor paterno que passa de geração à geração, mediante o canal do coração humano, toda fonte de carinho que se abre na alma de homens e mulheres parece um minúsculo riacho diante do oceano sem fronteiras, quando o comparamos com o amor infinito e inesgotável de Deus. – EGWhite, Review and Herald, 22/10/1908 – A Caminho do Lar
