NÚMEROS 33 – RECAPITULANDO A JORNADA

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Mas, se vocês não expulsarem os povos que vivem na terra, aqueles que restarem serão como farpas em seus olhos e espinhos em suas costas. Serão um tormento para vocês na terra em que habitarem. Números 33:55

Números 33 inicia com a expressão elleh (estes, estas), característica de introduções e listas de localidades, nomes ou leis. Relata as “jornadas”, “partidas” ou “estadas” dos 40 anos de peregrinações dos israelitas, passando por 42 localidades divididas em três partes:

  • de Ramessés ao deserto do Sinai (v.5-15);
  • do Sinai a Cades (v.16-36);
  • de Cades às campinas de Moabe (v.37-49.

O elevado número de partidas sugere a impossibilidade de sobrevivência no deserto por meios normais. O cuidado divino foi crucial para a sobrevivência de Israel.

Os preparativos tinham sido feitos para a invasão, com o fim de desapossar “todos os moradores da terra” (Deuteronômio 33:52), o que não implicou genocídio ou a morte de todos eles, mas sua expulsão. Pela guerra, conquistariam a posse ( reshet, do verbo yarash) da terra a Israel. Yarash também é empregado com o sentido de “desapossar”, sugerindo transferência e não apropriação indevida do direito de posse da terra por Israel. A posse da terra era uma concessão divina e não o direito perene de nenhum povo, nem mesmo de Israel. Se os israelitas não expulsassem completamente os cananeus, também poderiam perder a posse da terra.

Deus havia pedido a Moisés para fazer um diário das viagens e paragens durante os 40 anos da jornada até a Terra Prometida (v.2), e ele registrou as datas e os acontecimentos dessa viagem, destacando alguns incidentes, como na estadia em Elim, onde havia 12 fontes de água e 70 palmeira (v.9). Também no monte Hor, onde ocorreu a morte de Arão, aos 123 anos (v.37-39).

Nas campinas de Moabe foram orientados a expulsar todos os povos que vivam na terra de Canaã, destruindo todos os seus ídolos, não permitindo que nenhum deles ficasse nem aos arredores. Se não seguissem essa orientação de Deus, seus vizinhos seriam como farpas em seus olhos e espinhos em suas costas (v.55-56). Depois de tantos anos peregrinando, o mínimo que Deus esperava de Seu povo era de que fossem obedientes aos seus ensinamentos e as Suas orientações.

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